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Cosme Rímoli - Blogs

Derrotas, críticas. Daniel Alves já avisa que pode não ficar até 2022

Ao comemorar três meses de São Paulo, o caríssimo veterano deixa claro que pode sair antes do final do contrato: 'Não sei quanto durará o sonho'

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Daniel Alves não esperava tanta cobrança e até xingamentos. Só idolatria
Daniel Alves não esperava tanta cobrança e até xingamentos. Só idolatria

São Paulo, Brasil

"Uma grande equipe é aquela que confia no seu plano, é aquela que não teme a falhar, é aquela que aceita o processo e pagar o preço pra conseguir escrever um novo capítulo nessa grande história.

"Somente aqueles que sentem essas cores, sabem que tudo isso é mais do que um jogo, sabe que é mais do que ganhar ou perder.

"Isso aqui é uma luta continua pela reconstrução de uma história....


"Vai ser árduo pá cara...

"Porém, não mais árduo do que tudo que tivemos que superar para chegar onde chegamos.


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"Somente aqueles que sentem essas cores se unirá a esse desafio.

"Sem demagogia, somente juntos podemos construir isso....


"Hoje completo três meses aqui.

"E eu não decepcionarei aqueles que apostaram em mim.

"Não sei quanto durará esse sonho aqui.

"Mas confiem que vai valer a pena todo sacrifício.

"Tinha esquecido como tudo é tão intenso por aqui..."

No balanço de Daniel Alves nos seus primeiro 90 dias de São Paulo, algumas conclusões importantes.

A primeira delas.

Apesar de ser o jogador com mais títulos importantes na história, são 40 com clubes e Seleção, sua vinda não foi suficiente para fazer o São Paulo vencer o Brasileiro.

O jogador, que caminha para os 37 anos, viu sua idolatria ser abalada por fracos resultados do time. Chegou a ser vaiado e muito xingado pela torcida do São Paulo.

Ele conseguiu criou problema grave e foi o pivô silencioso pela queda de Cuca. O treinador o queria na lateral direita, onde é um dos melhores do mundo. Mas ele insiste, no futebol brasileiro, com a camisa do São Paulo, quer jogar como meio de campo. Até para se desgastar menos e ter a carreira prolongada.

Daniel Alves conseguiu impor o técnico que queria. A sua postura firme convenceu Raí e o inseguro Leco a apostarem em Fernando Diniz, virando as costas à sonhada interinidade de Vagner Mancini.

Cuca o queria na lateral. O treinador perdeu o braço de ferro e foi embora
Cuca o queria na lateral. O treinador perdeu o braço de ferro e foi embora

A instabilidade do time contagiou seu futebol. E rapidamente a promessa do inseguro Leco que haveria patrocinadores para bancar o salário de Daniel Alves se desfez.

Ele é o jogador que mais recebe no futebol brasileiro. 

São nada menos do que R$ 1,5 milhão a cada 30 dias.

Ele fechou três anos e meio de contrato.

São R$ 18 milhões por ano.

São R$ 63 milhões até dezembro de 2022.

Juventus e Milan queriam o jogador.

Mas com contrato de um ano.

De agosto de 2019 a agosto de 2020.

E como lateral.

Entre as várias frases ufanistas escritas por Daniel Alves, uma chamou mais a atenção.

"Não sei quanto durará esse sonho aqui."

Desde 2008, o jogador tem cumprido seus contratos.

Passou oito anos no Barcelona.

Um ano na Juventus.

E dois anos no PSG.

Com Fernando Diniz, Daniel Alves joga onde quer
Com Fernando Diniz, Daniel Alves joga onde quer

Ou seja, no meio da festa, ele abre espaço para uma saída.

Entre conselheiros importantes do São Paulo, Daniel Alves deixou de ser unanimidade. A insistência em não jogar na lateral direita é vista como desrespeito ao clube e egoísmo.

Outros acreditam que o inseguro Leco pensou apenas na sua administração, que termina em dezembro de 2020, ao comprometer o clube por mais dois anos pagando R$ 1,5 milhão por mês até dezembro de 2022 ao jogador, que terá 39 anos.

Daniel Alves é muito inteligente.

E percebe a situação.

Embora esteja feliz no clube de seu coração, o amor pode não durar três anos.

Ele sabe disso.

E já avisou aos fãs.

A frase "Não sei quanto durará esse sonho aqui", não pode ser esquecida.

Daniel Alves veio para ser idolatrado.

Ganhar títulos.

Não para ser xingado.

Se for para ser apenas mais um a aumentar o jejum do São Paulo, que já dura sete anos sem conquista, ele vai sair.

Não deixará o sonho virar pesadelo.

A mensagem é clara...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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