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Pressão enorme na CBF. Para a demissão de Pia, depois do fiasco na Copa do Mundo. Patrocinadores, direção e Globo frustrados

Se a seleção brasileira feminina queria o mesmo tratamento da masculina, conseguiu. A sueca Pia Sundhage é apontada nos bastidores pelo fracasso na Austrália. E o presidente da CBF é pressionado pela demissão dela

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


A pressão é enorme na CBF pela demissão sumária de Pia. E ter outro técnico na Olimpíada de Paris
A pressão é enorme na CBF pela demissão sumária de Pia. E ter outro técnico na Olimpíada de Paris

São Paulo, Brasil

A pressão está enorme.

Se a seleção brasileira feminina queria o mesmo tratamento da masculina, conseguiu.

A eliminação diante da Jamaica, ainda na fase de grupos, depois de 28 anos, causou um estrago enorme no projeto de popularização do futebol das mulheres.

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A cobrança na CBF vem de todos os lados.

A TV Globo investiu muito dinheiro e esperança de grande campanha do Brasil nesta Copa do Mundo. Conseguiu 19 anunciantes. E agora? Ainda restam as oitavas de final, quartas, semifinal e final.

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Sequência com jogos entre 11, 4h30, 5 e 8 da manhã.

Sem o Brasil, quem vai assistir?

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Havia a preparação de um especial para a despedida de Marta das Copas. Ela é recordista de gols na história dos Mundiais, misturando mulheres e homens: tem 17. Como mostrar, depois do vexame de hoje?

Os patrocinadores da CBF também querem resposta.

Estiveram em apenas três dos sete jogos possíveis. E, em dois deles, com resultados absolutamente negativos. A derrota diante da França, e o empate de hoje, que eliminou o Brasil diante da Jamaica.

A mídia em geral, que nunca fez uma cobertura tão grande da Copa Feminina, disputada do outro lado do mundo.

Torcedores e suas cobranças em massa pela internet.

O presidente Ednaldo Rodrigues está absolutamente pressionado.

E a resposta que ele sabe que esperam dele é uma só.

A demissão da sueca Pia Sundhage.

Nos mesmos moldes do que aconteceu com Tite na Copa do Mundo do Catar.

Ela capitalizou o fracasso.

Sua falta de atitude no banco de reservas, seu esquema tático engessado, escalando Marta de costas para o gol, desprezando Cristiane, a mais letal atacante, porque ela não é submissa.

Pia foi contratada pelo ex-presidente da CBF Rogério Caboclo.

Ele buscou uma mulher e com currículo importante, em 2019.

A sueca havia sido bicampeã olímpica com os Estados Unidos.

Se depender de Pia, Marta não será mais convocada. Se a sueca ficar, a meia não será nem reserva em Paris
Se depender de Pia, Marta não será mais convocada. Se a sueca ficar, a meia não será nem reserva em Paris

Depois da demissão de Caboclo, acusado de assédios moral e sexual, Ednaldo Rodrigues assumiu.

E decidiu manter Pia no cargo.

E obedeceu aos seus pedidos.

Buscou amistosos com equipes poderosas e infraestrutura da seleção masculina. 

Pia teve absolutamente tudo.

Mas não conseguiu dar o "encantamento", a "brasilidade" que prometeu à seleção.

Marta, no estágio final de sua carreira, foi escalada o tempo todo de forma errada. A melhor jogadora do mundo, atuando como meia, teve de ser ponta-esquerda ou centroavante, de costas para o gol adversário.

Cristiane foi barrada sem dó e sem contestação.

Havia três competições que importavam para Pia.

A Olimpíada de Tóquio. O Brasil caiu nas quartas, diante do Canadá.

A Copa da Austrália, da qual a seleção foi eliminada hoje, na primeira fase, diante da Jamaica.

O outro torneio seria a Olimpíada do ano que vem, em Paris.

O contrato de Pia, por sinal, terminaria só após a disputa na França.

A cobrança enorme pela passividade, demora para substituições, organização previsível, o desperdício da melhor jogadora de todos os tempos.

A frustração da opinião pública, que, finalmente, havia se rendido ao futebol feminino, foi enorme.

Os prejuízos dos patrocinadores da CBF e da Globo, que voltou a ser parceira da CBF, também.

Tudo ainda piorou depois do jogo contra a Jamaica, quando Pia deixou claro que não conta mais com Marta para a seleção. Nem para a reserva na Olimpíada de Paris.

Para tentar fazer renascer a esperança, só há um caminho para Ednaldo.

Até presidentes de federações, com medo do freio no interesse no futebol feminino, recomendam a Ednaldo a "única solução".

A demissão de Pia.

Ednaldo segue o seu perfil.

Nada de anunciar soluções drásticas logo após competições.

Ele ficou na Austrália apenas nos dois primeiros jogos do Brasil.

Já está no Brasil.

E daqui ele teve toda a repercussão negativa da eliminação vexatória.

A pressão pela demissão de Pia vem de todos os lados.

As jogadoras estão sendo poupadas, afinal, fizeram o que ela mandou.

No futebol masculino, o óbvio acontece nos fracassos em Copa.

Só Tite conseguiu se manter em dois Mundiais seguidos: mesmo com seu time dando vexame na Rússia, ficou. E causou outra frustração, no Catar.

A demissão de Pia é o grande assunto nos bastidores da CBF.

Se o futebol feminino queria o mesmo tratamento do masculino, conseguiu.

Dirigentes importantíssimos do Brasil repetem.

A saída de Pia seria o melhor que aconteceria para o futebol feminino do país.

Se há o desejo de conquistar a inédita medalha de ouro em Paris...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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