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Cosme Rímoli - Blogs

Cuca não é mais prioridade. Sonho é Gallardo. Mecenas não se conformam com o fracasso do Atlético em 2022

Derrota de ontem para os reservas do Flamengo irritou de vez os mecenas do Atlético. Eles precisam de uma grande novidade para 2023, ano de inauguração do estádio. Gallardo, bicampeão da Libertadores, ganha força

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Bicampeão da Libertadores, Gallardo estará livre em 2023. Quer ir para a Europa. Mas pode mudar de ideia
Bicampeão da Libertadores, Gallardo estará livre em 2023. Quer ir para a Europa. Mas pode mudar de ideia

São Paulo, Brasil

Os planos para os bilionários mecenas que comandam o Atlético Mineiro eram simples.

2022 seria o ano da consagração.

Para atiçar sócios-torcedores e investidores no estádio, que ficará pronto em 2023.


Se, em 2021, o clube venceu a Copa do Brasil e o Brasileiro, a meta era a Libertadores, garantir a disputa do Mundial no próximo ano.

Não custa lembrar que a dívida do Atlético passa do R$ 1 bilhão. 


Os mecenas só colocam dinheiro nos jogadores e nos treinadores.

Depois que Cuca abandonou o clube, mesmo com uma campanha sensacional, a saída foi buscar o argentino Turco Mohamed. Mas ele sucumbiu diante do elenco de ótimo potencial, mas de jogo previsível. 


Os mecenas foram buscar de novo Cuca, que se resguardava, sonhando em suceder Tite na seleção. Não resistiu à tentação, apostando que ganharia a Libertadores e ficaria impossível não ser aclamado por todo o Brasil para assumir o comando do time da CBF.

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Fracassou. Não só na Libertadores como também no Brasileiro.

O Atlético ontem perdeu no Maracanã para os reservas do Flamengo. Despencou para a sétima colocação no Brasileiro.

A maior estrela, Hulk, tentou de sua maneira rústica mostrar que a situação não é tão ruim.

“Não pode desanimar, não pode achar que tá tudo, desculpa a palavra, uma mer..."

"Que tá tudo ruim. Tá, mas você tem que ter fé, você tem que trabalhar. O mesmo time, o mesmo grupo que está passando por essa situação não tão boa é o mesmo grupo que ganhou tudo ano passado", lembrava, tenso.

Cuca, completamente desgastado, pegou um caminho perigoso para explicar os fracos resultados. Acusar os jogadores e apelar para a estatística.

"Nós tivemos o domínio total do jogo, criamos as oportunidades, com o Nacho, e o Santos pegou, com o Ademir, o Santos pegou. E o que falta? Falar em números, assim, o número é o raio-X do jogo. Se você não falar em números, não é porque ganhou ou perdeu, os números são o raio-X do jogo. Eles vão te dizer de que forma seu time jogou."

"Nós tivemos mais posse de bola, dez escanteios contra nenhum, o dobro de finalizações, mas não fomos contundentes. A gente não tá sendo decisivo, e a diferença é essa. A gente está criando muitas chances para fazer poucos gols, diferente do que era antigamente, que nós tínhamos quatro ou cinco jogadores decisivos. E no momento, hoje, esses jogadores não estão sendo decisivos. E esse é o momento que a gente atravessa."

Bilionários são, geralmente, pessoas frias. Comprometidas com os resultados.

E, diante do fracasso que está sendo 2022, conquistas de Campeonato Mineiro e a Supercopa do Brasil não são significantes diante do objetivo, que era a Libertadores.

O questionamento recai sobre o organizador, o comandante: Cuca. Houve uma inversão. Ao assumir, Cuca exigiu ficar só até o fim desta temporada. Sair antes da Copa do Mundo, estando livre para a CBF chamá-lo para o lugar de Tite. A direção do Atlético insistia em um contrato até o fim do próximo ano.

Agora, os mecenas avisam que vão analisar o mercado para definirem se ficam com Cuca.

A expressão desolada de Everson, no gol de Everton Cebolinha, resume o espírito atleticano
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A situação já estava complicada.

Piorou porque há um novo elemento. E que já ganha espaço entre empresários e os bilionários que comandam o futebol atleticano.

Marcelo Gallardo.

O treinador, que ficou oito anos comandando de maneira brilhante o River Plate, disse que não seguirá no clube em 2023.

O seu plano é descansar por seis meses.

E depois assumir um clube europeu.

Mas os mecenas que já contrataram dois argentinos, Jorge Sampaoli e Turco Mohamed, têm possibilidade de investir em um terceiro.

Gallardo ganhou 14 títulos no River. Os principais são duas Libertadores, uma Sul-Americana e três Recopas. O argentino acompanhará a Copa do Mundo no Catar. E depois pretende ficar com a família, viajando, por seis meses.

A não ser que uma proposta extraordinária mude os planos do treinador de 46 anos.

O salário de Gallardo no River Plate era de 500 mil dólares mensais, cerca de R$ 2,6 milhões. 

2023 será um ano importantíssimo para o Atlético.

Por conta do estádio.

É necessário um grande atrativo, depois do fracassado ano de 2022.

Gallardo é um sonho distante.

Mas não impossível.

E que começa a ganhar forma, depois de o time ter despencado no Brasileiro.

Cuca, cansado de críticas, decidiu acusar os jogadores pela derrota. Péssimo caminho
Cuca, cansado de críticas, decidiu acusar os jogadores pela derrota. Péssimo caminho

Com Cuca acusando os jogadores.

Os mecenas que colocaram dezenas de milhões no time e nos treinadores.

Haverá uma enorme mudança no futebol atleticano.

Sem resultados, os bilionários trocam o que está dando errado.

Simples assim...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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