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Cosme Rímoli - Blogs

Cresce o movimento no Corinthians pela expulsão de Andrés Sanchez. Sua situação é crítica. Conselheiros insistem por seu banimento. Ele já pediu o afastamento do Corinthians

O pedido pela expulsão tem como base o gasto, que seria injustificado, de R$ 480 mil do Corinthians, de acordo com o Ministério Público. A acusação é gravíssima: apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsificação de documento tributário

Cosme Rímoli|Do R7

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Corinthians é responsável pelo Corinthians ter seu estádio. Ficou 17 anos no poder. E pode ser expulso do clube Divulgação/Corinthians

A pressão pela expulsão de Andrés Sanchez é imensa no Corinthians.

A começar por membros da principal torcida organizada, Gaviões da Fiel, que não querem que ele pise mais no clube.

Por conta da acusação, pelo Ministério Público, de apropriação indébita de R$ 480 mil do Corinthians; lavagem de dinheiro e falsificação de documento tributário.

A tensão é tão grande que o homem que dominou o clube politicamente por 17 anos decidiu pedir hoje seu afastamento do Conselho Deliberativo, onde é membro vitalício, como ex-presidente e também do Conselho de Orientação.


Alegou que enquanto durar o processo contra ele seguirá afastado.

Membros da situação, ligados ao presidente Osmar Stabile, e ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Junior, acreditam que o gesto de Andrés já indica o início do seu desligamento do Corinthians, que pode se tornar definitivo.


Tuma está chefiando a investigação de o Comitê de Justiça do Conselho Deliberativo faz sobre as acusações de irregularidade praticadas por Andrés. A começar pela denúncia do uso do cartão corporativo, que todo presidente corintiano tem direito, para uso próprio.

O Ministério Público decidiu detalhar para a imprensa quais seriam esses gastos.


Aquisição de dois relógios de luxo;

Compras no duty free, em lojas de roupas, em farmácias e em frigoríficos,

Atendimento em hospital;

Exames em laboratório de análises clínicas;

Serviços de barbearia:

Refeições em churrascaria e outros restaurantes.

Só que tem mais. Andrés teria ido para Fernando de Noronha, ilha onde o Corinthians não jogou, e gasto R$ 6,9 mil em um restaurante.

Não acabou.

R$ 9,4 mil em uma viagem, passeio a barco, hospedagem e alimentação em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte.

Local também onde o Corinthians não levou seu time.

São mais de 200 gastos com o cartão corporativo corintiano, garante o Ministério Público.

A denúncia não atinge só Andrés. Mas também o gestor financeiro Roberto Gavioli, que teria aceitado normalmente as despesas de Andrés.

O prejuízo ao Corinthians chegariam a R$ 480 mil.

Gavioli foi afastado do cargo de gerente financeiro.

Até os defensores mais ardorosos de Andrés estão calados.

O blog falou com dos deles e a postura é de recolhimento.

E deixar que Andrés prove que é inocente.

Mas ambos admitem que a pressão para a expulsão é imensa.

A possibilidade que Andrés se afaste espontaneamente do Corinthians, de maneira definitiva, é real.

Ele jamais foi tão rejeitado.

Pela situação e mesmo por membros da oposição.

As organizadas, que sempre o apoiaram, estão contra ele.

Principalmente a Gaviões da Fiel.

A defesa do ex-presidente se manifestou.

“A defesa de Andrés Navarro Sanchez, representada pelo advogado Fernando José da Costa, informa que foi surpreendida com o oferecimento de uma denúncia distribuída em apartado, sem juntada ao procedimento investigatório ao qual possui acesso.

“O teor da acusação só se tornou conhecido após coletiva de imprensa convocada pelo promotor responsável, que anunciou a denúncia por supostos delitos de apropriação indébita, crimes tributários e lavagem de capitais.

“A defesa destaca, desde já, a inépcia da peça acusatória e o evidente excesso na imputação, reiterando que a inocência de Andrés será comprovada ao longo do processo, agora presidido pelo imparcial Poder Judiciário.”

Andrés Sanchez se mostra encurralado.

Sem poder e com os setores mais influentes do clube, conselheiros, dirigentes e torcedores querendo sua expulsão.

Não há uma voz política importante no Corinthians que o defenda publicamente.

Em julho ele ‘explicou’.

Disse que se confundiu.

Usou o cartão do Corinthians como se fosse o seu.

E disse que gastou ‘só’ R$ 10 mil.

“Fala Fiel.

Logo que chegou a mim informação de suposta fatura com gastos pessoais meus não ressarcidos ao clube, da ordem de R$ 10 mil, solicitei que apurassem a veracidade dos fatos.

Confirmada a despesa, pedi que calculassem os valores, com juros e correção monetária, a fim de que eu possa providenciar de imediato a quitação dessa pendência.

Em mais de seis anos de mandato como presidente do Corinthians, tendo minha vida e da minha família vasculhada, nada foi encontrado. Assumo meus compromissos, resolvo os problemas e não terceirizo responsabilidades.

Sempre foi assim e sempre será assim."

Suas explicações não convenceram o Ministério Público.

E tudo indica que, grande parte de quem detém o poder do Corinthians, também não.

O processo para a expulsão nunca foi tão forte...

Veja também: Corinthians (W) - Ferroviaria (W) | PÊNALTI - Duda Sampaio

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