Donos do Vasco, Bahia e Cruzeiro garantem. Esses gigantes não caem mais. E disparam contratações para 2023
Wesley, Nikão, Léo Pelé, Pedro Raul são alguns dos jogadores que o trio que voltou da Segunda Divisão, e têm donos, já contrataram. E prometem buscar muito mais. Cansaram de sofrer
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Doha, Catar
Festa dos empresários no Brasil.
Como prometido, 2023 será o ano das transações dos clubes deste país.
Por conta das sociedades anônimas do futebol, que de anônimas não têm nada.
Graças aos donos, que fizeram questão de propagar que os clubes são seus.
Cruzeiro, Vasco, Bahia ressurgiram não só da Segunda Divisão, mas da triste posição de clubes sem poder financeiro, com potencial apenas para formarem equipes frágeis, sonhando em não serem rebaixadas.
A manhã de ontem foi abalada com as propostas confirmadas do Vasco por Léo Pelé, do São Paulo, e por Lucas Piton, do Corinthians. As diretorias das equipes paulistas consideraram as propostas perto do que pretendiam pedir para clubes europeus. E encaminharam o acerto dos dois atletas.
Léo Pelé, titular do time de Rogério Ceni, acreditava que iria para o Angers, lanterna do Campeonato Francês, virtualmente rebaixado, diante da péssima campanha. Só que o Vasco fez uma proposta melhor. E Léo se empolgou, quando soube que o dono do clube, a investidora 777, decidiu montar um time competitivo. E preferiu ir para o Rio.
As transações devem ser concluídas com o Vasco chegando perto de pagar 3 milhões de dólares pelo zagueiro. São cerca de R$ 15,9 milhões. Dinheiro que os dirigentes paulistas não esperavam alcançar pelo jogador.
O Corinthians recebeu uma inesperada oferta de 2,5 milhões de dólares, cerca de R$ 13,2 milhões. O presidente Duilio Monteiro Alves gostou, vai tentar melhorar um pouco. Mas a transação está mais do que encaminhada.
O mesmo clube do Parque São Jorge viu um dos jogadores indicados pelo ex-treinador Vitor Pereira ir para São Januário. Pela quantia de 2 milhões de dólares, R$ 10,6 milhões, pagos ao Kashiwa Reysol.
Mauricio Barbieri é o treinador e Abel Braga, o diretor técnico. Eles apresentaram uma lista de jogadores desejados para a 777 e empresários ligados a ela tratam de contratá-los.
Patrick de Lucca escolheu o clube carioca, quando poderia ir para qualquer outro, pelo fim de contrato com o Bahia. Tenta Pedro Henrique e Terans, do Athletico Paranaense. A expectativa é que faça pelo menos mais quatro contratações.
O fundo norte-americano comprometeu R$ 700 milhões na compra do Vasco.
Ronaldo, que prometeu investir R$ 400 milhões no Cruzeiro, não quer nem sonhar com volta para a Segunda Divisão. E também foi às compras.
Ele decidiu apostar 3 milhões de dólares, cerca de R$ 15,9 milhões, em Wesley, atacante do Palmeiras. E R$ 1 milhão pelo empréstimo até o fim de 2023 de Nikão, do São Paulo. Jogador que só conseguiu ser titular por 17 vezes nesta temporada. Marcou quatro gols e deu duas assistências. Enorme decepção no Morumbi.
Do time que conseguiu subir da Segunda Divisão, Ronaldo abriu mão — ou negociou — de 19 atletas. Uma revolução. O ex-jogador já acionou agentes e empresários na busca de pelo menos mais sete jogadores. O Cruzeiro ficará muito mais forte do que foi neste ano, prometem os dirigentes.
O grupo City investiu R$ 650 milhões para poder comandar o Bahia.
E não para de contratar. Acabou de anunciar na tarde de ontem o uruguaio volante Nicólas Acevedo. O jogador estava no New York City.
A lista é grande dos que já foram contratados. O mais difícil foi Kanu, zagueiro do Botafogo, que fechou por empréstimo com opção de compra de R$ 10 milhões.
O goleiro Marcos Felipe, do Fluminense, também chega a Salvador emprestado.
O City levou dois outros atletas que já são seus. O meia Diego Rosa e o atacante Kayky. Além de estar muito próximo de fechar com Biel, do Fluminense, que estava emprestado ao Grêmio. A proposta é de R$ 10,5 milhões pelo atacante, de 21 anos.
A filosofia desses três gigantes, dois ex-campeões da Libertadores, todos campeões brasileiros, agora com donos, é uma só.
Montar uma equipe competitiva com o sonho de buscar classificação para a Libertadores em 2024.
E, principalmente, não correr o menor risco de voltar à Segunda Divisão.
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