Devassa no São Paulo. Excesso de contusões. Demissões podem ocorrer
O presidente Julio Casares e o técnico Hernán Crespo estão revoltados com as inúmeras contusões. Querem saber de vez onde está a falha. E prometem terminar com ela
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Daniel Alves, Miranda, Bruno Alves, Leo Pelé,
Luan, William, Gabriel Sara, Rodrigo Nestor,
Benitez, Rigoni, Luciano e Eder.
Doze jogadores do São Paulo contundidos desde o final do Campeonato Paulista.
14º no Brasileiro, com apenas 11 pontos em 33 disputados. 22 pontos desperdiçados. O título, que era um sonho, já começa a ficar distante.
Empate em casa, nas oitavas-de-final da Libertadores, contra o Racing.
Com Eder, um dos principais jogadores, deixando o campo com lesão na coxa direita, no empate de ontem. Mesma perna e região muscular que o haviam deixado fora de jogos, contundido. Em maio.
"A situação é crítica em 360 graus, ninguém falou o contrário, que era fácil. É muito difícil, mas muito. Mas acreditamos no trabalho, na gente, e vamos pensar o próximo jogo para tentar sair da situação difícil e conquistar a vaga nas quartas sem pensar em aspectos negativos", disse, ontem, preocupadíssimo, o técnico Hernán Crespo.
O presidente Julio Casares sabe bem o quanto vale a classificação do São Paulo para as fases agudas da Libertadores e uma boa campanha no Brasileiro.
E está farto de tantas contusões.
O dirigente e Crespo querem chegar à conclusão o que está errado.
O Campeonato Paulista terminou no dia 23 de maio.
Por mais que o São Paulo tenha feito partidas seguidas, encavaladas, o elenco já deveria ter se recuperado.
Casares e Crespo irão se reunir com o departamento médico, com o departamento físico, de fisiologia, fisioterapia. Querem entender onde está a falha.
Até mesmo o orgulho do clube, o Reffis, o núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica, que foi modelo para diversos clubes. Ele foi criado em 2003 para recuperar o mais rápido possível e com toda a segurança, atletas contundidos.
Era comum o São Paulo aceitar jogadores de outras equipes para, com um ato de boa vizinhança, tratar seus contundidos. E até ex-ídolos do clube frequentavam o Reffis.
O clima é pesado, de cobrança.
O treinador argentino não aceita mais ficar sem peças importantes, lesionadas.
Até mesmo os atletas que estão bem fisicamente se preocupam.
Há algo muito errado no São Paulo.
O preparador físico Alejandro Kohan está mais irritado do que o próprio Crespo e Casares.
Ninguém estará a salvo, se todos chegarem à conclusão que a falha é humana.
Ninguém.
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