Depois de espancar a mulher, Jean já treina leve, feliz e solto
Goleiro, que deixou o rosto da esposa desfigurado depois de oito socos, segue a carreira. Treina no Atlético Goianiense. Só falará quando a 'poeira baixar'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"As pessoas querem ver sangue."
"Querem jogar as pessoas na lama."
"E ficam felizes com isso."
Foi usando esse recurso que Adson Batista se defendeu pela contratação de Jean. O presidente do Atlético Goianiense segue com o discurso que o erro está em quem julgou o goleiro.
Não Jean, que deu oito socos no rosto de sua esposa Milena Bomfim, diante de suas duas filhas pequenas, em dezembro, nos Estados Unidos.
Batista também não comenta o fato de ter um jogador que custou R$ 6 milhões ao São Paulo, por um ano, ser cedido por empréstimo de graça. Tendo apenas de bancar o salário de R$ 150 mil.
O dirigente sabe que, seu clube, mesmo na Série A do Brasileiro, não teria dinheiro para contratar um goleiro desse potencial se ele não tivesse espancado a esposa.
Os jogadores trataram de acolher Jean da melhor maneira possível.
Até porque foram orientados pela diretoria para que fosse dessa maneira.
"Vou falar do Jean como pessoa que nós estamos conhecendo agora. O caso dele está na Justiça, mas nós o acolhemos muito bem e não seria de outra forma.
"Se você chega no clube, eu como capitão tenho que acolher bem o atleta. É um cara que está trabalhando e entrosando com todo mundo. Espero que ele possa nos ajudar aqui, é um cara que já viveu a Série A", disse o zagueiro e capitão da equipe, Gilvan.
Jean já está treinando no Atlético Goianiense.
E, forte, para enfrentar sua tendência que tem para engordar.
A diretoria do clube decidiu demorar para apresentar o atleta.
Esperar 'o clima acalmar'.
E na sua primeira entrevista, provavelmente na próxima semana, só será permitido perguntar sobre futebol.
Para que ele não tenha de explicar porque espancou a esposa.
Milena Bomfim segue com a determinação de não processar Jean, por conta do futuro das filhas. Se seu marido for preso, ficará sem receber os salários de R$ 150 mil. Comprometerá o futuro das meninas.
Seu contrato com o São Paulo vai até o final de 2022.
O executivo Raí garantiu que nunca mais ele vestirá a camisa do clube.
Não admite que o espancamento da mulher fique impune.
E diz manchar a história do São Paulo.
Ao contrário do que acontece no Atlético Goianiense...
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