Danilo encantado. E o recordista Palmeiras mostra sua superioridade, com time misto, na Libertadores
O onipresente volante marcou o gol da vitória contra o Emelec, no Allianz. Foi a quinta vitória em cinco jogos. 21 gols a favor e só dois contra. Isso, com o time misto, hoje. Campanha histórica
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Danilo mostrou outra vez porque Tite não teve coragem de não convocá-lo.
O onipresente meio-campista do Palmeiras foi o responsável pelo gol que deu a necessária vitória contra o Emelec, no Allianz Parque. Vitória suada, do time misto, por 1 a 0, diante contra os equatorianos.
O resultado foi necessário para colocar o clube a um passo da melhor campanha na fase de grupos da Libertadores. O que dá a garantia de decidir em casa os mata-matas, até a final da competição. A decisão já está marcada, em um jogo só, no Equador, em Guayaquil.
O time só precisa empatar com o Deportivo Táchira no Allianz Parque. Na primeira partida, na Venezuela, com time misto, venceu por 4 a 0.
Foram cinco partidas e cinco vitórias. Com 21 gols a favor e só dois contra. Campanha histórica. Igualando o número de gols recordes, na primeira fase, que o River Plate fez na Libertadores de 2020. O clube paulista chegou à impressionante marca de 96 finalizações a gol nestes cinco jogos. E 50 deles no alvo. Além de 37 cruzamentos para a área adversária que encontraram atletas palmeirenses.
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O gol do Palmeiras nasceu em jogada ensaiada, treinada à exaustão, por Abel Ferreira.
Escanteio cobrado por Raphael Veiga, desvio de Navarro de cabeça e bola chegando na trave contrária, onde estava o onipresente Danilo, pronto para empurrar para as redes, aos 28 minutos do segundo tempo.
Danilo chegou à inédita marca de três gols seguidos. Foram nos três jogos depois de ser convocado para a Seleção. Havia feito contra a Juazeirense, pela Copa do Brasil, e diante do Bragantino, pelo Brasileiro.
O jogo foi como o esperado.
Allianz lotado, mais de 32 mil pessoas. Abel Braga poupando jogadores para a maratona que seu clube enfrenta. Mesmo precisando vencer, começou a partida com Zé Rafael, Raphael Veiga e Dudu no banco.
Diante do retrancadíssimo Emelec titular, sonhando com o empate em 0 a 0. Arrancar um ponto em São Paulo seria sensacional na sua briga para ser o segundo classificado no Grupo A.
Ismael Rescalvo não tinha outra opção, a não ser colocar seu time no tradicional 4-5-1. Com duas linhas muito próximas à grande área, para travar o setor criativo do Palmeiras.
Abel Ferreira deu 65 minutos em campo para Atuesta atuar ao lado de Raphael Scarpa. Só que, mais uma vez, o meia colombiano mostrou péssimo futebol. Lento, inseguro, complicando lances claros. Não é nem sombra do jogador que o treinador português tanto defendeu a contratação junto à diretoria.
Jorge também atuou os mesmos minutos. Foi mal outra vez. Não conseguiu ser o jogador agudo pela esquerda, que o Palmeiras precisava. Scarpa não rendeu porque foi muito marcado. Logo os equatorianos perceberam que ele era o grande articulador de Abel.
Ron tinha liberdade para atuar pelos lados, já que Rafael Navarro era o atacante fixo.
Mas ambos fizeram um jogo fraco.
Danilo tinha de se desdobrar na marcação, já que Gabriel Menino, que atuava no lugar de Zé Rafael, se preocupava muito mais em atacar do que defender.
Com a disposição tática e a luta física dos equatorianos, o primeiro tempo foi monótono. Com o zagueiro Gustavo Gómez tendo, e desperdiçando, a grande chance, diante do goleiro Pedro Ortiz. Se desequilibrou e bateu fraco a gol, aos 42 minutos.
No segundo tempo, Abel Ferreira teve 20 minutos de paciência. Percebeu que a partida se encaminhava para o 0 a 0. Apelou para Raphael Veiga, Dudu e Zé Rafael. O Palmeiras teve outra postura. Mais confiante, pressionando, de verdade, o Emelec. Com trocas de passes incisivos.
Danilo já passava a se preocupar mais com o ataque.
E foi assim que estava preparado para marcar, esperando o desvio de cabeça de Navarro, depois de escanteio de Raphael Veiga, aos 28 minutos.
O gol esfriou de vez o clima do jogo, disputado com sensação térmica de sete graus. O Palmeiras misto, se poupando, e os equatorianos sentindo a grande diferença técnica do adversário.
Ismael Rescalvo adiantou suas linhas de marcação, tentando achar um gol salvador.
Mas tudo o que conseguiu foi escancarar seu time.
Não estivesse Rafael Navarro tão necessitado de gol, ele não teria sido tão egoísta. E aos 30 minutos, o Palmeiras teria feito mais um. Depois de arrancada livre, com a zaga aberta, Navarro ficou cara a cara com Pedro Ortiz. Era só rolar a bola para Dudu que estava solto, diante das traves sem goleiro. Mas o ex-jogador do Botafogo quis tentar marcar e chutou em cima de Ortiz.
Em compensação, Zapata teve aos 38 minutos, a oportunidade sonhada do Emelec. Ele dominou livre na entrada da grande área. E deu um chute fortíssimo que obrigou Weverton a mostrar mais uma vez porque ele é o melhor goleiro do Brasil, fazendo grande defesa.
No final, a quinta vitória seguida do Palmeiras.
Em uma campanha incrível na Libertadores.
Está desfrutando sem piedade dos seus adversários mais fracos.
E fazendo história...
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