Está explicado por que Renato nunca foi campeão brasileiro como técnico. A evitável derrota do Fluminense, para o desvalido Corinthians, resume. Repetiu o que fez no Grêmio e Flamengo
Renato poupou dez jogadores do confronto contra o Corinthians, ontem no Maracanã. O time de Dorival tinha uma lista imensa de desfalques. Aproveitou o presente. Derrota mais que evitável do Fluminense. Está explicado porque o técnico jamais foi campeão brasileiro como treinador
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Thiago Silva, Canobbio, Hércules, Nonato, Martinelli, Serna, Everaldo, Freytes, Lezcano e Lavega.
Todos ficaram de fora, não pisaram no Maracanã, ontem à noite.
Dez jogadores.
Vaias, reclamações, poucos palavrões.
E muita frustração.
Dos mais de 20 mil torcedores do Fluminense.
Além dos silenciosos dirigentes das Laranjeiras.
Renato Gaúcho fez de novo.
Optou pelo caminho exagerado que causou demissões no Grêmio e no Flamengo.
Seu medo de expor seu melhor time em várias competições.
O Fluminense é a única equipe do país a disputar três competições.
Por seus méritos.
O Brasileiro, a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil.
A semifinal contra o Vasco, pela Copa do Brasil, está marcada para dezembro.
Daqui três meses!
O jogo contra o Lanús, pelas quartas da Sul-Americana, será na próxima terça-feira, na Argentina.
E ontem havia o confronto contra o Corinthians.
Renato Gaúcho sempre procura ótimas informações antecipadas sobre seus adversários. O departamento de futebol do Fluminense é muito competente e passou ao técnico os inúmeros problemas de Dorival Júnior para o jogo de ontem.
Não tinha Memphis Depay, Garro, Martínez, Bidon, Raniele, Charles. Além de Carrillo, que só deve voltar em novembro ou em 2026.
Ou seja, o Corinthians estava esfacelado no meio-campo. A ponto de atuar com três laterais esquerdos: Angileri foi zagueiro, Bidu, ala e Hugo, improvisado como volante.
Yuri Alberto está sem ritmo de jogo, por conta de cirurgia na hérnia. E começaria no banco de reservas. Não era segredo para ninguém.
Com o time titular, os corintianos já flertaram com a zona do rebaixamento.
Mesmo assim, Renato, obcecado pela Sul-Americana, poupou dez jogadores, que poderiam atuar.
E pagou caro.
Mesmo com essa equipe improvisada e fraca, o Corinthians venceu por 1 a 0. Gol de Matheuzinho.

A torcida do Fluminense, que fez uma inesquecível festa, na quarta-feira, se sentiu traída ao ir para o Maracanã, na noite de ontem. Sem manifestações públicas, os dirigentes cariocas sabiam que o clube ‘jogou fora’ três pontos importantíssimos no Brasileiro.
Porque se Renato Gaúcho fracassar na Sul-Americana e na Copa do Brasil, o Fluminense pode ficar até sem vaga na Libertadores, pelo Brasileiro.
Caiu da nona colocação para a décima.
Diante do clima de decepção, Renato repetiu as mesmas desculpas que deu no Grêmio e no Flamengo, quando cansou de poupar jogadores e ter derrotas evitáveis, incompreensíveis.
Ele exagera na preservação de atletas.
Os dirigentes sabem disso, mas não têm coragem de confrontá-lo. Apenas ganham argumentos para futuras demissões.
As suas respostas também foram as mesmas nos seus ex-clubes, diante do inconformismo dos jornalistas.
“Você falou que o Corinthians está desfalcado? Eu mudei dez jogadores. Faz parte. Corinthians jogou quarta-feira também. Quem poderia jogar, jogou, porque o Corinthians não tem jogo no meio de semana.
“Amanhã de manhã a gente treina, segunda-feira treina e viaja para Buenos Aires, para jogar já na terça-feira. Não adianta ficar repetindo aqui toda vez. Não adianta, a gente tem que segurar alguns jogadores, na maioria das vezes todos, porque a cada três dias temos jogo. Não vou perder ninguém.
“(Vão dizer) “Renato tá dando a mesma desculpa”, é uma realidade, é um fato. Fluminense é o único clube disputando três competições."
Renato Gaúcho tem 63 anos e é absolutamente conservador, em relação à modernidade da preparação física.
Ele não confia.
Aposta sempre no desgaste exagerado.
E o clube que comanda, várias vezes, perde partidas fáceis.
“Nós estamos em três competições, a gente já conseguiu uma classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Nós estamos disputando duas competições porque uma, nós já garantimos lá na frente. Hoje, eu poderia mesclar o time se não tivesse jogo na terça-feira. Você viu o desgaste? É que vocês não têm os números.
“Você tem que ver o desgaste que nós tivemos para enfrentar o Bahia. Por quê? Porque eu armei um esquema que a gente marcou praticamente individual o time do Bahia e isso cansa. Isso desgasta muito o time. A gente precisava da vitória. Justamente pela entrega do time. Falei com a maioria do grupo. Muitos estavam cansados. Era impossível colocá-los para dentro do campo hoje.
“Dois jogadores queriam jogar. O jogador querer jogar é uma coisa. Todos eles querem jogar toda hora, o tempo todo. Eles produzirem dentro do campo é outra história, bem diferente. Não adianta “eu quero jogar”, aí corre 30, 40 minutos e está cansado. Ainda tem o problema que pode ter uma lesão de estiramento. Então não adianta nada."

Foi um enorme presente para Dorival Júnior.
“O Fluminense teve a opção de mudar praticamente o time todo. E é natural que levasse uma vantagem física em todo esse processo. Porém, eu acho que nós tivemos também e fomos inteligentes na forma como atuamos, nós não sofremos tanto, mesmo sentindo uma diferença física em relação à equipe adversária”, disse o treinador corintiano.
O desentrosado time de Renato Gaúcho chegou a 16 arremates. A maioria de forma precipitada. E exagerou nos cruzamentos, facilitando o trabalho defensivo corintiano. Não havia articulação das jogadas ofensivas.
E o Corinthians, arrematando duas vezes, marcou 1 a 0, com Matheuzinho. Levou três pontos do Maracanã.
Deixou como ‘herança’, uma atmosfera ruim, que Renato Gaúcho está acostumado.
A do desperdício de três pontos no Brasileiro.
E obrigação de compensar nas Copas que seu time vai disputar.
Está mais do que explicado porque Renato Gaúcho jamais foi campeão brasileiro como treinador.
E pelo jeito, nunca será.
É a primeira competição que ele abre mão.
Esteja no clube que estiver.
Tenha o elenco que tiver...