Dana e Trump conseguiram. UFC, amanhã. Em plena pandemia
Presidente dos EUA, com mais de 1,2 milhão de infectados e 76 mil mortos, queria a volta do esporte. Para desviar o foco. Lutas do UFC serão 'perfeitas'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Dana White e Donald Trump.
As biografias dos dois mostram que não correm o risco de serem beatificados.
De santos, eles não têm nada.
Há sempre interesse próprio atrás de cada decisão.
Não por acaso, os dois se uniram, em 2001.
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O bilionário Trump apenas sonhava com a Casa Branca, quando se uniu à Dana. Ele percebeu o potencial financeiro do MMA e fez uma parceria com seus hotéis-cassinos, promovendo, desde então, várias vezes, o UFC.
Na campanha de Trump à presidência, Dana White, presidente do UFC, o apoio como pôde. Discursou, tirou fotos, o defendeu em entrevistas.
Trump agradeceu. Não havia como virar as costas ao presidente de uma entidade que foi comprada por um grupo de investimento chinês por 4 bilhões de dólares, cerca de R$ 23 milhões.
A convivência entre ambos é excelente.
Com direito a visitas de Dana à Casa Branca.
A pandemia do coronavírus atingiu em cheio os Estados Unidos. Infectologistas apontam que o descuido de Trump foi cúmplice para tornar o país, o mais infectado em todo o planeta.
Os números de hoje apontam.
São 1.254.750 casos registrados e 76 mil mortes.
Mas como os Estados Unidos têm tamanho continental, a pandemia não atingiu o país da mesma forma. Muito pelo contrário. Há estados em situação calamitosa, como Nova York.
O principal estado do mundo tem 327 mil casos confirmados e 20.928 mortos, até hoje.

Já a Flórida tem a situação um pouco melhor.
Está no oitavo lugar na terrível estatística.
São 38.828 casos e 1.621 mortos.
Mas o governador Ron DeSantis é absolutamente ligado a Donald Trump. Os dois são do partido Republicano, representam a ala conservadora, nacionalista, da política norte-americana.
Trump precisava passar uma mensagem de otimismo, confiança ao seu país.
No dia 28 de abril, o presidente anunciou que 19, dos 50 estados norte-americanos, iriam afrouxar as medidas de isolamento social. Mesmo naquele dia, os infectados chegassem a um milhão de pessoas no seu país.
Evidente que a Flórida seria um deles.
E a partir do dia 30, o isolamento social deixou de ser rígido. Salões de beleza, cinemas e restaurantes passaram a abrir, com capacidade máxima de 50%.
Só que faltava o grande evento.

O que Dana White já havia sugerido e tentado por três vezes.
A volta do UFC.
Não em uma fantasiosa ilha ou em um hotel-cassino em uma aldeia indígena.
Será em um ginásio, com toda infraestrutura da entidade.
Com bênção de Trump, Ron DeSantis aceitou que as lutas de MMA voltassem a acontecer, amanhã, na Arena Memorial dos Veteranos, em Jacksoville.
Dana White vai repetir o que fez em Brasília, no dia 14 de março.
As lutas amanhã não terão público.
Todos os lutadores e árbitros terão de mostrar exames comprovando não estarem infectados.
O card é excelente.
Com duas disputas de cinturão, nos leves e nos galos.
Tony Ferguson e Justin Gaethje disputarão o interino nos leves, porque o cammpeão Khabib Nurmagomedov foi impedido de sair da Rússia. O país está com as fronteiras fechadas por conta do coronavírus.
Dominick Cruz desafia o campeão Henry Cejudo nos galos. A pandemia do coronavírus impediu que o brasileiro José Aldo fosse o desafiante. O visto do tipo P1, exigido para as lutas nos Estados Unidos, precisa da liberação especial das embaixadas. E esse setor específico está atualmente fechado.
Além dissso, Francis Ngannou e Jairzinho Rozenstruik, duelo interessantíssimo nos pesados.

Para o Brasil, vale o retorno do ex-campeão dos pesados, Fabricio Werdum diante do russo Alexey Oleynik.
E Ronaldo Jacaré contra Uriah Hall.
White está entusiasmado.
Será o primeiro evento esportivo com relevância mundial, em plena pandemia do coronavírus.
Mas não sairá de graça, para quem quiser assistir.
O pay-per-view do UFC tem um custo, em média, de 65 dólares, cerca de R$ 365,00.
No Brasil, o Canal Combate, que pertence à Globo, cobra a assinatura mensal entre R$ 75 e R$ 90, tanto em venda direta feita pela emissora carioca, quanto pelas operadoras de TV por assinatura.
Ou seja, Dana White tem a certeza que o UFC 249 irá arrecar muito.
Por conta do isolamento mundial.
Que ele e Trump são contrários...

CARD PRINCIPAL
23 horas, horário de Brasília:
Peso-leve: Tony Ferguson x Justin Gaethje
Peso-galo: Henry Cejudo x Dominick Cruz
Peso-pesado: Francis Ngannou x Jairzinho Rozenstruik
Peso-pena: Jeremy Stephens x Calvin Kattar
Peso-pesado: Greg Hardy x Yorgan De Castro
CARD PRELIMINAR
19h30, horário de Brasília:
Peso-leve: Donald Cerrone x Anthony Pettis
Peso-pesado: Alexey Oleynik x Fabricio Werdum
Peso-palha: Carla Esparza x Michelle Waterson
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Uriah Hall
Peso-meio-médio: Vicente Luque x Niko Price
Peso-pena: Charles Rosa x Bryce Mitchell
Peso-meio-pesado: Ryan Spann x Sam Alvey...
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