Escândalo no Chile. O ex-ídolo do Palmeiras, Valdivia, foi preso. Acusado de estupro. O assunto é proibido no clube paulista
O ex-jogador foi preso às três da manhã na sua casa. Policiais o renderam e levaram para a prisão. Ele trabalha como comentarista da ESPN, no Chile. No Palmeiras, o assunto é proibido. Para não tumultuar, desviar o foco dos jogadores na busca do tricampeonato brasileiro
Cosme Rímoli|Do R7
No dia da morte de Tonhão, Valdivia ‘roubou’ todas as manchetes.
E de uma maneira chocante.
O ídolo e dos melhores meias da história do clube, foi preso no Chile.
A acusação é gravíssima.
Uma tatuadora o acusou de estupro.
Alegou que ele a embebedou e manteve relações sexuais não consentidas.
Os dois se conheceram domingo à noite, no restaurante Chicha em Aji, no município de Providencia, próximo a Santiago.
A partir daí, as versões são muito diferentes.
Segundo a mulher, cuja identidade é mantida em sigilo, ambos beberam muito.
Haviam combinado que ele faria uma tatuagem.
Só que, depois de embriagada, ela alega não se lembrar de nada.
A não ser que foi abusada pelo ex-jogador, fato contado a ela por Valdivia.
A tatuadora foi até a polícia.
Fez a denúncia.
Passou por uma perícia médica, nela o abuso teria sido confirmado.
Valdivia foi preso na sua casa nesta madrugada, às três da manhã.
Ele mandou um recado a uma rádio de Santiago, a Biobio.
“Não conheço as motivações desta ação, mas nego categoricamente ter agredido sexualmente qualquer pessoa.
“Peço aos meios de comunicação social que sejam cautelosos e protejam o meu direito à presunção de inocência.”
Depois de abandonar o futebol, aos 37 anos, Valdivia se envolveu em inúmeros escândalos.
Primeiro, com o fim de seu casamento com Daniela Aranguíz, depois de 17 anos.
Com troca pública de acusações de traições.
Situações mais do que constrangedoras.
Ele chegou a ser preso por ter desrespeitado policiais, após ter sido encontrado sem documentos, vagando pelas ruas de Santiago.
Valdivia foi internado em uma clínica especialista em tratamentos psiquiátricos.
A alegação acabou sendo crises de pânico.
Depois, a imprensa chilena garantiu que ele começou romance com uma deputada Maite Orsini, que teria ajudado o ex-jogador a não ficar na prisão, por ofensas e supostas agressões aos policiais.
Seu depoimento, negando tráfico de influência política.
Reiterou publicamente que Orsini usou sua força como política para evitar que fosse para a cadeia.
Ídolo também no Chile, por fazer parte do que ficou conhecida como Geração Dourada, bicampeã da Copa América, não teve problemas para encontrar emprego como comentarista da CNN, na televisão, e na rádio ADN.
O escândalo chegou até o Palmeiras.
Mas a direção do clube agiu rápido.
De acordo com conselheiros, o executivo de futebol, Anderson Barros, seguiu ordem da direção.
E avisou aos jogadores para não opinarem, não se envolverem com o que aconteceu com Valdivia.
Até porque nenhum deles chegou a atuar com o jogador, que fez sucesso nas duas passagens que teve pelo clube.
Até sua saída, em 2015.
O dia também marcou a morte do ex-zagueiro Tonhão, que marcou época no técnico time da Parmalat.
Ele era visto como ‘um torcedor em campo’.
Graças à sua força física e pouca técnica, compensava em disposição, entrega.
Foi bicampeão brasileiro e paulista.
Ele morreu hoje pela manhã, aos 55 anos.
A causa da morte não foi divulgada.
Sobre ele, o Palmeiras publicou uma nota oficial.
Lamentando o fim da vida do ex-zagueiro.
Sobre Valdivia, nenhuma linha.
Ele venceu um Paulista, duas Copas do Brasil.
E o Brasileiro da Série B.
Direção, Comissão Técnica e jogadores não falarão uma palavra.
Para não desviar o foco da luta pelo tricampeonato brasileiro...
Veja também: Estêvão marca após assistência perfeita de Felipe Anderson contra o Juventude
Confira como foi o primeiro gol do Palmeiras na vitória por 5 a 3 sobre o Juventude no Alfredo Jaconi, em duelo válido pelo Brasileirão de 2024.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.