Cruzeiro fez sua aposta mais arriscada. Fernando Diniz. Fez o pior trabalho da história na Seleção. E deixou o Flu na lanterna do Brasileiro
O executivo Alexandre Mattos convenceu o bilionário Pedro Lourenço. E o ex-técnico do Fluminense e da Seleção foi contratado até o fim de 2025, para substituir Fernando Seabra. Empresários o avisaram que o português Luís Castro não aceitaria o cargo
Cosme Rímoli|Do R7
A escolha foi rápida, fulminante.
O executivo Alexandre Mattos recebeu o recado de empresários.
O português Luís Castro não quer voltar para o Brasil agora.
Mattos tem uma grande tendência por nomes midiáticos.
E resolveu apostar em um ex-treinador da Seleção Brasileira e atual campeão da Libertadores pelo Fluminense.
Fechou com Fernando Diniz.
Contrato até dezembro de 2025.
A mídia mineira não crava, mas comenta que os salários serão de R$ 800 mil mensais.
Diniz, de 50 anos, estava sem emprego.
Aliás, 2024 tem sido catastrófico para o técnico.
Ele conseguiu a pior sequência da história da Seleção Brasileira.
Primeira vez que o país perdeu três jogos seguidos nas Eliminatórias Sul-Americanas.
Primeira vez que o Brasil foi derrotado em casa nas Eliminatórias.
Teve apenas 38% de aproveitamento comandando o selecionado.
O Fluminense foi eliminado da fase decisiva do Carioca.
Foi mandado embora com a equipe na última colocação do Brasileiro, em junho.
E recebeu multa de R$ 6 milhões.
Estava tão afoito para trabalhar que foi treinar o time do filho, formado por estudantes de Medicina.
Alexandre Mattos não é obrigado a conhecer taticamente a formação de um time.
E a contratação de Fernando Diniz, neste momento mais crucial do ano para o Cruzeiro, é a prova.
O treinador costuma levar meses para implementar seu sistema tático.
Ele tem como dogma uma equipe que saia jogando da linha de defesa.
E exige movimentação constante do meio para o ataque.
Muitas vezes com a maioria do time de um lado só do campo.
Os jogadores da Seleção Brasileira simplesmente não entendiam o que ele queria.
O pouco tempo de treinamento sob o método de Diniz fez o Brasil passar vexames inéditos.
Quanto ao Fluminense, sua forma de jogar ficou decorada pelos adversários.
E o time passou a ser mais do que previsível.
Acumulou derrotas e obrigou a direção do clube a esquecer a conquista da Libertadores, em 2023.
O demitiu sem piedade.
Fernando Diniz saiu chorando do clube.
Ele assume um elenco sem o menor entrosamento.
Alexandre Mattos, ávido por comprar jogadores, trouxe sete reforços caros na janela do meio do ano.
O treinador Fernando Seabra não conseguiu dar conjunto, montar um time competitivo.
E agora está missão está nas mãos de Fernando Diniz.
Algo que ele jamais conseguiu.
Levou mais de um ano para montar o Fluminense que sonhava.
Agora, o Cruzeiro está em sétimo lugar no Brasileiro.
A missão é fazer o clube terminar pelo menos em quarto lugar.
E se classificar para a fase de grupos da Libertadores de 2025.
Além disso, o clube está nas quartas da Copa Sul-Americana.
Com a grande vantagem de ter vencido o Libertad, no Paraguai, por 2 a 0.
E fará, na quinta-feira, a partida de volta, no Mineirão.
Mattos já queria Diniz no comando do time.
O técnico aceitou.
Sua estreia está marcada.
O nome do treinador dividiu a imprensa mineira.
Há os entusiastas da fórmula de trabalhar, inspirada no Barcelona de 2010.
Há aqueles que só enxergam uma maneira de Diniz montar suas equipes.
O Cruzeiro gastou R$ 200 milhões na janela do meio do ano.
E, se chegar à Libertadores, deverá reforçar ainda mais o time.
Gabigol, Oscar e Dudu estão na mira.
Tudo dependerá do trabalho de Fernando Diniz.
A responsabilidade da escolha é toda de Alexandre Mattos...
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