Cosme Rímoli Dorival foi o maior beneficiado na goleada sobre o fraco Tolima. Falou sobre comandar a Seleção, mesmo sem estar nos planos da CBF

Dorival foi o maior beneficiado na goleada sobre o fraco Tolima. Falou sobre comandar a Seleção, mesmo sem estar nos planos da CBF

Empolgação da imprensa depois da goleada do São Paulo sobre o Tolima por 5 a 0, no Morumbi. E que jogou por mais de uma hora com um atleta a menos. Feliz com a pergunta, o técnico confirmou o óbvio. Não foi procurado

  • Cosme Rímoli | Do R7

Dorival Junior satisfeito por responder sobre seleção brasileira. Mesmo sem ter sido sondado

Dorival Junior satisfeito por responder sobre seleção brasileira. Mesmo sem ter sido sondado

Reprodução/Twitter

São Paulo, Brasil

O plano B já foi Cuca.

Até sua condenação por estupro voltar à tona.

Depois, defensores veementes insistiam em Fernando Diniz.

Mas a falta de títulos e a instabilidade dos seus times sepultaram a "modernista" ideia.

Abel Ferreira, o melhor deles, perdeu defensores, preocupados com seu gênio intempestivo, suas expulsões. Além do futebol pragmático, de resultados, objetivo. Mas "feio" para o país pentacampeão do mundo. E a certeza de insurreição diante das "obrigações" da CBF, como amistosos que têm como única explicação o dinheiro, contra adversários fraquíssimos. E todas as concessões a Neymar.

Dorival Junior, o mais nacionalista de todos, tem pouquíssimo apoio de presidentes de federações, maiores conselheiros do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A grande defesa do técnico do São Paulo está no gênio conciliador. As recentes conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil não têm peso diante da simplicidade tática de Dorival.

Ednaldo insiste no italiano Carlo Ancelotti, por conta do ótimo relacionamento com brasileiros e de sua visão tática moderna. Há quem insista com o presidente da CBF na "loucura" de esperar o contrato do treinador do Real Madrid terminar, em junho de 2024.

Enquanto isso, Ramon Menezes poderia comandar o time nas fáceis Eliminatórias Sul-Americanas e em amistosos contra adversários fracos. O Brasil teria apenas dois anos de preparação para o Mundial dos Estados Unidos, México e Canadá.

Jorge Jesus recebeu uma tentadora oferta da Arábia Saudita.

Diante desse cenário, Dorival Junior tem chances praticamente nulas.

Mas há empolgação da imprensa paulista diante da vitória por 5 a 0, do São Paulo, contra o fraquíssimo Tolima, pela Copa Sul-Americana.

Não importa que a equipe colombiana tenha ficado com um jogador a menos aos 27 minutos do primeiro tempo.

Contra o fraco Tolima, com dez em campo, foi uma farra. 5 a 0. E comemoração exagerada

Contra o fraco Tolima, com dez em campo, foi uma farra. 5 a 0. E comemoração exagerada

KAREN FONTES/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO - 08.06.2023

E que a campanha do São Paulo no Brasileiro é instável.

Os cinco gols contagiaram os repórteres.

E Dorival Junior teve o caminho aberto para ganhar as manchetes de todos os portais, nas chamadas de tevês. Foi questionado se o presidente Julio Casares imporia algum problema para a liberação, caso fosse chamado para a seleção brasileira.

A resposta foi direta: que não teve contato algum para assumir a seleção brasileira.

Mas serviu como uma luva.

A manchete já é ótima, e atrativa, ao reunir as palavras "contato" e "seleção brasileira".

"Com relação a possibilidades, difícil falar algo. Estaria sendo leviano. Apenas fiquei feliz de ter o nome sido lembrado em momento de definição de um profissional que deva estar à frente da seleção.

"Falar sobre hipótese e possibilidade é difícil. Não aventei nada com a diretoria porque não tive procura, assim como não tive quando estava no Flamengo.

"Nunca aconteceu isso.

"Nunca tive contato com a diretoria da CBF. Fico apenas lisonjeado de ter o nome lembrado, por isso não abrimos nada com o presidente, porque não existe nada. Tudo é fictício e uma possibilidade."

O São Paulo vinha de duas derrotas seguidas. Calleri se aproveitou da fragilidade colombiana

O São Paulo vinha de duas derrotas seguidas. Calleri se aproveitou da fragilidade colombiana

NELSON ALMEIDA / AFP - 08.06.2023

A culpa não é de Dorival.

Nem dos jornalistas.

Mas da incrível espera de sete meses para a definição de um treinador.

A seleção segue sem técnico.

Daí a liberdade poética para questionar qualquer técnico no país.

Mesmo com quem não tem chance de assumir.

O que vale é a manchete do dia...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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