Enquanto o CT de Cotia é atacado por vândalos, Pato virará perfume
São Paulo: oito anos de fracassos, de jejum, sem títulos. Torcida revoltada. Clube atacado. R$ 300 milhões em dívidas. E Jequiti quer 'perfume Pato'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
São Paulo eliminado do Paulista.
Pelo improvisado Mirassol, que havia dispensado 18 jogadores, por conta da pandemia. Oito deles titulares.
Oito anos de jejum do clube.
Torcida revoltada.
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Membros das organizadas protestaram em frente ao CT da Barra Funda.
Tiros foram dados.
Um caos, após a queda diante do Mirassol.
Mas teve mais.
No domingo, cerca de 15 vândalos dispararam rojões em direção ao hotel dos jogadores na concentração de Cotia. Vários vidros foram despedaçados. Por sorte, ninguém se feriu.
Clube registrou Boletim de Ocorrência.
Em meio a tudo isso, a notícia que vazou no SBT.
Publicada pelo UOL e checada com o blog.
A empresa Jequiti, que pertence à família Silvio Santos, procurou o São Paulo.
Sua intenção é lançar o perfume Alexandre Pato.
Como o direito de imagem do jogador é do clube, há a necessidade de negociação.
Até mesmo membros da diretoria não acreditaram.
O jogador, que fará 31 anos no próximo mês, nunca esteve tão em baixa no clube.
É xingado constantemente pela torcida.
Massacrado nas redes sociais, pelos são-paulinos.
No Campeonato Paulista acumulou partidas fraquíssimas.
Marcou apenas três gols em 2020.
Em 2019, já tinha feito apenas cinco.
Ele recebe R$ 700 mil mensais.
Seu contrato vai até dezembro de 2022.
Entre luvas, salários e direito de imagem, ele tem direito a receber nada menos do que 8,2 milhões de euros, cerca de R$ 50 milhões.
O inseguro presidente Leco o recontratou, em 2019, acreditando que empresas fariam fila para pagar seus salários e ter o atleta em publicidades.
Ninguém se interessou.
Só a Jequiti, que pertence à família de Silvio Santos.
Por coincidência, Pato é casado com uma filha do apresentador.
Mas os dirigentes não só aceitam.
Como festejam a chance de ganhar algum dinheiro com Pato.
E logo.
Porque já tentaram negociá-lo com o Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes, no início do ano. E o atacante se negou a ir.
Nesta janela, uma das missões dos empresários que negociam atletas do São Paulo com o exterior é oferecer Pato.
O São Paulo deve mais de R$ 300 milhões.
Tentar se livrar dos R$ 50 milhões prometidos ao atacante é prioridade no clube.
Mas se antes chegar alguma quantia com o perfume do jogador, será bem-vinda.
Há só duas dúvidas.
Qual o nome que a fragância merece?
E quem vai comprar?
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