São Paulo, Brasil
"Jogaremos a partida de ida da semifinal da Libertadores no Allianz Parque, que é a nossa casa. O Palmeiras, de forma coerente, continuará a respeitar as decisões dos órgãos competentes. A presença ou não de público será determinada pelas regras das autoridades."
Maurício Galiotte
O comunicado oficial do Palmeiras, assinado pelo presidente Mauricio Galiotte, não foi divulgado ontem por acaso.
Havia uma pressão de conselheiros importantes para que ele levasse em consideração a possibilidade de levar a partida de ida contra o Atlético Mineiro, pela semifinal da Libertadores, para outra estado, que aceitasse a presença de público.
Como Brasília, por exemplo.
E contar com o apoio de torcedores, como o Flamengo.
Contra o Olimpia, há dois dias, foram 11.211 flamenguistas no Mané Garrincha. O clube arrecadou R$ 2.107.090,00.
O jogo vai acontecer no dia de setembro.
A situação fica ainda mais injusta porque a presença de público em Belo Horizonte, na partida decisiva, dia 28 de setembro, terá público.
Apesar do caos que foi a participação dos torcedores aglomerados, sem máscara, no Mineirão, na partida contra o River Plate, a diretoria atleticana jurou ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que a situação não se repetirá.
Haverá encontros com as organizadas e campanha de esclarecimento, para que a torcida mantenha o distanciamento social e use máscara. Para que possa estar na partida que valerá a ida à final da Libertadores.
Kalil irá analisar, mas há a certeza da liberação.
Provavelmente, 30% da capacidade do estádio.
18 mil atleticanos estarão liberados.
Galiotte não se importa com a desvantagem que o Palmeiras possa ter, sem torcedores. Ele acredita que precisa ser coerente.
Afinal foi o dirigente quem assumiu, em setembro de 2020, não adiar a partida contra o Flamengo, pelo Brasileiro, que estava tinha 27 casos de contaminação por Covid no clube. Ele defendia que o protocolo fosse respeitado. Para evitar a propagação da pandemia. E quem tivesse casos da doença não teria privilégios.
Galiotte não abre mão do piso sintético do Allianz, situação que Abel Ferreira sabe usar como ninguém. Como molhando o piso, como aconteceu contra o São Paulo.
Se depender do governador João Doria, estádios paulistas com público, só a partir de primeiro de novembro. O político, que torce para o Santos, não quer quer voltar atrás nas declarações de segunda-feira.
No futebol e na política, nada é por acaso...