São Paulo, Brasil
"Como sou eu as pessoas sempre vão questionar, falar que me joguei.
"Elas me comparam muito com o Neymar, mas não tem como, é o melhor jogador do mundo.
"Um dia eu chego lá, se Deus quiser, com os pés no chão.
"Mas foi (pênalti) sim, ele tocou no meu pé.
"Eu senti, meu papel é cair e esperar ele ver as câmeras.
"Ele (o árbitro Wilton Pereira Sampaio) achou que foi pênalti.
" E fico feliz por isso."
Essas declarações só poderiam sair da boca de Deyverson.
O atacante limitado tecnicamente, esforçado, intempestivo é mesmo comparável a Neymar.
Apenas nas simulações toscas.
Ele é um atacante sem grandes recursos e muito questionado internamente no Palmeiras. Há uma grande pressão para que ele não continue em 2020 por parte da diretoria e conselheiros.
O time fará uma reformulação no elenco e Deyverson, sem a proteção do demitido Felipão, é tratado como dispensável.
Agentes que negociam com a China, Arábia e Japão sabem que o Palmeiras não criará grandes obstáculos para negociar o atacante.
O desengonçado jogador foi decisivo hoje em Florianópolis, na vitória por 2 a 1. Marcou o primeiro gol, de cabeça, após cobrança de escanteio de Lucas Lima.
E sofreu o polêmico pênalti, aos 40 minutos do segundo tempo.
O zagueiro Ricardo foi precipitado.
O atacante estava de costas para o gol.
A bola estava parada em uma poça d'água, no gramado encharcado da Ressacada, com seu péssimo sistema de drenagem. Uma pancada de chuva fez com que a água ficasse acima da grama, na maior parte do campo.
E havia uma poça entre o pé direito de Deyverson e o pé esquerdo de Ricardo, que tentou dar um chute forte para fora.
Ele errou a bola e acertou o pé do atacante palmeirense.
Mas se jogou no chão, rolou como o futebol mundial não via desde a Copa de 2018.
O Palmeiras outra vez jogou mal, lenta, sem imaginação, intensidade. Futebol previsível monótono.
Mas ganhou e segue vice-líder do Brasileiro.
A dez pontos do Flamengo, faltando dez rodadas.
O mínima esperança de título segue viva.
Graças ao dispensável Deyverson.
Que é comparado a Neymar pelas simulações.
E nunca pelo futebol...