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Cosme Rímoli - Blogs

Erro de Artur Jorge mata o sonho do Botafogo em ser campeão mundial. Pachuca, 3 a 0. E o técnico português pode ir embora

A aposta desta vez foi muito alta. O treinador português deixou Alex Telles, Marlon Freitas, Savarino e Almada no banco. Queria poupá-los para a semifinal diante do Al Ahly. Ela não acontecerá. O Pachuca se aproveitou do time desentrosado, enfraquecido. E goleou

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Pachuca não teve a menor dificuldade em vencer o time misto do Botafogo. Adeus, Mundial Concacaf

Três países, dois continentes, seis horas de fuso horário.

Tudo isso em 11 dias.

O Botafogo venceu a Libertadores e o Brasileiro.

Mas hoje sucumbiu diante na Copa Intercontinental, que é chamada, por aqui, de Mundial.


Artur Jorge tinha de dar resposta a um dilema.

Ou arriscar seu melhor time e deixar os jogadores ainda mais desgastados, diante de uma eventual semifinal contra o Al Ahly, no sábado.


Ou tentar vencer o Pachuca, que vinha de péssima temporada, com equipe mista e desentrosada.

Com quatro titulares fundamentais poupados.


Foi o que fez, em Doha, no Catar.

E o Botafogo pagou caríssimo pelo erro do treinador.

Sem a compactação, contragolpes em bloco, triangulações pelas laterais, movimentação constante do meio-campo para a frente.

Infelizmente para o clube carioca, não ter Marlon Freitas, Almada e Savarino tirou grande parte dos neurônios da articulação.

E sem Alex Telles não havia força ofensiva e nem segurança defensiva.

A contusão de Vitinho fez com que Artur Jorge escolhesse Mateo Ponte, que foi mal demais.

Tchê Tchê já atuou várias vezes na posição, mas acabou desprezado.

Outro erro gravíssimo.

O Botafogo um arremedo do time campeão da Libertadores e do Brasileiro.

O Pachuca, que teve um mês para se preparar ao Mundial, com a eliminação precoce do Campeonato Mexicano, não desperdiçou a enorme vantagem.

O técnico uruguaio Guilhermo Almada tratou de compensar ter menos talento com força física.

Fez seu time marcar sob pressão o brasileiro, desde o início do jogo.

Gregore, Allan, Eduardo e Matheus Martins não conseguiram armar.

O meio-campo inexistia.

O que obrigava os brasileiros a darem chutões buscando Luiz Henrique e Igor Jesus.

Os dois corriam ‘errado’, se desgastando ainda mais.

Os mexicanos saíram do primeiro tempo confiantes.

Sabiam ter um adversário espaçado, sem encaixe.

E foi exatamente isso que exploraram.

O segundo tempo foi um massacre do Pachuca.

Logo aos quatro minutos, Idrissi se aproveitou do campo aberto que teve pela frente.

Com a bola dominada tocou para Bryan Gonzáles.

Recebeu de volta na entrada da área, com dribles curtos deixou deitados Adryelson e Barboza.

E estufou as redes de John.

1 a 0.

O gol mexeu com os nervos dos brasileiros.

Artur Jorge tentou corrigir seu pecado capital.

Colocou Almada, Marlon Freitas e Júnior Santos, aos 10 minutos.

Quando o Botafogo melhorava, houve dois erros individuais fatais.

O primeiro foi de Almada, que errou passe na entrada da área.

Pedraza dominou e serviu para Deossa chutar da esquerda.

Com pouco ângulo, John foi com a ‘mão mole’ para a bola, que entrou.

2 a 0, aos 20 minutos.

Quando os brasileiros acordaram viram que o Mundial estava sendo perdido.

O Botafogo passou ao tudo ou nada, aberto, escancarado, buscando a pressão.

E pagou caro.

Em um contragolpe básico, Deossa tocou para Idrissi, que encontrou Rondón livre.

O chute forte do trombador venezuelano foi para as redes.

3 a 0, aos 33 minutos.

Jogo acabado.

Botafogo eliminado.

“Eu não vou procurar arranjar desculpa nenhuma por aquilo que nós hoje não conseguimos fazer. O Pachuca foi melhor, foi mais eficaz, fez uma segunda parte mais capaz. Nada a dizer sobre aquilo que é o contexto, temos que nos agarrar ao resultado. Não foi o que queríamos, nada apaga o que fizemos na temporada”, disse Artur Jorge, tendo a dignidade de não colocar a culpa no cansaço. Sabe que errou.

E não quis garantir que continuará no Botafogo em 2025.

Ele exige um grande aumento, que ainda não foi aceito pelo dono do futebol do clube, John Textor, porque o português tem contrato até o final do próximo ano.

“Vamos primeiro tentar digerir tudo isso. Volto a dizer, fizemos uma temporada extraordinária, conquistamos títulos importantes, Campeonato Brasileiro, Libertadores. Portanto, nesta altura, é importante segurar um pouco as emoções para depois, racionalmente, tomar as melhores decisões.”

A decepção foi enorme no Catar.

E há mesmo muita incerteza em relação ao futuro de Artur Jorge.

Segundo seu estafe há propostas do Exterior.

E do Brasil...







Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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