Diego Souza no São Paulo. Um fracasso

17 de junho de 2018.

Dia da estreia do Brasil na Copa da Rússia, contra a Suíça.

E também do 33º aniversário de Diego Souza.

Ele fará a festa bem longe da Copa do Mundo.

Sua vinda para o São Paulo foi um fracassso.

O jogador de 33 anos forçou sua saída do Sport, onde era o grade ídolo, para desembarcar no Morumbi. 

Raí acreditava ter feito um negócio sensacional.

Fez o inseguro Leco pagar R$ 10 milhões pelo jogador.

Dorival Júnior não o queria.

Ainda mais com a condição que Diego Souza impôs.

Jogaria como atacante, como camisa nove.

Nao importava se ele não tinha velocidade, arranque, mobilidade. 

Diego Souza estava empolgado com as palavras de Tite.

O treinador da Seleção Brasileira afirmava que o via com grande possibilidade de disputar a Copa do Mundo. Mas o enxergava como um 'falso nove', flutuando diante das zagas adversárias.

A opinião do treinador foi tão importante, influenciou tanto o jogador que ele foi firme com Dorival Júnior. Era como atacante mais adiantado que desejava atuar. O ex-treinador do São Paulo o via como meia. Partindo da intermediária com a bola dominada, para aproveitar sua visão de jogo. E surgindo na área adversária como surpresa.

Dorival foi vencido. Até ser demitido, viveu esse impasse.

E Diego Souza jogando cada vez pior.

Jogador pesado, lento, sem agilidade para se livrar de fracas zagas de limitados times do Campeonato Paulista. Em 16 jogos com a camisa do São Paulo, marcou apenas três vezes.

Logo Tite o esqueceu.

O plano de aproveitar a pressão do São Paulo para fazer parte do grupo que vai disputar a Copa do Mundo, deu muito errado. 

E a chegada de Diego Aguirre só o complicou.

O uruguaio o viu jogando na estreia como queria, contra o São Caetano, na primeira partida das quartas do Paulista. E ficou tremendamente decepcionado com a falta de movimentação. Virou reserva. Entrou no lugar de Liziero e fez o gol decisivo, de cabeça, que garantiu o time nas semifinais diante do Corinthians.

Na vitória contra o Corithians, no Morumbi, Diego Souza não entrou sequer um minuto. Na partida decisiva, ontem, ficou na reserva. E entrou no segundo tempo, no lugar de Tréllez. Entrou, foi outra vez mal. 

Mas o pior viria na decisão por pênaltis.

Se intimidou diante de Cássio.

Cobrou muito mal e desperdiçou sua cobrança.

O goleiro corintiano se impôs novamente.

Na Libertadores de 2012 havia sido assim, contra o meia.

Não em um pênalti.

Mas no lance mais importante da competição.

O jogador que atuava no Vasco estava sozinho, livre, com a boa dominada. Eram 18 minutos do segundo tempo, pelas quartas da Libertadores. Ele entrou cara a cara e chutou no canto esquerdo. O goleiro espalmou a bola. Os corintianos venceram por 1 a 0. Tite, que era o treinador, confessou que este lance deu confiança ao elenco na conquista do inédito título.

Diego Souza já percebeu que perdeu espaço no Morumbi.

Ele é um jogador muito suscetível, irritadiço.

Era tratado como um semideus em Recife.

Em 2016, forçou sua saída do Sport para jogar no Fluminense.

Assinou contrato por três anos.

Mas acabou entrato em conflito com Fred, que era o jogador mais importante do clube carioca.

Decidiu ir embora, voltar para o Sport.

Exatamente três meses depois.

Se Diego Souza decidir sair do São Paulo não será surpresa.

E muito menos deixará saudade.

Conselheiros importantes ligados a Leco consideram um erro mantê-lo.

A desilusão é mútua.

O jogador esperava um elenco muito mais forte no Morumbi...