Desiludido, Dorival diz que ‘faz o que pode’, sem reforços prometidos. Derrota para o Bahia, em Itaquera, faz Corinthians chegar a uma vitória nos últimos 11 jogos no Brasileiro
Corinthians segue despencando no Brasileiro. E se aproximando da zona do rebaixamento. Derrota por 2 a 1 para o Bahia, ontem, faz Dorival desabafar. “Tudo que combinei (reforços, antes de assumir) estou aguardando”

Nas últimas 11 partidas do Brasileiro, só uma vitória.
A decadência do Corinthians no torneio é assustadora.
Dorival Júnior está assumidamente assustado.
Yuri Alberto só voltará a jogar em novembro, por operação de hérnia. Memphis Depay, só daqui um mês e meio, por conta de um estiramento na coxa direita.
E Carrillo, pela cirurgia de ligamentos do tornozelo esquerdo, só retornará em 2026.
Ele não disfarçou depois de mais uma derrota, ontem, para o Bahia, em plena Itaquera, por 2 a 1. Michel Araújo marcou a um minuto e meio, Gui Negão empatou aos 30 minutos, em lance irregular, fez falta no goleiro Ronaldo.
E Willian José, cobrando pênalti de Matheuzinho em Kayky, aos 42 minutos do primeiro tempo, definiu o placar.
A direção do clube já concordou com o treinador que a prioridade é a Copa do Brasil, competição que o clube está nas quartas.
Tanto os dirigentes assumiram, há tempo, que o objetivo seria tentar uma vaga na Libertadores ou pré-Libertadores.
Só que ninguém supôs que o time flertaria com o rebaixamento.
Dorival Júnior fez questão de desabafar na coletiva, após mais um resultado frustrante.
“Tudo que combinei e que estou aguardando, estou me entregando como ninguém nesse trabalho, e vamos encontrar o caminho. Temos posse de bola, controle, troca de lados mesmo quando faltam jogadores.
“Precisamos (de reforços) e temos carências, nunca escondi de ninguém que pedi contratações antes mesmo da minha chegada.
“Estamos fazendo o que está ao alcance, lutando, batalhando, os resultados às vezes não acontecem.”

Dorival não foi sutil.
Ele lembrou 2024, quando o time era comandado por Ramon Diaz e chegaram contratações importantes no segundo semestre.
E citou o transfer ban, a impossibilidade de contratações, com o Corinthians proibido pela Fifa, por dever R$ 33 milhões ao mexicano Santos Laguna, da contratação de Félix Torres.
“Há um tempo (ano passado)o Corinthians brigou na parte de baixo (da tabela do Brasileiro) e mudou por completo quando chegaram jogadores.
“Na janela anterior precisávamos de algumas correções e não foram feitas por “n” fatos, precisamos agora também e estamos impossibilitados."
O treinador apelou para dois garotos começarem a partida de ontem. Gui Negão, 18 anos e Kayke, 21 anos.
“Gostaria de estar mais equilibrado em pontuação para dar mais tranquilidade aos garotos, mas não tenho outra opção, temos que antecipar inclusive o momento.”
E também apelou para Vitinho, recém-contratado, na semana passada. E que não tem o menor entrosamento com o time.
“Temos necessidade urgentes, não tínhamos sete ou oito jogadores, usamos todas as peças que temos.
“Sabemos que precisamos de mais, tínhamos necessidade e carências, e isso me fez até acelerar o processo que demoraria um tempo mais, mas a urgência e a disponibilidade do atleta nos fez acreditar que dava e como foi.”
Recordando que antes de assumir o Corinthians, Dorival ouviu do executivo Fabinho Soldado que ele teria, no mínimo, quatro jogadores de potencial reconhecido, como reforços. Só chegou Vitinho.
O Corinthians teve 25 arremates contra apenas oito do Bahia. E 66% de posse de bola. Mas faltou talento no chute final. Fator decisivo na derrota.
Para doer ainda mais, o Bahia contratou o maior talento da base do Corinthians atual, Kauê Furquim por ‘apenas’ R$ 14 milhões. O meia/atacante estava sendo preparado para ser a grande aposta do ano, por Dorival. Já treinava com os profissionais, quando o Bahia o contratou, na semana passada. Irritando particularmente o técnico.
“Era um garoto de muita qualidade, aliás é um cara de muita qualidade, que vinha trabalhando, estávamos trabalhando as possibilidades para ele, poderia ser até numa partida como hoje, mas lamento, não tem o que fazer.
“Mas é um garoto de evolução muito grande, me impressionou bastante, mas estávamos o preparando para os próximos momentos.”
Em 20 jogos do Brasileiro, o clube disputou 60 pontos. Ganhou 21. Perdeu 39. Fez 19 gols. Tomou 25.
Desde que Dorival chegou, no dia 28 de abril, avisou que o elenco era ‘curto’ para lutar pelo título. E que precisava de quatro reforços importantes.
E, como fez no São Paulo, deixou claro que a Copa do Brasil seria o alvo para a conquista de título, depois da vexatória eliminação da Copa Sul-Americana. Lembrando que foi Ramón Díaz o comandante na eliminação da Pré-Libertadores.
Não há o menor risco de demissão de Dorival Júnior.
O Corinthians só voltará a campo no próximo domingo, dia 24, em São Januário, contra o Vasco.
Até lá, o técnico sonha com o final do transfer ban, a proibição de registros de novos atletas por parte da Fifa. E a contratação dos três reforços importantes que o clube prometeu.
De acordo com o presidente interino, Osmar Stabile, a Nike havia garantido que adiantaria R$ 100 milhões, pela renovação de contrato por mais dez anos.
Esse dinheiro ainda não chegou à direção.
Enquanto isso, Dorival está à beira de um ataque de nervos.
E a zona do rebaixamento volta a ficar perto do Corinthians...
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