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Flamengo dá o troco a Leila, por pressionar o STJD para punir Bruno Henrique. Quer a proibição do gramado sintético do Allianz Parque. É guerra!

O clube carioca não deixou por menos. Se Leila Pereira quer que o STJD seja ‘justo’ no julgamento de Bruno Henrique, o Flamengo quer a proibição de gramados sintéticos no Brasil. E restrições a clubes em recuperação judicial, como o Vasco, ajudado pelo empréstimo de R$ 80 milhões de Leila

Cosme Rímoli|Do R7

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Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, tenta atingir o Palmeiras, com a proibição dos gramados sintéticos. E também o Vasco, mas com o fair play financeiro Divulgação/Flamengo

A resposta foi imediata.

Mal foi divulgada a postura da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, exigindo justiça ao STJD, em relação ao julgamento de Bruno Henrique, veio a retaliação.


O Flamengo divulgou ontem à noite um comunicado com a seguinte manchete: fair play financeiro.

A proposta tem vários itens.


E eles foram apresentados ao presidente da CBF, Samir Xaud.

O ponto que atinge diretamente o rival Palmeiras é a proibição dos gramados sintéticos no Brasil.


O clube paulista teria de trocar seu gramado, que é sintético.

Há dois motivos para o Palmeiras não usar grama natural.


O primeiro está nos inúmeros shows que acontecem no Allianz Parque. O gramado natural não resistiria. E a troca seria constante.

O segundo é que a Fifa permite. O ganho técnico é indiscutível, pelo costume dos palmeirenses com o tipo de piso.

Para o Vasco, ajudado por Leila com um empréstimo de R$ 80 milhões, a direção do Flamengo reservou o pedido à CBF para que os clubes não possam registrar jogadores e até percam pontos, enquanto não tiverem pagado suas dívidas.

Isso valeria até no período de não pagamento das dívidas e o acerto do acordo.

A CBF ainda não se manifestou.

Mas as propostas do Flamengo tiveram alvos claros.

A guerra entre os dois clubes mais ricos da América do Sul, e que decidirão a Libertadores, no dia 29, e que lutam por cada ponto no Brasileiro, está longe de acabar.

Aqui, o documento completo.

“O Clube de Regatas do Flamengo vem participando ativamente das discussões sobre o Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), um modelo brasileiro de Fair Play Financeiro, conduzidas pela comissão instituída pela CBF.

Com o intuito de contribuir para o aprimoramento das práticas de governança e sustentabilidade no futebol brasileiro, o Flamengo enviou, por escrito, sua posição detalhada à comissão responsável.

O compromisso do Flamengo transcende os números, dedicando-se ao esporte, à competição justa e a um Fair Play que represente os verdadeiros princípios do futebol.

Os R$ 80 milhões emprestados por Leila Pereira ao Vasco irritou a cúpula do Flamengo. Daí as restrições a clubes endividados Divulgação/Vasco da Gama
  • Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.
  • Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos.
  • Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios.
  • Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez.
  • Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente.
  • Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança.
  • Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação.
  • Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada.
  • Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições.
  • Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.
  • O Clube de Regatas do Flamengo continuará participando da elaboração e execução do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), conforme a proposta da Confederação Brasileira de Futebol, e já cumprimenta a entidade pela louvável iniciativa."

Haverá outros ataques dos dois lados.

A guerra entre Palmeiras e Flamengo mal começou...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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