Fernando Diniz assume. Copia o caminho de Dorival, Brasileiro foi só para não cair. Foco é a Copa do Brasil. Virada épica contra o Fluminense mostrou Vasco ‘desconhecido’. A um passo da final
Treinador assume que não tem elenco como Flamengo, Palmeiras e Botafogo, por isso eles disputam o título do Brasileiro.“Eles têm dois times.” Vasco fez como o Corinthians. Derrubou o rival, favorito na semifinal da Copa do Brasil. 2 a 1 contra o Fluminense. Só precisa empatar para decidir o título
Cosme Rímoli|Do R7

“Não é que o trabalho só acontece nas copas, mas quando temos uma restrição de orçamento fica mais difícil manter.
“Palmeiras, Flamengo e Botafogo no ano passado tinham praticamente dois times.
“E o Palmeiras e Flamengo ainda têm uma categoria de base forte, com dinheiro, eles contratam jogadores de 15 anos. É elenco robusto, com praticamente dois times para andar nas competições.
“A gente está aprendendo a fazer as coisas no Vasco.
“Eu falei que o Vasco está aprendendo a ser grande.”
Fernando Diniz segue o mesmo caminho de Dorival Júnior.
Vivido, sabe que não havia como o Vasco lutar no Brasileiro e na Copa do Brasil na mesma intensidade.
O elenco é pequeno, sem peças de reposição à altura para o time titular.
E o que se viu ontem no Maracanã foi a repetição do Mineirão, na quarta.
O favorito sucumbe diante da postura competitiva, vibrante do azarão.
É como se o time paulista e vascaíno fossem bipolares.
No Brasileiro tiveram participação apática.
Na Copa do Brasil se mostram entusiasmados, dominantes.
O Vasco, que há 14 anos não venceu um torneio nacional, se mostrou muito mais vibração que o Fluminense venceu, de virada, por 2 a 1.
Serna marcou, Ryan empatou e Vegetti fez o gol da virada, aos 48 minutos do segundo tempo.
Justo o argentino que se rebelou ao ser substituído na goleada por 5 a 0 que o Vasco sofreu do Atlético Mineiro, na última rodada do Brasileiro.
E saiu do banco de reservas para virar o jogo.
Fernando Diniz, que é formado em Psicologia, deu uma longa explicação sobre sua relação com o artilheiro argentino.
“Tenho uma relação muito próxima como ele, é um grande artilheiro nosso, um dos maiores ídolos da história recente do Vasco. Foi muito importante aqui naquela saída do Vasco de 2023 da zona de rebaixamento.
“Uma coisa inesquecível.
“É um dos grandes artilheiros da temporada. É uma pessoa em quem confio muito. Confio como jogador e pessoa. Teve um momento de irritação contra o Atlético, depois conversamos dentro do jogo mesmo. Não foi uma coisa relacionada especificamente a mim.
“Saiu irritado e acontece. Está resolvido. Não está resolvido porque fez o gol, porque se não estivesse resolvido não teria entrado.
“Não sou uma pessoa rancorosa com ninguém. Não tenho rancor. Sou muito franco, exponho as coisas na beira do campo, mas minha relação com o jogador tem um grau de profundidade bastante interessante.
“Como não tem dolo, não tem maldade na relação, as coisas acabam caminhando para melhor. Foi uma relação que ficou mais próxima e não mais afastada.
“Quando as pessoas têm bom coração, a tendência é daquilo ficar ainda mais forte, que foi o que aconteceu. Uma relação mais equilibrada.”
O treinador estava muito emocionado na coletiva.
Também assim como Dorival, seu trabalho está muito questionado. A vitória nesta primeira partida da semifinal transformou o ambiente em São Januário, provando o quanto o futebol é curto.
O Vasco terminou o Brasileiro em 14º lugar, com uma campanha constrangedora. O presidente, e ex-presidente, Pedrinho, era um dos únicos defensores de Diniz.

O ex-técnico da Seleção Brasileira sabe muito bem o quanto essa semifinal da Copa do Brasil é importante para o seu futuro em São Januário.
E o Vasco começou a reagir no limite da paciência dos torcedores e conselheiros do Vasco com o técnico.
A virada emocionante contra o Fluminense tem o mérito de Fernando que colocou o time na frente, principalmente no segundo tempo.
E a incrível vibração, sede de vitória do time de Diniz.
Como o Corinthians, só precisa de um empate, no domingo.
A segunda, e decisiva, partida será também no Maracanã, por um acordo entre a diretoria vascaína e do Fluminense.
Fernando Diniz não reclama.
"Acho que São Januário é a casa do Vasco. É um estádio diferente, a gente adora jogar lá também, embora não tenhamos aproveitado tanto o mando como historicamente o clube consegue.
“Mas a gente fez muitas boas apresentações lá também que não conseguimos transformar em vitória. Agora, o Maracanã também é a casa do Vasco.
“Foi campeão aqui com o time do Dinamite, com o time do Felipe, Pedrinho e Edmundo, campeão na João Havelange. Aqui é a casa do Vasco como São Januário também é. É uma casa maior, mas também a casa do Vasco.
“Só ver a festa que a torcida fez aqui e o time se sente bem aqui como se sente em São Januário. É um privilégio ter duas casas, uma um pouco maior.”
A semifinal da Copa do Brasil de 2025 está ficando mais do que interessante.
Está se transformando em uma festa dos azarões.
Para desespero dos favoritos Cruzeiro e Fluminense....
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