Flamengo empolgante. Melhor do que no Brasileiro
Descontando a fragilidade imensa do Bangu, Rogério Ceni aprimorou o Flamengo bicampeão Brasileiro. Time mais consciência tática. E com mais sede de gols
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
O fraquíssimo Bangu não importa.
O que importava na partida de hoje, em Volta Redonda, era o Flamengo.
Como Rogério Ceni, com tempo para trabalhar, que ele tanto pediu, montaria o bicampeão brasileiro.
Quais mudanças táticas, conceituais, ele traria com os titulares, jogando pela primeira vez no Campeonato Carioca.
E na vitória por 3 a 0, descontada a fraqueza do rival, a movimentação chamou a atenção.
O Flamengo marcando forte a saída de bola adversária com mais desenvoltura do que no Brasileiro de 2020, utilizando as triangulações pelas laterais, a troca de passe mais objetiva, com os jogadores em bloco.
Com Gerson se revezando de vez na articulação, com Everton Ribeiro. Dando mais consciência na intermediária adversária. Arrascaeta, segue muito inteligente, hábil e buscando ser coletivo.
Gabigol se movimentou para muito do meio para a direita. Ele e Bruno Henrique cansaram de criar, e perder, chances, diante da apavorada defesa do Bangu.

Rogério Ceni também aprimorou as descidas de Isla. O lateral chileno se mostrava mais à vontade no ataque, como exige o técnico. Filipe Luís foi mais contido. Até porque o Bangu tinha em Daniel, pela direita, a tentativa de desafogo.
Ofensivamente, o Bangu não existiu.
O sistema defensivo do Flamengo não foi testado.
Nem a sua recomposição.
Pontos fundamentais, que precisavam ser corrigidos.
E foram fatais tanto na Libertadores como na Copa do Brasil.
Lógico que a falta de ritmo dos jogadores que voltaram das férias pesou.
O time cansou no meio do segundo tempo.
Mas mesmo assim, não correu risco.
Gols de Bruno Henrique, aos 47 minutos do primeiro tempo.
Arrascaeta, aos 21 minutos do segundo tempo.
E Gabigol, aos 39 minutos.

Um golaço, contando com toda a liberdade oferecida pela defesa do Bangu.
Ao final da vitória do líder do Carioca, Bruno Henrique não se aprofundou na parte tática.
Foi prático em relação ao Estadual.
"Independente do campeonato que a gente disputar, o carioca é importante tambem."
"Se a gente ganha é normal, se perde é uma dor de cabeça."
Só que o Flamengo perder o Carioca é algo muito difícil.
Não só por ter o melhor elenco do futebol brasileiro.
Mas pela fragilidade dos rivais.
O time de Rogério Ceni está em outro patamar...
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