Filipe Luís deu um tapa de luva de pelica na CBF. Ele não quis ser coordenador. Sabe que o cargo é simbólico. Derrota para Ednaldo
O ex-lateral do Flamengo, Filipe Luís, recusou assumir a coordenação de seleções. Ele tem plena consciência que o cargo não tem poder de decisão. CBF buscará outro ex-jogador. Quer alguém que seja um 'símbolo'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Um tapa de luva de pelica na cúpula da CBF.
Filipe Luís foi polido, mas firme.
Recusou o cargo de coordenador de Seleções.
O ex-lateral do Flamengo, que acabou de encerrar sua importante carreira, alegou que não quis o cargo porque quer investir na carreira de treinador.
O que é verdade.
Se aceitasse, ele ficaria dois anos e meio travado, exerceria uma função burocrática, sem poder efetivo.
Como aconteceu com Juninho Paulista.
Ele foi ferrenhamente cobrado pelos amistosos que o Brasil fez, vários de nível fraquíssimo, e só comemorou uma partida contra selecionado europeu. Diante da pouco representativa República Tcheca.
Quem efetivamente fica com a negociação de amistosos é o presidente da CBF.
Juninho só teve sua imagem desgastada com a fracassada preparação da Seleção para a Copa do Mundo do Catar.
Antes, para o Mundial de 2018, foi Edu Gaspar quem acumulou críticas.
E assumiu a falta de força diplomática da CBF.
Ramon Menezes e Fernando Diniz não tiveram coordenadores.
O próprio Ednaldo Rodrigues acumulava o cargo, junto com a presidência da CBF.
A escolha de Felipe Luís tinha também um cunho político.
Contemplar o Rio de Janeiro com cargo representativo na Seleção Brasileira.
São Paulo ficou com a função de treinador, entregue para Dorival Junior.
Ednaldo buscará um outro ex-jogador para a função.
Na prática Filipe Luís não fará falta.
Como seja quem for que assumir a coordenação nada acrescentará.
O cargo é simbólico.
Filipe, ex-jogador da Seleção, resolveu não perder dois anos e meio de vida.
Nem correr o risco de Ednaldo ser outra vez destituído.
E ele também sair.
A decisão não surpreendeu quem conhece Filipe Luís...
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