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Está explicado por que Renato nunca foi campeão brasileiro como técnico. A evitável derrota do Fluminense, para o desvalido Corinthians, resume. Repetiu o que fez no Grêmio e Flamengo

Renato poupou dez jogadores do confronto contra o Corinthians, ontem no Maracanã. O time de Dorival tinha uma lista imensa de desfalques. Aproveitou o presente. Derrota mais que evitável do Fluminense. Está explicado porque o técnico jamais foi campeão brasileiro como treinador

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Renato Gaúcho poupou dez jogadores em partida contra o Corinthians, resultando em uma derrota de 1 a 0.
  • O Fluminense, com esse resultado, caiu para a décima posição no Campeonato Brasileiro e corre o risco de perder vaga na Libertadores.
  • A obsessão de Renato pela Sul-Americana foi criticada, relembrando erros em seus antigos clubes, Grêmio e Flamengo.
  • A falta de confiança em sua equipe titular e as escolhas questionáveis do técnico mostram porque ele nunca conquistou o Campeonato Brasileiro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Renato Gaúcho exagerou, de novo, ao poupar jogadores do Fluminense. Como fez no Grêmio e Flamengo Reprodução/Instagram Renato Gaúcho

Thiago Silva, Canobbio, Hércules, Nonato, Martinelli, Serna, Everaldo, Freytes, Lezcano e Lavega.

Todos ficaram de fora, não pisaram no Maracanã, ontem à noite.

Dez jogadores.

Vaias, reclamações, poucos palavrões.


E muita frustração.

Dos mais de 20 mil torcedores do Fluminense.


Além dos silenciosos dirigentes das Laranjeiras.

Renato Gaúcho fez de novo.


Optou pelo caminho exagerado que causou demissões no Grêmio e no Flamengo.

Seu medo de expor seu melhor time em várias competições.

O Fluminense é a única equipe do país a disputar três competições.

Por seus méritos.

O Brasileiro, a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil.

A semifinal contra o Vasco, pela Copa do Brasil, está marcada para dezembro.

Daqui três meses!

O jogo contra o Lanús, pelas quartas da Sul-Americana, será na próxima terça-feira, na Argentina.

E ontem havia o confronto contra o Corinthians.

Renato Gaúcho sempre procura ótimas informações antecipadas sobre seus adversários. O departamento de futebol do Fluminense é muito competente e passou ao técnico os inúmeros problemas de Dorival Júnior para o jogo de ontem.

Não tinha Memphis Depay, Garro, Martínez, Bidon, Raniele, Charles. Além de Carrillo, que só deve voltar em novembro ou em 2026.

Ou seja, o Corinthians estava esfacelado no meio-campo. A ponto de atuar com três laterais esquerdos: Angileri foi zagueiro, Bidu, ala e Hugo, improvisado como volante.

Yuri Alberto está sem ritmo de jogo, por conta de cirurgia na hérnia. E começaria no banco de reservas. Não era segredo para ninguém.

Com o time titular, os corintianos já flertaram com a zona do rebaixamento.

Mesmo assim, Renato, obcecado pela Sul-Americana, poupou dez jogadores, que poderiam atuar.

E pagou caro.

Mesmo com essa equipe improvisada e fraca, o Corinthians venceu por 1 a 0. Gol de Matheuzinho.

André Ramalho e Romero comemoram a vitória importante que o Fluminense proporcionou. O Corinthians somou três pontos fundamentais Rodrigo Coca/Corinthians

A torcida do Fluminense, que fez uma inesquecível festa, na quarta-feira, se sentiu traída ao ir para o Maracanã, na noite de ontem. Sem manifestações públicas, os dirigentes cariocas sabiam que o clube ‘jogou fora’ três pontos importantíssimos no Brasileiro.

Porque se Renato Gaúcho fracassar na Sul-Americana e na Copa do Brasil, o Fluminense pode ficar até sem vaga na Libertadores, pelo Brasileiro.

Caiu da nona colocação para a décima.

Diante do clima de decepção, Renato repetiu as mesmas desculpas que deu no Grêmio e no Flamengo, quando cansou de poupar jogadores e ter derrotas evitáveis, incompreensíveis.

Ele exagera na preservação de atletas.

Os dirigentes sabem disso, mas não têm coragem de confrontá-lo. Apenas ganham argumentos para futuras demissões.

As suas respostas também foram as mesmas nos seus ex-clubes, diante do inconformismo dos jornalistas.

“Você falou que o Corinthians está desfalcado? Eu mudei dez jogadores. Faz parte. Corinthians jogou quarta-feira também. Quem poderia jogar, jogou, porque o Corinthians não tem jogo no meio de semana.

“Amanhã de manhã a gente treina, segunda-feira treina e viaja para Buenos Aires, para jogar já na terça-feira. Não adianta ficar repetindo aqui toda vez. Não adianta, a gente tem que segurar alguns jogadores, na maioria das vezes todos, porque a cada três dias temos jogo. Não vou perder ninguém.

“(Vão dizer) “Renato tá dando a mesma desculpa”, é uma realidade, é um fato. Fluminense é o único clube disputando três competições."

Renato Gaúcho tem 63 anos e é absolutamente conservador, em relação à modernidade da preparação física.

Ele não confia.

Aposta sempre no desgaste exagerado.

E o clube que comanda, várias vezes, perde partidas fáceis.

“Nós estamos em três competições, a gente já conseguiu uma classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Nós estamos disputando duas competições porque uma, nós já garantimos lá na frente. Hoje, eu poderia mesclar o time se não tivesse jogo na terça-feira. Você viu o desgaste? É que vocês não têm os números.

“Você tem que ver o desgaste que nós tivemos para enfrentar o Bahia. Por quê? Porque eu armei um esquema que a gente marcou praticamente individual o time do Bahia e isso cansa. Isso desgasta muito o time. A gente precisava da vitória. Justamente pela entrega do time. Falei com a maioria do grupo. Muitos estavam cansados. Era impossível colocá-los para dentro do campo hoje.

“Dois jogadores queriam jogar. O jogador querer jogar é uma coisa. Todos eles querem jogar toda hora, o tempo todo. Eles produzirem dentro do campo é outra história, bem diferente. Não adianta “eu quero jogar”, aí corre 30, 40 minutos e está cansado. Ainda tem o problema que pode ter uma lesão de estiramento. Então não adianta nada."

Dorival Júnior teve todo motivo para sair sorrindo do Maracanã. Renato Gaúcho o ajudou a ter mais tranquilidade no Corinthians Rodrigo Coca/Corinthians

Foi um enorme presente para Dorival Júnior.

“O Fluminense teve a opção de mudar praticamente o time todo. E é natural que levasse uma vantagem física em todo esse processo. Porém, eu acho que nós tivemos também e fomos inteligentes na forma como atuamos, nós não sofremos tanto, mesmo sentindo uma diferença física em relação à equipe adversária”, disse o treinador corintiano.

O desentrosado time de Renato Gaúcho chegou a 16 arremates. A maioria de forma precipitada. E exagerou nos cruzamentos, facilitando o trabalho defensivo corintiano. Não havia articulação das jogadas ofensivas.

E o Corinthians, arrematando duas vezes, marcou 1 a 0, com Matheuzinho. Levou três pontos do Maracanã.

Deixou como ‘herança’, uma atmosfera ruim, que Renato Gaúcho está acostumado.

A do desperdício de três pontos no Brasileiro.

E obrigação de compensar nas Copas que seu time vai disputar.

Está mais do que explicado porque Renato Gaúcho jamais foi campeão brasileiro como treinador.

E pelo jeito, nunca será.

É a primeira competição que ele abre mão.

Esteja no clube que estiver.

Tenha o elenco que tiver...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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