Cruzeiro demite Abel. Contrata Adilson Batista. Desespero
Depois da derrota para o CSA, o Cruzeiro manda embora Abel. E contrata seu quarto treinador em 2019. Pânico da diretora pela chance de o clube ser rebaixado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Desespero e incompetência se juntam.
E o Cruzeiro troca de treinador pela quarta vez em 2019.
Os dirigentes acabam de acertar a demissão de Abel Braga, depois da derrota para o CSA, em pleno Mineirão, por 1 a 0.
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Depois de Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel, o clube na zona do rebaixamento, contrata Adilson Batista, que foi demitido do Ceará, depois da goleada por 4 a 1 para o Flamengo, na quarta-feira.
Adilson chega para três jogos.
Tentará evitar o inédito rebaixamento do Cruzeiro.
Vasco, no Rio de Janeiro, Grêmio, em Porto Alegre e Palmeiras, no Mineirão.
Se o clube perder as três partidas, já estará automaticamente na Segunda Divisão em 2020.
Rogério Ceni ficou oito jogos no Cruzeiro. E caiu porque perdeu o comando dos atletas veteranos ao avisar que haveria uma reformulação em 2020 e o time seria mudado.
Abel Braga, que conclamou um pacto de paz, entre os jogadores, dando voz aos veteranos como Fred e Thiago Neves, fez uma campanha vexatória.
Ficou 14 partidas. Ganhou ganhou três jogos, empatou oito e perdeu três. O time marcou dez gols e sofreu 11.
Quando Abel assumiu o comando, o Cruzeiro era 17º colocado, com 19 pontos em 21 rodadas.
Dois meses depois, a equipe segue na mesma posição, com 36 pontos em 35 jogos.
Foi o demitido vice de futebol, Itair Machado, que contratou Abel Braga. E ofereceu contrato até o final de 2020.
Depois de fazer o clube pagar R$ 2 milhões de multa para Rogério Ceni, Itair garantiu que Abel não teria multa alguma, caso fosse demitido. O treinador nunca confirmou essa informação.
O mando da partida contra o Palmeiras, na última rodada, corre risco. Talvez o STJD tire o jogo de Belo Horizonte.
Motivos não faltaram na derrota de ontem para o CSA.
A torcida do Cruzeiro paralisou a partida atirando sinalizadores para o gramado do Mineirão. A fumaça impediu por minutos que a partida continuasse.
Além disso, atirou garrafas de água no campo.
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Jogou água nos jogadores do Cruzeiro, depois da derrota.
Xingou muito Abel Braga.
O técnico não deu entrevista após o jogo.
Ele já havia entregado o cargo.
A diretoria do Cruzeiro aceitou.
Decidiu dar um 'choque' no elenco com a chegada de Adilson Batista.
Ele foi jogador do clube.
Sua primeira passagem como técnico foi a melhor de sua carreira.
Entre 2008 e 2010 ganhou dois Mineiros (2008/2009) e acabou vice da Copa Libertadores, em 2009, perdendo para o argentino Estudiantes de La Plata.
Depois de 2010, Adilson entrou em grande decadência. Treinou outros dez clubes. Depois de passagens rápidas por Corinthians e São Paulo, chegou a times muito mais humildes como Joinville, Atlético Goianiense, América Mineiro. Passou três anos sem comandar clube algum, entre 2015 e 2018.
Além da tentativa de salvar o clube do rebaixamento, a missão de Adilson é outra.
Desviar o foco do péssimo trabalho dos dirigentes.
Quatro treinadores em apenas 11 meses de 2019.
Inaceitável.
Como o clube ser investigado.
E virar caso de polícia.
O Cruzeiro está fazendo tudo para cair.
O trabalho fraco é digno da Segunda Divisão...
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