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Cosme Rímoli - Blogs

Exibição de gala do Palmeiras. 3 a 0 no Junior Barranquilla

Escalação de Roger, expulsão infantil, dois gols de Bruno Henrique e um golaço de Borja. Foi uma noite inesquecível na Colômbia

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Coragem de Roger para colocar Bruno Henrique e Victor Luis foi fundamental
Coragem de Roger para colocar Bruno Henrique e Victor Luis foi fundamental

Uma exibição de gala do Palmeiras. A estreia do time na Libertadores de 2018 não poderia ser melhor. Graças a quatro personagens: Roger, Germán Gutiérrez, Alexis Mendoza e a Bruno Henrique.

O volante foi fundamental na vitória diante do Junior Barranquilla, na Colômbia, por 3 a 0. Marcou dois gols e mudou toda a movimentação do meio-campo palmeirense. 

Foi uma partida importante para dar confiança ao elenco, que estava abalado após a derrota para o Corinthians. 

Não bastasse a grande vitória fora de casa, o time brasileiro ainda foi favorecido com o empate entre Alianza Lima e Boca Juniors, em 0 a 0. E já é o líder do grupo 8, com três pontos. Muito bom sair na frente em um grupo teoricamente muito disputado.


Roger teve todos os méritos ao trocar Tchê Tchê e Michel Bastos por Bruno Henrique e Victor Luis. Mexeu com coragem com dois jogadores que não estavam produzindo e até atrapalhando o Palmeiras. 

"Entrei para marcar, mas com a possibilidade de chegar à frente. O Roger pediu isso. Foi meu primeiro jogo como titular no ano. Ainda estou sem ritmo. Sabíamos que não seria fácil. O Junior Barranquilla até com um a menos criou chances, nos deu trabalho. A vitória foi importante", comemorava Bruno Henrique.


Roger analisou com muito cuidado a derrota diante do Corinthans, no sábado. A derrota por 2 a 0 o incomodou. Principalmente pela falta total de reação do time. Ele sabia que, outra vez, teria um adversário versátil, intenso e empurrado por sua apaixonada torcida. Tinha de fazer sua equipe reagir.

E decidiu mexer com um jogador que por muito tempo é considerado intocável: Tchê Tchê. Sua versatilidade realmente impressiona. Mas há tempos ele vem pecando na marcação. Sobrecarregava Felipe Melo. E deixava exposta a forte, porém lenta, dupla de zagueiros, Antônio Carlos e Thiago Martins. O treinado o trocou por Bruno Henrique. Começou a ganhar o jogo.


Bruno Henrique tem um poder físico de marcação muito mais eficiente que Tchê Tchê. Não é tão habilidoso e nem tem tanta visão de jogo, mas compensa com poderosos arremates a gol. 

O Palmeiras esteve muito mais equilibrado e firme contra o Junior Barranquilla
O Palmeiras esteve muito mais equilibrado e firme contra o Junior Barranquilla

Outro acerto foi a saída do veterano Michel Bastos. Ele seguia sem profundidade. Com dificuldade para marcar e sem força no ataque. A troca por Victor Luis foi exata. O Palmeiras ficou mais equilibrado na defesa e no ataque.

Alexis Mendoza havia preparado seu time para pressionar o Palmeiras, buscar a vitória travando a equipe brasileira no seu campo. Marcando sob pressão qualquer saída de bola. E o Junior Barranquilla começou muito bem o jogo. Dificultando as coisas para a equipe de Roger.

Mas aos nove minutos do primeiro tempo, seu lateral esquerdo Germán Gutiérrez deve ter tido uma pane mental. Em uma dividida pelo alto, ele confundiu futebol com MMA. E acertou a sola do seu pé esquerdo no peito de Bruno Henrique. Cartão vermelho no ato. Enrique Caceres não titubeou. O árbitro paraguaio não teve outra saída a não ser expulsá-lo.

O Palmeiras ganhou um presente dos céus. Mas ganharia outro. O treinador Alexis Mendoza não recompôs a sua zaga. Apenas deslocou o volante Mier para a lateral. 

O time brasileiro ganhou não só vantagem numérica, como espaço para atacar. O lado esquerdo do Junior Barranquilla estava completamente descoberto. E foi por lá que o Palmeiras fez o primeiro gol, que tirou toda a confiança colombiana. Felipe Melo deu excelente lançamento a Dudu, que descobriu Bruno Henrique entrando livre na grande área. O chute cruzado do volante foi perfeito. 1 a 0, aos 19 minutos.

O gol e, principalmente, a atuação sem coordenação do time colombiano, irritava a torcida. O Júnior Barranquilla mostrava erros, dava espaço precioso ao Palmeira. Estivesse Luca Lima mais inspirado e o time poderia ir para o intervalo vencendo por mais gols.

Só que eles vieram no segundo tempo. 

Roger soltou mais o time para adiantar a marcação. E foi o suficiente para expor a fragilidade defensiva dos colombianos. Logo aos seis minutos, o Palmeiras atacou em bloco. Lucas Lima chutou para o gol e a bola bateu na zaga, sobrando para um belíssimo sem pulo de Borja 2 a 0.

Lucas Lima ainda precisa melhorar no Palmeiras
Lucas Lima ainda precisa melhorar no Palmeiras

A partida já estava ganha. O Júnior Barranquilla estava nervoso, desconcentrado depois do placar e da própria torcida adversos. O Palmeiras ganhou ainda mais objetividade com a entrada de Guerra no lugar de Lucas Lima. E foi o colombiano que deu início ao terceiro gol. Ele invadiu a área e rolou para Bruno Henrique concluir sem pena de Sebastián Viera. 3 a 0, aos 26 minutos.

Com a vitória garantida, o Palmeiras diminuiu o ritmo. Mesmo assim houve tempo para Thiago Santos perder um gol absurdo. E Enrique Caceres marcar um pênaldi duvidoso de Marcos Rocha em Alvez. O próprio Alvez pediu para cobrar. Bateu para fora, no alto, longe da meta de Jailson.

A noite palmeirense foi perfeita.

O Palmeiras foi o primeiro time brasileiro a vencer fase de grupos da Libertadores.

Resultado importante.

Mas nem tanto quanto à descoberta de um time forte e confiante...

Mais importante do que o resultado. A descoberta de um time
Mais importante do que o resultado. A descoberta de um time

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