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Cosme Rímoli - Blogs
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Depois de sabotar o ambiente para Neymar e Messi, Mbappé abandona o PSG, frustrado. Vai para o Real Madrid para tentar ganhar a Champions

Maior estrela do futebol francês chegou a exigir a saída de Neymar do PSG. Egocêntrico, Mbappé queria ser o grande ídolo do PSG na desejada conquista da Champions. Fracassou. Assinou com o Real Madrid. E vai embora de Paris, frustrado. Pela porta dos fundos

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Mbappé

Tão talentoso quanto egocêntrico, Mbappé desprezou até o pedido direto do presidente da França, Emmanuel Macron, para que não deixasse o PSG.

Nem adiantou o bilionário clube, que pertence à família real catariana oferecer mais dinheiro do que qualquer equipe do mundo.

Kylian Mbappé preferiu ir para o Real Madrid.

E realizar dois sonhos pessoais.

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Ser eleito o melhor jogador do mundo.

E ganhar a Champions League.

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Depois de sete anos, não se dobrou à pressão da opinião pública, da mídia, da direção do PSG, de políticos franceses, que o enxergam como um dos grandes ‘produtos nacionais’.

Afinal, ele foi figura importantíssima na conquista da Copa do Mundo de 2018, aos 19 anos.

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Mas só que no PSG chegou para ser coadjuvante de Neymar.

Em 2017.

Enquanto o brasileiro chegou a peso de ouro, com status de jogador com potencial para fazer o clube vencer a sonhada Champions, que daria novo status ao ‘novo rico’ PSG, Mbappé era uma grande aposta, por 220 milhões de euros, depositados na conta do Barcelona, que não autorizou a negociação. A conversão aponta o equivalente a R$ 1,2 bilhão.

A torre Eiffel chegou a ter a imagem de Neymar como o brasileiro tivesse se tornado o Rei da França.

Já Mbappé havia sido contratado por empréstimo, junto ao Mônaco.

Com a obrigação de compra, por 180 milhões de euros, atuais R$ 997 milhões.

Aos poucos, a situação se reverteu.

Sem a rígida cartilha de comportamento do Barcelona, Neymar se aproveitou da submissão da direção do PSG, que influenciava as Comissões Técnicas do clube.

Farras intermináveis, chiliques com árbitros, provocações desnecessárias a adversários.

Sem o menor respeito a companheiros.

Com direito a tomar a bola de Cavani, que era o cobrador oficial de pênaltis do clube.

Contusões eram a deixa para viagens ao Brasil, irritando torcida.

O relacionamento com a imprensa francesa logo virou bélico, de ódio mútuo.

Neymar contava com a cumplicidade dos brasileiros Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva.

E, principalmente, o coordenador e ex-jogador da Seleção, Leonardo.

Mbappé, pelo contrário, manteve uma conduta correta, profissional.

Treinamentos até em excesso, crescimento técnico, presença constante e cada vez mais determinante no time.

Detestando os privilégios a Neymar, o francês começou a pressionar a direção do PSG.

Não via lógica seguir com o ‘time brasileiro’, já que o grande objetivo sempre escapava: a Champions League.

Tudo ficou ainda pior quando Neymar convenceu a cúpula do clube a contratar Messi.

Mbappé se viu diante de dois grandes jogadores, só que, mais do que tudo, dois amigos.

A convivência foi péssima.

Usando a proximidade do fim de seu contrato como objeto de chantagem, Mbappé conseguiu uma revolução.

Derrubou Leonardo e fez com que fosse contratado o português Luis Campos, com quem se dava muito bem, trabalharam juntos no Monaco.

Deixou o ambiente insuportável para Messi e Neymar.

Até que ambos deixassem o clube.

O argentino escolheu os Estados Unidos.

E o brasileiro, o contrato bilionário com a Arábia.

Nos últimos meses, não havia nem conversa entre o brasileiro e o francês.

Mbappé teve ao seu lado atuações incríveis.

E desempenho muito maior do que Neymar.

Marcou 255 gols enquanto o brasileiro, 118.

É o maior artilheiro da história da equipe francesa.

Entrou em campo, até agora, 306 vezes.

Neymar, 173.

A mídia francesa aplaudiu a decisão do PSG em vender Neymar para o Al-Hilal

Em compensação, chora a saída de Mbappé para o Real Madrid.

Sem render um centavo ao clube de Paris, porque simplesmente não renovou contrato.

Ele publicou seu post de despedida.

Assumindo não querer ficar no clube que fez tudo por ele, inclusive desprezar Neymar.

“Eu não vou renovar meu contrato. Portanto, nossa aventura vai acabar em algumas semanas. Vou jogar minha última partida no Parque dos Príncipes neste domingo.

Estou sentindo muitas emoções agora. Foram muitos anos nos quais eu tive a sorte e a honra de ser um membro do maior clube da Franã e um dos maiores do mundo.

O PSG me permitiu chegar aqui e ter minha primeira experiência em clube cercado de pressão. Aqui, cresci como jogador, é claro, estando ao lado de alguns dos maiores jogadores da história, alguns dos maiores campeões. Conheci muita gente. Cresci como pessoa também, com toda a glória que conquistei e os erros que cometi.

Apesar de tudo o que acontece fora do campo, e de todo o hype de mídia que envolve esse clube em alguns momentos, há várias pessoas aqui que amam esse clube e querem protegê-lo e vê-lo brilhar. Então, eu me vou sabendo que, com todas essas pessoas, o clube seguirá em boas mãos.

É duro me despedir. Nunca achei que fosse ser tão difícil anunciar minha saída, deixar meu país, a França, deixar a Ligue 1, que é um campeonato que sempre gostei. Mas eu acho que preciso disso, de um novo desafio, após sete anos aqui.”





Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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