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Cosme Rímoli - Blogs

Dorival espanta até a direção do Corinthians. Ao contrário de Ramón Díaz. Quer a Sul-Americana ‘a qualquer custo’. Contra o América é final

Ex-treinador da Seleção decidiu tratar o jogo, nesta terça, com a seriedade de uma final de campeonato. Os jogadores se deixaram empolgar, depois das duas primeiras partidas e duas vitórias. Dorival também quer apagar a péssima imagem que deixou na Seleção

Cosme Rímoli|Do R7

Dorival entusiasmado com o Corinthians. E com muito mais ambição que Ramón Díaz Rodrigo Coca/Corinthians

O Corinthians venceu o Novorizontino pela Copa do Brasil.

1 a 0, com reservas e jogando em Novo Horizonte.

Derrotou o Internacional, em uma batalha épica, pelo Brasileiro.

3 a 2, em Itaquera.


Aos 63 anos, Dorival Júnior está empolgado como um garoto.

Jamais havia treinado o Corinthians e se mostra encantado com a força popular do time.


Revive o que tanto adorava no Flamengo: a empolgação arrebatadora da torcida, de tudo que envolve um clube absolutamente popular.

E decidiu que, ao contrário de Ramón Díaz, encara a Sul-Americana como fundamental.


Já falou para os dirigentes que não aceita colocar reservas e flertar com a eliminação, para poder focar no Brasileiro e na Copa do Brasil.

Pelo contrário, ele insiste que o Corinthians precisa voltar a ganhar torneios internacionais.

A última conquista foi a Recopa Sul-Americana, em 2013.

Como campeão da Libertadores derrotou o São Paulo, campeão da Sul-Americana.

São 12 anos sem títulos.

Dorival Júnior sabe a péssima colocação na tabela, que herdou de Ramón Díaz.

Foram três partidas, uma vitória, uma derrota e um empate.

Soma só quatro pontos.

O clube está atrás do Huracán, líder, com sete pontos.

O América, de Cali, tem cinco pontos.

A partida desta terça-feira, contra os colombianos, tem a vitória como obrigação, para sobrevivência no torneio.

O treinador trabalhou na segunda-feira, como é raro, na véspera de um jogo.

Ele mostrou vídeos do América.

E do próprio Corinthians.

Mostrando a fragilidade de marcação no meio-campo, que custa caro demais para o sistema defensivo.

Como foi diante do Internacional.

Ele não pode repetir o que fez na sua estreia, contra o Novorizontino, e escalar quatro volantes.

Não colocará seu time para atuar nos contragolpes.

Vai assumir as rédeas do jogo.

Escalará o seu melhor time.

Hugo Souza, Matheuzinho, André Ramalho, Cacá e Angileri; Raniele, José Martínez, André Carrillo e Romero; Memphis Depay e Yuri Alberto.

Serão três volantes: Raniele, Martínez e Carrillo.

Com Romero tendo a obrigação de fechar a intermediária.

E Dorival cobrou até mesmo Memphis, para que colabore sem a bola.

Situação que o holandês não gosta de fazer, mas o treinador foi convincente.

Afinal, não foi ele quem pediu publicamente um técnico ‘ambicioso’?

Ele chegou...

Dorival Júnior incendiou a preparação para o jogo contra o América Reprodução/TV Corinthians

Até mesmo Yuri Alberto, o artilheiro, não poderá ficar parado, esperando bola.

Desde Hugo a todos os jogadores, o Corinthians entrará para uma guerra contra os colombianos.

Dorival deixou claro que Matheuzinho e Angileri serão o desafogo do time, pelas laterais.

Além de treinar bolas aéreas ofensivas e, principalmente, defensivas, outro ponto muito falho, deixado por Ramón Díaz.

Os jogadores ‘compraram’ a empolgação de Dorival.

Sentiram sua ambição, a gana de voltar a ganhar, depois do sofrimento com a improvisação na Seleção Brasileira.

Ele estava muito abatido com a demissão, com a certeza de que jamais trabalhará em uma Copa do Mundo.

Mas o Corinthians está sendo o remédio contra a depressão.

Até a direção está espantada com tanta dedicação e firmeza.

A Sul-Americana era vista com um bônus, no planejamento do clube.

A prioridade absoluta era a Libertadores da América, competição que Ramón Díaz não conseguiu chegar, caindo diante do Barcelona, de Guayaquil.

Dorival quer seu resgate como treinador.

E ele sabe que só virá com títulos.

Daí não querer perder qualquer oportunidade.

O jogo contra o tradicional América de Cali, com sua torcida também fanática, tem todos os ingrediente de uma final.

O treinador uruguaio Jorge da Silva encontrará um Corinthians muito diferente.

O que ‘suou sangue’ para apenas empatar em 1 a 1 na Colômbia.

Aquele time, com vários apagões na partida, previsível, com Ramón Díaz, não existe mais.

Será uma equipe ambiciosa, vibrante, intensa.

Com um treinador ferido, querendo provar o quanto foi injustiçado.

Dorival Silvestre Júnior...






Veja também: André Ramalho projeta duelo contra América de Cali

Defensor do Timão falou sobre a quarta rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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