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Cosme Rímoli - Blogs

Eliminação do River Plate da Libertadores foi o fim da esperança. Palmeiras não consegue se livrar de Borja

Parece sina. A classificação do River para as quartas era a última esperança da direção palmeirense de recuperar parte do dinheiro gasto na contratação mais cara da história do clube. Mas eliminação matou o sonho

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Borja segue sendo jogador do Palmeiras. Para desilusão da diretoria
Borja segue sendo jogador do Palmeiras. Para desilusão da diretoria

São Paulo, Brasil

Parece sina, destino.

Mas Borja parece ter mesmo nascido para decepcionar o Palmeiras.

Apesar das restrições econômicas do governo argentino, tentando evitar transações que levem dólares do país, a direção do clube mantinha a esperança de que o River Plate contratasse o colombiano para as quartas de final da Libertadores.


A aposta era que Marcelo Gallardo convencesse o presidente do clube argentino, Jorge Brito, da necessidade de investir na contratação de um artilheiro. O uruguaio Luis Suárez recebia R$ 4 milhões por mês no Atletico de Madrid. Cerca de 740 mil dólares. Algo impensável para o River Plate.

Já Borja, outro atacante que agradava a Gallardo, 125 mil dólares no Junior Barranquilla. Ou seja, R$ 670 mil. Negociação aceitável.


A diretoria do clube de Buenos Aires estava disposta a negociar com o governo argentino. Tentar não pagar taxas que dobrariam o valor da negociação com o Palmeiras e com o Junior Barranquilla.

Desde que passasse pelo Vélez, nas oitavas da Libertadores.


Mas o favoritismo do River Plate não serviu para nada. O clube, depois de perder o primeiro jogo por 1 a 0, apenas empatou ontem por 0 a 0. E a "Operação Borja" foi cancelada de vez.

Tudo estava acertado.

A transação seria fechada por 6,5 milhões de dólares. Metade para o Palmeiras e metade para o Junior Barranquilla. Cada clube tem 50% dos direitos do atacante. 

Seriam R$ 17 milhões que chegariam ao Palestra Itália.

A direção do Junior Barranquilla também contava com a venda do atacante. Frustração na Colômbia
A direção do Junior Barranquilla também contava com a venda do atacante. Frustração na Colômbia

Compensação para amortizar a contratação mais cara da história. Borja custou R$ 70 milhões. Dinheiro emprestado pela Crefisa, que o clube teve de pagar.

O Palmeiras tinha recuperado R$ 25 milhões desse dinheiro, no decepcionante atacante. R$ 5 milhões pelo empréstimo ao Grêmio. Mais R$ 20 milhões da venda de 50% dos direitos do jogador ao Junior Barranquilla.

Borja tem contrato até o fim de 2023 com o Palmeiras.

Ele estava com as malas prontas para viajar para a Argentina.

Tinha acertado contrato com o River Plate.

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Estava muito feliz.

Só que a eliminação do River ontem sepultou de vez a esperança de negociação.

O jogador seguirá treinando e jogando no Junior Barranquila.

Mas com empresários ligados ao Palmeiras buscando clubes que o queiram.

Borja tem 29 anos.

O fracasso da transação com o River provocou enorme desilusão na direção palmeirense.

Os dirigentes o encaram como o maior erro do atual grupo político que domina o clube.

Contratado por "pura precipitação", pelo desempenho na semifinal da Libertadores de 2016.

Contra o rival São Paulo.

Ainda jogava no Atlético Nacional, da Colômbia.

Borja. Quatro gols contra o São Paulo, na semifinal da Libertadores. Pelo Atlético Nacional
Borja. Quatro gols contra o São Paulo, na semifinal da Libertadores. Pelo Atlético Nacional

Toda a alegria, orgulho de fevereiro de 2017, com a compra se transformou em decepção nestes cinco anos e cinco meses.

Parece sina, destino de Borja.

Desiludir a direção e a torcida do Palmeiras.

Até mesmo na hora de ser vendido...

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