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Cosme Rímoli - Blogs

Estão explicados os sete fracassos de Jorge Jesus na Champions

O  português inventou. Colocou Rafinha improvisado como volante. Facilitou para o veloz Emelec. Derrota perigosíssima do Flamengo, por 2 a 0, na Libertadores

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Erro incrível. Escalação de Rafinha como volante foi presente ao Emelec
Erro incrível. Escalação de Rafinha como volante foi presente ao Emelec

São Paulo, Brasil

Na véspera de sua estreia na Libertadores, Jorge Jesus comparou a competição sul-americana à Champions League.

Talvez não pudesse ser tão feliz. 

Pelo menos, para ele.


O treinador português seguiu sua sina, no Equador, de jogar muito mal a competição mais importante do continente onde esteja.

A derrota do Flamengo para o Emelec por 2 a 0, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Libertadores, fez escolhas erradas que sabotaram o clube carioca. 


O resultado poderia ter sido até maior para os equatorianos.

A pior escolha do treinador foi improvisar Rafinha como volante.


Fez o time atuar com dois laterais direitos: Rafinha e o limitado Rodinei.

O caminho mais seguro seria colocar Cuellar ao lado de Willian Arão. 

Mas o técnico decidiu apostar de maneira incoerente, desestruturou a equipe com um atleta recém-chegado, improvisado.

O lateral de 33 anos havia jogado nesta posição há três anos. Foi péssimo desde o início da partida, mas Jorge Jesus não conseguiu enxergar o quanto abriu seu time, sobrecarregou Arão, o único a marca no meio de campo flamenguista.

O resultado foi a dura derrota, que pode ter como custo a eliminação da competição mais desejada. 

E que fez a diretoria gastar mais de R$ 200 milhões em jogadores.

Talvez esteja explicado porque em sete disputas de Champions, Jorge Jesus foi eliminado seis vezes na primeira fase. As quartas-de-final acabou sendo o mais longe que conseguiu chegar.

Rafinha, perdido em campo. Não atacou e, principalmente, não marcou.
Rafinha, perdido em campo. Não atacou e, principalmente, não marcou.

"Não rendemos coletivamente e também em termos coletivos em um ou outro, para que nos desse algo em termo individual", teve de admitir.

Diante do questionamento óbvio de sua péssima escolhar, o treinador tentou explicar.

"Rafinha já fez aquela posição no Bayern como meia ofensiva. Taticamente lê muito bem o jogo, que não saiu muito bem na primeira parte. Queria um jogador forte no terço de campo no um contra um. Mas não foi possível.

"Ele é um jogador que atua bem no espaço curto e queria que o Rafinha pudesse fazer essa minha ideia com mais felicidade e não conseguiu. O posicionamento não foi novidade", tentou explicar.

Mas talvez Jorge Jesus não esperasse que suas palavras fossem checadas. E Rafinha não atua nesta posição há três anos. E quando jogou, ainda sob o comando de Pep Guardiola, não agradou.

Assim como ontem, quando o vivido lateral improvisado não fez nada de útil. Não marcou, não atacou, não tocou a bola.

Ficou perdido.

O técnico deixou escapar, de forma sincera, o que aconteceu.

Graças à falta de estrutura, de rumo do Flamengo, que se encolheu e escapou, por sorte, de uma goleada.

"O Emelec está habituado à bola corrida, jogo agressivo, e isso condicionou nosso jogo", admitiu.

Daí o sufoco vivido pelo clube carioca.

O treinador completou 65 anos ontem e deu o presente à equipe equatoriana, com a péssima escalação.

O Emelec marcou dois gols. Mas poderia ter goleado o exposto Flamengo
O Emelec marcou dois gols. Mas poderia ter goleado o exposto Flamengo

A situação é complicadíssima para a próxima quarta-feira, quando haverá a partida decisiva. Vitinho, Arrascaeta e Everton Ribeiro que não atuaram hoje, contundidos, são dúvidas. 

Além deles, Diego saiu do jogo contra o Emelec com suspeita de fratura no tornozelo esquerdo.

Tudo se torna mais pesado.

Porque há oito dias, o Flamengo era eliminado da Copa do Brasil. O time teve de enfrentar a ira da torcida.

Jorge Jesus conversou com os torcedores mais afoitos e os acalmou.

Só que agora, o próprio treinador é quem proporcionou a situação terrível que o Flamengo mergulhou na Libertadores.

Por uma falta de critério absoluto.

O Flamengo será obrigado a vencer por três gols de diferença, na próxima semana, no Maracanã.

A diferença técnica entre um elenco e outro é enorme.

O time brasileiro é muito superior.

Pode até golear.

Mas o erro cometido por Jorge Jesus no Equador foi imperdoável.

Amador.

Digno de quem não conhece os próprios jogadores.

O Flamengo não precisava dessa pesada derrota.

O responsável por ela tem nome e sobrenome.

Jorge Fernando Pinheiro de Jesus...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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