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Escândalo no Corinthians. Perde seu maior patrocínio da história, por intermediação virar caso de polícia

Casa de apostas, que pagaria R$ 370 milhões pelo patrocínio master da camisa do time, rescinde. Apelou para a cláusula ‘anticorrupção’, depois que virou ‘caso de polícia’

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Augusto Melo corre ainda mais risco de impeachment Jozzu/Agência Corinthians

O Corinthians se envolveu em um dos maiores escândalos de sua história.

Depois de o presidente Augusto Melo festejar o maior patrocínio de camisa de todos os tempos, nada menos do que R$ 370 milhões, R$ 120 milhões por ano até 2026, mais R$ 10 milhões, como luvas, o negócio foi desfeito.

De maneira desmoralizante.

A direção da casa de apostas VaideBet apelou para a cláusula mais vergonhosa do contrato que orgulhava Melo.

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O de anticorrupção.

Por conta do estranho caminho que estava tomando o pagamento que chegaria a R$ 25,2 milhões à empresa que intermediou o patrocínio, a Rede Social Midia Design.

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Mais de R$ 1 milhão foi pago pela intermediária à firma Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. E uma das sócias desta empresa é Edna Oliveira dos Santos. Ela é uma mulher humilde, que vive em uma favela, em Peruíbe, e não tinha menor ideia que seu nome estava sendo usado.

A desconfiança da Polícia Civil, que investiga o caso, é que ela se trata de uma ‘laranja’.

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Cujo nome foi usado para alguém ficar com o dinheiro, no lugar dela.

O endereço físico da Neoway é falso, inexistente.

As provas de que algo muito estranho estava acontecendo foram fortes demais.

E a cúpula da VaideBet decidiu colocar um final no contrato, oficialmente hoje.

A maior vitória de Augusto Melo se transformou na maior derrota.

Já houve uma derrocada na diretoria, em apenas seis meses da nova presidência.

Yun Ki Lee, diretor jurídico e Fernando Perino, seu diretor-adjunto pediram demissão, diante do escândalo. Rubens Gomes (diretor de futebol), Wagner Vilaron (superintendente de comunicação) e Fabricio Vicentim (diretor-adjunto das categorias de base) já tinham ido embora.

Sérgio Moura, superintendente de marketing, cumpre afastamento por tempo indeterminado.

A direção da VaideBet havia alertado a Augusto Melo que estava propensa a rescindir o contrato de patrocínio, diante das evidências.

E acionou a lei 9.613, de 3 de março de 1998. Ela trata de anticorrupção e de prevenção de lavagem de dinheiro e antitruste.

Não há nada que o Corinthians possa fazer.

O clube sonhava em dobrar seu faturamento em 2024, tendo como grande impulso o contrato de patrocínio com a casa de apostas.

Conselheiros estão revoltados e já defendem publicamente o impeachment de Augusto Melo.

O dirigente passa essa manhã reunido com advogados e membros da sua diretoria estudando como se posicionar.

É uma das maiores humilhações do Corinthians na sua história.

A história precisa ser esclarecida.

E os culpados, punidos.

A Polícia Civil está investigando.

Aqui, a nota, na íntegra, da VaideBet.

“A VaideBet informa que exerceu nesta sexta-feira (7) a rescisão do contrato de patrocínio com o Sport Club Corinthians Paulista. Desde o início de abril a marca acompanha e solicita esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas, tendo já realizado reuniões, comunicações formais e notificação extrajudicial. Diante das explicações apresentadas sem nenhuma resolutividade, a VaideBet lamentavelmente se vê obrigada a tomar tal atitude.

“A marca avalia que não se pode manter a parceria enquanto pairar sobre o acordo qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais. Só a dúvida, no crivo ético da marca, já é suficiente para determinar a rescisão - que foi exercida pela VaideBet suscitando cláusulas do contrato que protegem direitos da marca nessa decisão.

“A VaideBet lamenta pelo fim de uma parceria que deveria ter durado no mínimo três anos e agradece, pelo carinho e pelo respeito, à imensa e apaixonada torcida do Corinthians, que diariamente sustenta a história e os valores da instituição.”




Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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