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Cosme Rímoli - Blogs

Entre as eternas vaias ao apático São Paulo, Gabigol se transforma no novo reserva do Cruzeiro. O ídolo do Flamengo perdeu o sorriso em Minas

No monótono empate em 1 a 1, a torcida do São Paulo mostrou outra vez impaciência com o time. Vaias e xingamentos a Zubeldía, que nem estava no banco, suspenso. Neste cenário conhecido, uma imagem chamou a atenção: Gabigol no banco. Sem entrar no jogo

Cosme Rímoli|Do R7

Gabigol na reserva. Sem entrar um minuto sequer contra o São Paulo. Leonardo Jardim transferiu a culpa pelo péssimo início de 2025 para o atacante Lucas Bubols/Cruzeiro

Entre luvas e salários, ele só perde para Memphis Depay.

O corintiano recebe R$ 5 milhões a cada 30 dias.

Gabigol, R$ 3 milhões.

O jogador de 28 anos está mais rico.


Mas infeliz.

Logo no seu primeiro ano, de vínculo de quatro, ele já vive dificuldades.


Leonardo Jardim considera que o jogador não se movimenta.

Não abre espaço para os companheiros.


Não tem participação quando o Cruzeiro está sem a bola.

Esses foram os motivos para decidir deixá-lo no banco, contra o São Paulo, ontem, no Morumbi.

Para surpresa geral da imprensa mineira, ele não entrou um minuto sequer, no empate em 1 a 1, gols de Ferreira e Kaio Jorge.

Viajou de Belo Horizonte para São Paulo para ver uma partida ruim, com dois times instáveis.

E que só poderiam empatar.

No cenário, cada vez mais comum, dos torcedores tricolores vaiando a equipe, após mais um tropeço, e xingando muito Luiz Zubeldía, que sequer estava no estádio, suspenso, a falta de alegria de Gabigol era evidente.

Contratado a peso de ouro, cuja apresentação teve festa inesquecível no Mineirão, o atacante acreditou que estava trocando o Flamengo, onde, apesar da briga com a diretoria, era ídolo, para se tornar motivo um jogador indiscutível.

E ainda voltar à Seleção Brasileira.

Errou feio.

Gabigol se tornou um jogador de poucos sorrisos no Cruzeiro. Se mostra desconfortável Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Mesmo sendo o artilheiro do Cruzeiro, com sete gols nesta temporada, não conseguiu seduzir nem a torcida e muito menos os jornalistas mineiros.

O dono do Cruzeiro, Pedro Lourenço, gastou mais de R$ 250 milhões para montar o time que Leonardo Jardim tem nas mãos.

Mas o resultado tem sido pífio.

O time não chegou sequer à final do Mineiro.

Fernando Diniz já foi mandado embora.

Jardim assumiu tentando dar consistência a um elenco desequilibrado.

Com muitos meio-campistas e atacantes.

Está difícil.

Depois do desastre em Porto Alegre, com o seu time perdendo por 3 a 0 para o Internacional, decidiu mexer em Gabigol.

O tirou do time, sem piedade, contra o São Paulo.

Vivido, o jogador não quis criar problemas e tratou de ir calado para o banco.

Com a companhia de Dudu, entre outros.

“Sou muito fã do Gabriel. Ele é um finalizador nato. Um jogador que gosto, já gostava quando ele estava no Flamengo. Mas o Gabriel também, às vezes, num jogo de característica, não pode nos ajudar muito. Aconteceu isso no Inter, num jogo mais de transição, de atacar a primeira bola. Com certeza, não é nesse modelo”, justificou Leonardo Jardim.

A diretoria não interferiu.

Gabigol saiu sem falar com a imprensa.

Perdeu um grande palco, jogo importante, entre dois clubes gigantes.

Ficou no holofote.

Não há portal que não destaque o fato de não poder jogar um minuto sequer ontem.

O atacante, sempre muito ativo nas redes sociais, está sem postar há duas semanas.

Está diferente, sem a confiança, a alegria que mostrava no Rio de Janeiro.

A torcida cruzeirense está longe de mostrar a mesma idolatria que a flamenguista.

Gabigol deixou de ser jogador citado como possível convocado para a Seleção Cruzeiro

Ele sofre o reflexo de jogadores que ainda não conseguiram montar um time forte.

Leonardo Jardim já deixou explícito no Morumbi.

Pelo treinador português, em jogo que precisar de movimentação, Gabigol será reserva.

O técnico mostra muita firmeza ao lidar com estrelas.

“Estou me adaptando ao Brasil. É pressão todo dia. O futebol brasileiro vive dessa emoção à flor da pele, logo na quarta rodada. Eles sabem disso. Mas os jogadores tiveram atitude dentro do campo, e é o que acho que os profissionais devem fazer.

“Não se joga falando.

“Trabalhei com um jogador do Botafogo em Dubai, que falava que até papagaio fala.

“Jogar que é importante”, disse na sua coletiva, no Morumbi.

O recado a Gabigol está dado...

Veja também: Leonardo Jardim: ‘Sou muito fã do Gabriel’

O técnico do Cruzeiro explicou o motivo de o atacante não ter jogado contra o São Paulo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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