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Cosme Rímoli - Blogs

Tenso, Dorival viu o quanto o Corinthians precisa de reforços. Direção previu o desastre. Não o expôs contra o Flamengo. Ele exigiu contratações

Direção do Corinthians não se esforçou para registrar Dorival. Não queria que estreasse contra o Flamengo. Fez o certo. Sabia: a diferença entre dois times é gritante. Acertou em cheio. 4 a 0 foi muito pouco para o time carioca. Tenso, Dorival assistiu à goleada no Maracanã

Cosme Rímoli|Do R7

Pedro fez dois gols. Poderia ter marcado quatro. O sistema defensivo do Corinthians foi apático, inseguro, desarticulado Gilvan de Souza/Flamengo

Com semblante tenso, Dorival ocupava um dos camarotes no Maracanã.

Sentado ao lado de Fabinho Soldado, o executivo que o convenceu a ir para o Parque São Jorge.

Deve ter dado graças aos céus pelo bom senso de Fabinho.

Ele foi um dos principais artífices da ideia de o treinador estrear apenas contra o Novorizontino, na quarta.


Dorival acabou preservado do confronto contra o Flamengo.

Desde Ramón Díaz, no planejamento do clube, a partida era considerada dificílima.


Dorival foi poupado e assistiu à primeira partida como técnico do Corinthians.

Antes do jogo, ele havia passado no vestiário.


Cumprimentou os atletas.

E apenas conversado superficialmente com Orlando Ribeiro.

Toda a estratégia foi pensada, definida pelo interino.

Dorival teve o choque de realidade.

Depois de toda angústia que passou com a Seleção, sua vida não será fácil.

Orlando Ribeiro deu o tom certo após a partida.

Pediu desculpas aos corintianos, pelo vexame.

“Só pedimos desculpas ao torcedor. Sabemos o quanto é ruim voltarem para casa ou estarem em casa e apresentarmos essa derrota. O Corinthians é muito grande. Temos que seguir agora com o professor Dorival.”

Hugo falhou feio no terceiro gol do Flamengo. E ainda ouviu a torcida do rubro-negro ironizar. E gritar seu nome ALEXANDRE DURÃO/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO — 27.04.2025

Sonhando em se tornar um dos auxiliares de Dorival, o treinador interino tentou defender o elenco atual.

E buscou desculpas rasa para explicar o fracasso de hoje.

Perguntado se o time precisa de reforços, ele foi direto, firme.

“Não! Para fazer as alterações tem que ter um domínio total sobre o grupo. Quando fomos fazer a alteração, eles estavam prontos para entrar e teve o pênalti. Até aquele momento, eles conseguiram se estabilizar e não tomar gol. Quando fomos fazer as substituições, sai o pênalti e sofremos o gol. Acredito que foi uma situação circunstancial do jogo. Precisávamos esperar mais até para ver como ia se portar a equipe no segundo tempo. Mas, infelizmente, levamos mais um gol, e as substituições ocorreram quando estava 4 a 0.”

Romero foi muito mais sincero do que o técnico interino.

Eles foram bem superiores no primeiro tempo, acho que o jogo passou por aí. Além da tática, na parte mentalmente, a gente não se comportou bem, a gente não fez o que tinha que fazer em um clássico ou um jogo grande como esse.”

Sim, taticamente e até mentalmente.

O Corinthians foi uma equipe não só perdida, mas encolhida, travada, medrosa.

Os erros com Ramón Díaz só ficaram mais transparentes.

Os jogadores que formam o sistema defensivo corintiano são fracos, com exceção do goleiro Hugo e Angileri.

Quase o tempo todo calado, Dorival assistiu à exibição de gala do Flamengo.

O time de Filipe Luís fez o que quis com o estático Corinthians.

A equipe de Orlando Ribeiro pediu para ser goleada.

Espaçada, apática, com marcação frouxa pelas intermediárias e laterais.

Raniele perdido, Bidon travado pelo nervosismo, transpirando insegurança.

Carrillo muito mal posicionado, nem defendia, nem articulava.

Memphis visivelmente mal fisicamente, irritado com o fraco desempenho dos companheiros, sentiu uma lesão e saiu aos 39 minutos do primeiro tempo.

Já estava 3 a 0.

Romero correndo como um maratonista sem rumo.

Yuri, de nulidade assustadora, já que a bola não chegava aos seus pés.

O placar final, 4 a 0, foi muito modesto.

Memphis tomou uma pancada de Léo Ortiz. E deixou o campo. Mas já estava 3 a 0 para o Flamengo ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO — 27.04.2025

Matheuzinho e Angileri eram expostos às triangulações que o Flamengo fazia à vontade, pelos lados do campo.

Estavam sozinhos contra dois ou até três rivais, os volantes e meias de Orlando Ribeiro estavam paralisados.

O Corinthians parecia um time de pebolim.

Estático.

O miolo da zaga, com André Ramalho e Gustavo Henrique, desprotegidos, eram um convite ao prazer, para o ataque fulminante do Flamengo.

Hugo, uma pilha de nervos, ainda deu um gol para Pedro, cometendo outro erro bizarro na sua carreira.

Em vez de chutar a bola para a frente, quis passá-la e ela foi direta para o pé do atacante, que só empurrou para as redes.

Além de taticamente mal distribuídos, os corintianos mostravam individualmente que Dorival Júnior estava mais do que certo.

Ele só aceitou o Corinthians quando ouviu a promessa: o time terá reforços importantes no meio do ano.

A busca é por volantes e zagueiro de alto nível.

O Flamengo no primeiro tempo chegou a ter 72% de posse de bola, dar seis chutes a gol, contra nenhum do Corinthians.

Com a derrota, o clube despencou para a 11ª posição.

Dorival Júnior assumirá o time amanhã, quando será anunciado oficialmente.

E inscrito na CBF.

Dorival Júnior acompanhou tenso a goleada que o Corinthians, seu nome clube sofreu. E não quis falar no Maracanã Rubens Chiri/São Paulo

Ele preparará para o jogo pela Copa do Brasil, o Novorizontino, em Novo Horizonte.

Partida contra time da Série B, muito mais fácil do que contra o Flamengo.

Dorival Júnior evitou a imprensa hoje, após o jogo.

Vai pensar melhor no que falar amanhã, quando deve ser sua apresentação.

Tudo que dissesse hoje só poderia comprometer seu próprio trabalho.

O Corinthians teve atuação vergonhosa.

Esse time precisa de treinador com capacidade tática.

E também de reforços.

O elenco já mostrou suas limitações.

A diretoria, mesmo endividada, não tem outra saída.

A não ser contratar.

Se quiser viver o Brasileiro longe da zona do rebaixamento...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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