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Demorou, mas Jandrei se vingou do Internacional, que o desprezou

Aos 49 minutos, o goleiro defendeu pênalti de Leandro Damião. Evitou que o Inter voltasse a liderar o Brasileiro. Foram oito anos esquecido no Beira-Rio

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A defesa do pênalti, aos 49 do segundo tempo. Travou o Inter atrás do São Paulo
A defesa do pênalti, aos 49 do segundo tempo. Travou o Inter atrás do São Paulo A defesa do pênalti, aos 49 do segundo tempo. Travou o Inter atrás do São Paulo

São Paulo, Brasil

Jandrei tinha motivos de sobras para vibrar ontem na arena Condá.

Ele teve uma atuação espetacular contra o Internacional. Foi responsável direto pela vitória sobre o time gaúcho que deixou o São Paulo isolado na liderança do Brasileiro, a 13 rodadas do fim.

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De maneira muito maldosa, torcedores foram às redes sociais ironizar. Escreveram que, em um partida, Jandrei fez mais pelo time de Aguirre do que Sidão.

O goleiro da Chapecoense esteve incrível. Fez defesas excelentes, de reflexo, coragem, explosão muscular. 

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O ápice, sem dúvida, foi o pênalti que defendeu de Leandro Damião, aos 49 minutos do segundo tempo. O goleiro voou para o canto direito com a convicção do que estava fazendo. Espalmou a bola.

Nos seus tempos de goleiro reserva, que nunca vestiu a camisa do Internacional em um jogo, ele era utilizado pelos treinadores como encarregado de treinar cobranças de faltas e pênaltis dos titulares, prática muito comum em todas as equipes.

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Foram anos treinando defender cobranças de Leandro Damião. 

Grandes goleiros costumam ter excelente memória. Principalmente sobre o canto predileto do cobrador com quem treinou. Foi o que aconteceu, no voo convicto para a direita.

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Mas aos 50 minutos Jandrei foi ainda melhor. Em uma bola cruzada para a área, Leandro Damião entrou de carrinho, com raiva, na bola. O goleiro conseguiu esticar o pé esquerdo e defender o toque do centroavante. Fabulosa intervenção. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães encerrou o jogo em seguida.

Ele bem que tentou disfarçar.

Mas o sorriso denunciava a satisfação a mais.

Jandrei foi desprezado pelo Internacional.

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Ficou oito anos no clube. Teve como parceiros Valdívia, William, Rodrigo Dourado e Geferson na base. Além de Alisson, atual goleiro da Seleção e que era titular também nos times de promessas que era formado no Beira-Rio.

Em 2014, acabou o contrato de Jandrei. E a diretoria do Internacional decidiu que não iria renovar.

Não via talento ou ambição em Jandrei.

A maneira passiva com que aceitou ficar na reserva de Alisson pesou contra ele.

A dispensa foi um tapa na cara.

Ele acreditava que seria efetivado para seguir na reserva de Alisson. Mas foi dispensado sem dó. Jandrei ficou meses sem saber o que faria da vida. Questionou até se continuaria na carreira.

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Até que houve o convite do Tubarão de Santa Catarina. Equipe que estava na Segunda Divisão.

Foi seu recomeço.

Jogou muito bem a ponto de despertar o interesse do Novo Hamburgo.

Chegou à Chapecoense como terceiro goleiro. Arthur seria o titular e Elias, o segundo. Mas Jandrei logo se impôs. Aproveitou cada oportunidade que teve nos treinos, nos jogos.

Apesar da péssima campanha do time catarinense em 2018, brigando apenas para não ser rebaixado, não impediu que brilhasse. 

Ele teve 60% dos seus direitos comprados por R$ 350 mil. 40% ainda pertencem ao Tubarão.

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Seu ótimo futebol não passaria despercebido dos empresários. A diretoria da Chapecoense chegou a anunciar sua venda para o Sampdoria por 2,5 milhões de euros, cerca de R$ 12 milhões. Mas voltou atrás, em julho. Em Chapecó, a história ainda não está bem esclarecida. Ninguém explica porque não foi fechada. Se foi encerrada mesmo.

Pode ser que Jandrei vá ao final do ano para a Itália. 

Não há certeza.

Os dirigentes e o jogador evitam o assunto.

Ele está no radar de alguns clubes brasileiros.

Há a certeza de que não seguirá em Chapecó em 2019.

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Mas o que se passou ontem será inesquecível para ele.

Embora tenha feito tudo para disfarçar.

Deixou sua marca no Internacional.

Clube no qual ficou oito anos sonhando em ser titular.

Nunca vestiu a camisa colorada em um jogo oficial.

Mas dificilmente será esquecido pelo torcedores depois de ontem.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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