Desde que foi procurado, em fevereiro de 2023, a CBF queria Ancelotti até 2030. Convite foi reforçado agora. Mas ele só quer negociar após a Copa. Não é efeito colateral da derrota contra o Japão
Não é efeito colateral da derrota de hoje, das piores da história, contra o Japão. Ancelotti mantém sua coerência. Desde 2023 ele não quer se comprometer com o Brasil até 2030. Como ele definiu em entrevista na Itália. Está vivendo ‘uma aventura’ até o Mundial de 2026
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Não é efeito colateral do vexame de hoje.
A derrota contra o Japão, por 3 a 2, em Tóquio, a primeira na história da Seleção, não tem peso para a CBF ou Carlo Ancelotti.
Por mais que o presidente Samir Xaud tenha mais proximidade com o treinador, a postura do italiano segue firme.
Ele tem ouvido com a atenção os pedidos de Xaud e do coordenador de Seleções, Rodrigo Caetano, em longos jantares, nas concentrações.
Compreendido que o presidente da CBF e Caetano querem dar sequência ao seu trabalho, que tem sido encarado como ‘aula’ para os dirigentes.
A firmeza com os jogadores, a postura educada e, ao mesmo tempo, firme com a imprensa; e principalmente, a maneira sem medo com que lida com a pressão pela convocação de Neymar, estando bem fisicamente, ou não.
Tudo se junta à meticulosa observação dos jogadores brasileiros. Dele e de sua equipe.
E a segurança com que já montou uma base, de 16 atletas, que estarão entre os 26, escolhidos para disputar a Copa do Mundo.
Daí Samir Xaud repetir o que já sonhava Ednaldo, ainda em novembro de 2022, antes da Copa do Catar, quando teve a certeza que Tite não tinha mais condições de seguir comandando a Seleção. Não suportava mais psicologicamente as cobranças e queria ir para um clube ou seleção da Europa, em 2024.
Contatos extraoficiais com estafe de Ancelotti foram auspiciosos, mas o recado é que Ednaldo esperasse o desempenho do Real Madrid na Champions.
E foi assim até abril de 2025, quando o Arsenal eliminou o clube mais vencedor do futebol mundial.
Em seguida, direto, como costuma ser, o presidente Florentino Perez, disse a Ancelotti que ele queria que Xabi Alonso assumisse o time.
A saída ‘por cima’ ao italiano foi aceitar comandar a Seleção pentacampeã do planeta.
Ednaldo Rodrigues ofereceu contrato até 2030.
Ancelotti recusou.
O acordo valeria até o final do Mundial dos Estados Unidos.
E depois avaliaria, junto com o presidente da CBF, se os dois seguiriam juntos mais uma Copa.
Só que Ednaldo perdeu seu cargo.

Samir Xaud herdou Ancelotti e o desejo de renovação.
O italiano é o melhor escudo que qualquer dirigente do futebol brasileiro sonharia.
O maior vencedor da história.
As cinco Champions, três Mundiais e a incrível soma de 30 títulos importantes têm enorme peso.
Daí Xaud insistir, até mesmo antes dos Estados Unidos, na renovação.
Inteligente e multimilionário, Ancelotti quer analisar, com calma, o que fará depois da disputa.
Ele completará 67 anos.
Comandar a Seleção Italiana, voltar para um gigante europeu, se tornar um consultor ou se aposentar, estas são as outras opções, além de mais quatro anos de Seleção Brasileira.
Ancelotti é muito matreiro, vivido, calculista.
Não há razão alguma para se precipitar agora.
Ele sabe que a CBF o quer por mais cinco anos.
Mas quer e vai analisar seu futuro com calma.
Está no meio da ‘aventura’ com o Brasil, como definiu a jornalistas italianos.
A aventura se conclui ao final da Copa do Mundo do próximo ano.
Provavelmente ele vai arrastar sua decisão até lá.
E a direção da CBF, de maneira sábia, vai esperar.
Mas sem tentar parar de convencê-lo a cada jantar...