Empate heroico e injusto. Aos 44 minutos do segundo tempo, o Corinthians renasce. 2 a 2 com o Fluminense
Depois de sofrer dois gols, com falhas de Fagner, e sufoco em toda segunda etapa, o time de Vítor Pereira se superou. Conseguiu empate importantíssimo na semifinal da Copa do Brasil, em pleno Maracanã
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Fagner já foi responsável por inúmeras vitórias do Corinthians.
Mas hoje, o lateral se mostrou o ponto fraco em uma partida importantíssima.
Semifinal da Copa do Brasil, no Maracanã.
Imperdoáveis as falhas do jogador no início do primeiro e do segundo tempo.
Inacreditável a solada que deu, aos 25 segundos, em Arias. Pênalti mais do que infantil para um lateral de 33 anos.
Ganso não perdoou e deslocou Cássio, na cobrança.
1 a 0, Fluminense.
O Corinthians conseguiu recuperar os nervos e a estratégia. E conseguiu empatar em um gol sensacional. Graças à arrancada impressionante de Yuri Alberto, se aproveitando de passe errado de Nonato. O atacante deu um passe milimétrico, de mesa de bilhar, para Renato Augusto, atrás de Manoel. O meia chutou cruzado e empatou, aos 22 minutos.
O jogo seguiu sensacional. Com o Fluminense fazendo o que os torcedores batizaram de 'toqueira', ou seja, troca de passes em progressão ao gol adversário. Com 66% de posse de bola.
Como Fernando Diniz adora.
Enquanto isso, o Corintians respondia de forma objetiva, buscando contragolpes em velocidade e em bloco.
Como Vítor Pereira adora.
Ganso fazia uma partida excelente pelo Fluminense. Renato Augusto, se impunha no Corinthians.
O primeiro tempo terminou de maneira completamente imprevisível.
E, logo no início da segunda etapa, de novo Fagner sabotou o time paulista.
Samuel Xavier lançou a bola nas costas do lateral que, de forma incrível, deu todo o espaço para Cris Silva. O jogador do Fluminense caprichou no cruzamento. Desesperado, Gil rebateu mal, ao meio da área. Arias bateu de primeira, estufando as redes de Cássio.
Fluminense 2 a 1, a um minuto do segundo tempo.
A partir daí, o time carioca ganhou confiança, vibração e espaço. Porque o Corinthians sentiu muito o golpe. Com a ensandecida torcida tricolor, o Fluminense pressionou, criou chances para ampliar. Mas sobrou ansiedade nas finalizações.
O time de Vítor Pereira estava até 'no lucro', perdendo apenas por 2 a 1.
Mas o futebol é apaixonante por sua injustiças e reviravoltas.
Aos 44 minutos, Michel Araújo sai jogando como Fernando Diniz detesta, com chutão, em vez de trocar passes. Ele pegou mal na bola. Ela caiu na intermediária do Fluminense para Fausto Vera.
E quem ele procura?
Fagner. O mesmo jogador que havia falhado nos dois gols do Fluminense.
O lateral dá ótimo passe para Roger Guedes, na área carioca. Ele 'esconde' a bola da zaga e chuta cruzador, fraco. Fábio falhou. 2 a 2.
Gol inesperado, injusto.
O Corinthians conseguiu excepcional resultado, diante das circunstâncias.
No dia 15 de setembro, basta uma vitória simples do time de Vítor Pereira.
A igualdade foi péssima para a empolgante equipe de Fernando Diniz.
Além de tudo, a pequena torcida corintiana que estava no Maracanã se esbaldou.
Com o cruel coro para os calados torcedores tricolores.
"Aha, uhu, o Maraca é nosso..."
A perspectiva era completamente diferente dos dois times.
O Fluminense está jogando excelente futebol no Brasileiro. O Corinthians vinha da eliminação da Libertadores e derrotas para o Palmeiras e Fortaleza.
Enquanto Fernando Diniz encantava a diretoria e torcida, Vítor Pereira era questionado, pressionado.
E o jogo colocou duas equipes que traduziam as filosofias diferentes dos seus técnicos. O que fez a partida muito interessante, intensa.
O Fluminense apostando no corajoso 4-3-3 diante do fechadíssimo Corinthians 5-4-1.
O pênalti de Fagner aos 25 segundos foi o cartão de visitas do vibrante time carioca.
Já o primeiro empate do Corinthians, aos 20 minutos, mostrou o espírito de superação. E de aproveitamento incrível.
No segundo tempo, Fagner também foi o grande colaborador no gol de Arias.
E o jeito sofrido com que o Corinthians viveu todo o segundo tempo é muito característico do time de Vítor Pereira.
Assim como a heroica e incrível recuperação, com o gol de Róger Guedes, aos 44 minutos do segundo tempo.
O jogo foi sensacional.
E, apesar de a partida decisiva ser disputada em Itaquera, é imprevisível garantir quem será o
finalista da Copa do Brasil.
Imprevisível...
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