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Ego de Vinicius Júnior e burocracia de Dorival Júnior complicam o Brasil. Seleção dominada pela Colômbia. E pega o Uruguai no mata-mata

Sem criatividade e encolhida na maior parte do jogo diante da Colômbia. 1 a 1 injusto para os rivais. Vinicius Júnior, para não ‘tomar um chapéu’ de James Rodríguez, preferiu fazer a falta, tomar amarelo e estar suspenso. Não enfrenta o Uruguai nas quartas

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Vinicius Júnior jogou muito mal e trocou um 'chapéu' por falta em James Rodríguez, que rendeu a ele um amarelo e suspensão. O cartão o impede de jogar contra o Uruguai pelas quartas Rafael Ribeiro/Divulgação CBF – 03.07.2024

Um reserva do São Paulo, James Rodríguez.

Um reserva do Palmeiras, Richard Ríos.

Um titular do lanterna do Brasileiro, Arias, do Fluminense.

Esse trio dominou as intermediárias e foi responsável pela estrutura tática da Colômbia, que foi muito superior ao Brasil.

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O empate em 1 a 1 em Santa Clara, nos Estados Unidos, foi absolutamente injusto aos rivais.

A burocrática Seleção de Dorival Júnior escapou de uma derrota por falta de capricho nas definições do time do argentino Nestor Lorenzo.

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A Colômbia terminou em primeiro lugar no grupo D.

Ganhou o privilégio de enfrentar o Panamá, segundo do grupo C, pelas quartas.

Ao Brasil coube o primeiro do C, o Uruguai.

Partida eliminatória no sábado, sem Vinicius Júnior, que trocou ‘tomar um chapéu’ de James Rodríguez por uma falta sem bola, que custou o cartão amarelo e a suspensão infantil.

Em vez de admitir que João Gomes, Bruno Guimarães e Paquetá foram ‘engolidos’ pelo ritmo dos meio-campistas colombianos, Dorival escolheu o caminho fácil. Desviou o foco para o árbitro Jesús Valenzuela.

“Tínhamos 1 a 0 ao nosso favor, quando uma jogada que poderia nos dar o segundo gol nos tira a possibilidade de administrar de outra forma o resultado. Temos de pesar várias coisas, temos de melhorar, estamos trabalhando, em muitos aspectos as coisas evoluíram. De repente, num momento ou outro, teremos uma dificuldade maior em razão deste processo natural, que ninguém escapa”, afirmou.

“Naquele momento [do pênalti não marcado] seria 2 a 0, com a equipe que temos, independentemente das coisas não estarem saindo como gostaríamos, seria diferente. Logo em seguida, levamos o gol de empate. Para mim, foi decisivo. No estádio, só ele [árbitro] e a equipe do VAR não viram a penalidade. Brasil foi prejudicado, temos de ser realistas, o fato aconteceu, não foi criação. Com um resultado ampliado, as movimentações da partida seriam outras, e a Colômbia teria de se expor mais”, resumiu.

Houve, sim, o pênalti de Muñoz em Vinicius Júnior.

Mas a Colômbia, principalmente no segundo tempo, encurralou o Brasil.

Dorival Júnior não teve como fugir da realidade por muito tempo.

Diante das insistentes perguntas sobre o fraco futebol da Seleção, ele protegeu seus jogadores.

E também suas decisões sem coragem, de não buscar soluções ofensivas, e sim fechar o meio-campo, temendo a derrota.

“É um processo, ninguém queima etapas, não sai da figura A para a F sem passar pela B. Vai ter partidas como a da Costa Rica, bons momentos como contra Paraguai, não tão bons contra Colômbia. Espero que a equipe continue crescendo nestes comportamentos fundamentais, assim como oscilaremos em outros mais. Se tira com treinos e jogos. Vai nos mostrando erros, acertos, defeitos. É natural na formação de qualquer grupo. Tivemos ótimos dias de preparação, porém não o suficiente para termos um time que cumpra com todos os detalhes e que não sofra em momento nenhum, a evolução será clara com o passar dos jogos e dos trabalhos”, disse.

Marquinhos foi mais claro, direto. Assumiu o fraco futebol da Seleção.

‘’Faltou mais controle de jogo da nossa parte, a gente não estava conseguindo ficar muito com a bola. Em alguns momentos a gente até ficava, mas progredia muito pouco no campo do adversário. A gente trabalhou muito a bola no nosso campo e teve dificuldade nas linhas. Foi isso que faltou, ser honesto conosco mesmo. Enfrentamos a seleção da Colômbia, que vive um momento muito bom de jogos sem perder”, reconheceu.

“Penso que a gente tem muito a crescer e estamos tentando acelerar esse processo cada vez mais. É ser honesto conosco. Temos muito o que crescer e melhorar, principalmente nesses grandes jogos que precisamos fazer muito mais, controlar mais o jogo e saber usar a nossa força, ter a bola, trabalhar de um lado para o outro, utilizar os espaços quando a gente pode. Por muitas vezes acabamos acelerando o jogo em uma hora que não precisava e perdemos o controle do jogo”, detalhou.

Vinicius Júnior fez questão de não dar entrevistas após a frustrante partida.

Dorival não quis adiantar quem jogará no lugar do suspenso midiático atacante do Real Madrid.

Tudo indica que ele não colocará Endrick no time, passando Raphinha para a esquerda, deixando Savinho na direita.

E Rodrygo articulando o ataque.

A tendência é que opte pela entrada de Andreas Pereira, fechando o meio-campo.

Com Raphinha e Savinho se alternando pelas pontas.

Com Rodrygo mais atrás, articulando os ataques.

Na primeira competição oficial de Dorival Júnior como treinador da Seleção, o desempenho está decepcionante.

E reacende o velho dilema.

O questionamento se o Brasil está preparado para jogar sem Neymar...



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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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