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Cosme Rímoli - Blogs

Desilusão no Flamengo tem nome: Tite. Prometeu gols no Uruguai. Faltou competência. 0 a 0. Adeus, Libertadores. Luís Castro ganha força

Mesmo com elenco muito mais forte do que o do Peñarol, o Flamengo caiu nas quartas da Libertadores. Time sem objetividade, trocou 628 passes, teve 69% de posse de bola. Mas não conseguiu criar chances efetivas. Luís Castro ganha força para 2025

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Tite tem contrato só até dezembro. Desilusão indica que não ficará em 2025 Flamengo

“Temos totais condições de chegar lá (no Uruguai) e fazer.

“Foi um jogo de efetividade.

“Com dois minutos ou três faz o gol, e você trabalha em cima do resultado.

“Fomos afoitos em alguns momentos, precipitamos em outros, e o goleiro teve felicidade também.


“(O Flamengo) Vai criar metade das oportunidades que criou hoje e vai fazer gol lá.

“Me cobra depois.”


(Tite garantindo, depois da derrota para o Peñarol, no Maracanã, há oito dias.)

“Eu disse que prometi?


“Prometi que ia fazer gol?

“Eu projetei.

Está me cobrando e tem todo o direito, mas eu não prometi.

“Eu não sou futurista, cara.

“Era o objetivo, de criar e fazer, mas promessa não foi.

“Projetei, trouxe a responsabilidade para mim, era para fazer gol, mas o termo não é esse.

“Não tenho bola de cristal.”

(Tite, ontem, logo após o 0 a 0 contra o Peñarol, que eliminou o Flamengo da Libertadores.)

Xingado pela torcida, cobrado por suas falsas promessas pela imprensa, desiludindo o presidente Rodolfo Landim, o vice de futebol, Marcos Braz e o restante da direção, preocupada com o reflexo da eliminação na eleição do clube.

O ambiente para a sequência de trabalho de Tite, depois da queda do clube carioca na principal competição de 2024, é péssimo.

O clube não tem mais chances no Brasileiro.

Mesmo se vença a Copa do Brasil, que é uma competição menor, a sensação de fracasso na Gávea é enorme.

Diante da expectativa enorme que cercava a chegada do técnico.

Com onze meses de trabalho, Tite ainda não conseguiu dar o padrão envolvente, impositivo, vitorioso que Landim apostava.

A campanha na Libertadores foi fraquíssima.

Perdeu quatro partidas: duas vezes para o Bolívar, Palestino e Peñarol.

Venceu quatro jogos e empatou dois.

Suas desculpas:

“Teve em cima de um calendário com uma série de dificuldades que nós tivemos. A maior delas, volto a dizer, pela moldagem da equipe, foi o Pedro: o jogador de área, da infiltração, com as características dele, não estou falando em demérito aos demais. A estrutura ofensiva se perdeu um pouco, a gente tentou com o BH, o retorno do Gabi, Carlinhos... No produto final, ela (equipe) não fez o que deveria ter feito.”

Ele ficou constrangido, mas teve de admitir que faltou repertório.

De La Cruz e Arrascaeta deixaram de ser objetivos no seu comando.

E se tornaram jogadores previsíveis, preocupados em tocar a bola, e abandonaram as infiltrações, os dribles, os passes inesperados.

“Talvez tenha faltado um repertório. E talvez tempo maior para que se pudesse coordenar movimentos do Plata. Organizar movimentos, sim. Porque nós perdemos três jogadores titulares (Pedro, Cebolinha e Luiz Araújo) que se deram 60 gols no ano.”

Ou seja, falou, em outras palavras, que não conseguiu repor taticamente as individualidades.

Na verdade, o discurso de Tite, após a eliminação da Libertadores não convenceu.

Assim como o frustrante Brasileiro.

A direção do Flamengo desmentiu na terça-feira que tenha conversado com Luís Castro.

De acordo com apuração do blog, realmente não conversou.

Mas o nome do português ganha força nos bastidores do clube.

Só que muito mais importante e concreto com a possibilidade há a realidade crua.

Não há ânimo algum para renovar contrato com Tite.

O treinador teve absolutamente tudo o que queria.

Teve liberdade para tirar do time o maior ídolo da Gávea e seu desafeto, Gabigol.

Participou da escolha de todos os reforços.

Pôde colocar o time reserva contra o Grêmio, na derrota por 3 a 2, no domingo.

Deixou seu filho Matheus, que jamais assumiu equipe alguma, treinando os titulares.

Quebrou o protocolo do Flamengo, sempre dando entrevistas com auxiliares.

Sempre decidiu quando o time embarcava para os jogos.

Não faltou nada.

Nem o salário de R$ 1,8 milhão a cada 30 dias.

Só ganha menos do que Abel Ferreira, no Palmeiras.

O português embolsa cerca de R$ 2,5 milhões por mês.

Só que o retorno foi fraco.

No principal objetivo do clube, o Flamengo não conseguiu nem chegar às semifinais.

O Peñarol enfrentará o Botafogo por uma vaga na final da Libertadores.

Pior é a sensação é que aconteceu o previsível.

O time não engrenou, mesmo depois de 11 meses sob o comando do treinador.

Nas redes sociais, as torcidas organizadas prometiam protestar contra a equipe.

E, principalmente, pela permanência de Tite.

As chances que continue em 2025 são praticamente nulas...








Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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