Decadência do futebol brasileiro sabota planos europeus de Gabigol
A animação por ter sido artilheiro do Brasileiro passou. O feito não empolgou a Inter de Milão e grandes clubes europeus. A chance de voltar é real
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Gabriel Barbosa está sofrendo na pele.
Sentindo o quanto o futebol deste país está desvalorizado.
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Depois de penar por um ano e meia na Inter de Milão e no Benfica, entrando em campo apenas 15 vezes e ter marcado dois gols, um em cada equipe, ele acreditou que daria a volta por cima.
O jogador que foi vendido pelo Santos em 2016, por R$ 108 milhões, acreditou que seria tratado com toda a revência. E teria fila de clubes europeus interessados no seu futebol.
Ou mesmo a Inter de Milão priorizaria sua volta ao elenco.
Nada disso.
Ter marcado 27 gols, 18 apenas no Campeonato Brasileiro, se transformando no artilheiro da competição, não repercutiu como esperava.
Pelo contrário.
Ainda há muita desconfiança sobre seu futebol.
De maneira prática.
Não é segredo para ninguém do baixo nível técnico dos torneios sul-americanos.
A Libertadores passa cada vez menos a ter valor, com a sequência de conquistas dos Mundias pelos europeus.
O histórico de Gabigol na Europa o desprestigia.
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Ele fracassou na Inter.
A Itália pode ser considerada uma grande potência do futebol de clubes, apesar do fracasso do selecionado há anos.
Mas Gabigol sucumbiu também no Benfica.
Os clubes de Portugal são considerados meros trampolins na Europa.
Por isso, o retorno ao Brasil se mostra muito provável ao atacante.
Ele não queria.
Mas o desejo de atuar por um grande clube europeu já nesta janela é muito improvável.
E Luciano Spalletti, técnico da Inter, sabe que o Santos privilegiou Gabigol no seu esquema tático.
Situação que o treinador já disse que não fará com ninguém.
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Gabriel assinou contrato de cinco anos.
Seu salário é de três milhões de euros por ano.
Cerca de R$ 12,6 milhões.
O jogador não gostaria de ir para a China.
Contra o atacante também há o fato de não ter sido convocado para a Seleção Brasileira.
Nem após o Mundial, no segundo semestre, quando Tite anunciou que faria testes.
Se o atacante foi esquecido pelo time que não conseguiu sequer chegar à semifinal da Copa do Mundo, nem foi testado, segue com moral baixa na Europa.
Mas agentes do jogador e da Inter não desistem.
Tentam encontrar uma equipe média ou até pequena na Europa.
Está difícil.
A volta ao Brasil segue como principal opção.
Desde que o clube interessado banque a maior parte do seu salário.
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Como fazia o Santos.
Além do retorno à Vila Belmiro, há o Flamengo, Cruzeiro e Grêmio interessados.
Seu 'reinado' se limita ao desvalorizado futebol brasileiro...
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