Corinthians não vai rescindir contrato com Memphis. Não há saída legal. O clube seguirá pagando R$ 6 milhões, por mês, ao holandês, até junho de 2026. E Dorival venceu. Sem treino aberto

Três conclusões na aguardada entrevista coletiva de Osmar Stabile.

A primeira: o Corinthians não rescindirá o contrato de Memphis Depay.

Advogados ligados a Stabile estudaram o contrato assinado na gestão do afastado presidente Augusto Melo.

Buscavam brecha para rescisão ou, ao menos, ter amparo legal para propor a redução nos vencimentos, que batem nos R$ 5,5 milhões mensais. Ou até R$ 6 milhões, com conquistas de títulos.

Salário exorbitante para um clube grande brasileiro normal. Ainda mais para o Corinthians, que vive sérios problemas financeiros, com dívidas acumuladas de mais de R$ 2,5 bilhões.

Só que não há saída.

O contrato foi muito bem ‘amarrado’.

Memphis poderia recorrer à Fifa e receber o dinheiro que o Corinthians se comprometeu a pagar. Não importa se o contrato foi assinado pelo presidente afastado.

A participação de 50% da patrocinadora Esporte da Sorte é fundamental.

“Existe um contrato e vamos cumprir. Não tem como ser diferente. Ele está trabalhando dentro daquilo que foi estabelecido em contrato e nós estamos cumprindo também. Pagamos, está tudo em ordem, não tem problema nenhum.

“Pagamos direitos de imagem, premiação e vamos cumprir com as outras duas parcelas combinadas dentro do cronograma estabelecido”, disse Stabile, que cobrou a casa de apostas, pela participação no pagamento. E foi atendido.

Explicando: Memphis tinha direito a R$ 6 milhões de premiação pela conquista do Paulista. O Corinthians atrasou o pagamento, o que irritou profundamente o meia.

A direção interina disse não ter como pagar tudo de uma vez. E dividiu esse pagamento em três vezes. Pagou a primeira no início do mês. E pagará as duas nos próximos meses.

Memphis também ficará porque não teve proposta de clubes europeus. Nenhum disposto a pagar quase um milhão de euros por mês.

Primeiro assunto resolvido.

O segundo é a vontade de Osmar Stabile ficar no poder por mais um ano e meio. Ele era vice de Augusto Melo, que foi afastado do cargo, acusado de improbidade administrativa.

Stabile tem a obrigação de convocar os sócios para efetivar ou não o impeachment de Melo, o que deve acontecer, com larga maioria.

Ele deveria convocar novas eleições.

Mas tem a pretensão de entrar com pedido para o Conselho Deliberativo e ficar até o final de mandato que era de Melo.

Ou seja, até dezembro de 2026.

“Eu quero continuar a ajudar o Corinthians. Ficar e complementar as mudanças necessárias no clube.”

Entre elas, alterar o estatuto, permitindo, por exemplo, votos de sócios-torcedores para presidente. E criar um novo departamento que cuide só do futebol, sem ter ligação com a vida social do Corinthians.

‘Uma SAF que pertença ao clube’, brinca um dos grandes apoiadores de Stabile ao blog.

A terceira decisão.

Nada de treino aberto amanhã, véspera do jogo contra o Palmeiras.

Dorival Júnior ficou irritadíssimo quando soube dessa possibilidade.

Porque ele pode tentar surpreender Abel Ferreira, montando o Corinthians de forma mais competitiva, com mais jogadores no meio-campo.

Pode articular o time no 3-5-2.

E para isso precisa de sigilo.

O treinador não sabia do pedido das organizadas à direção do clube e passou por constrangimento desnecessário após a partida contra o Botafogo. Ele foi perguntado sobre o assunto e não sabia o que dizer. Porque nem imaginava a possibilidade.

O que ficou de ser articulado foi o treinamento aberto na próxima terça-feira, quando a partida da quarta-feira, da próxima semana, que decidirá uma das vagas para as quartas da Copa do Brasil, será no Allianz Parque. A de amanhã será em Itaquera.

As organizadas corintianas farão encontro com o ônibus corintiano na quarta-feira, às 19 horas, antes da partida, para motivar ainda mais os jogadores.

O ‘não’ ao treino aberto amanhã foi uma vitória de Dorival Júnior...

Oferecimento Magalu.

Tudo que você precisa, tem no Magalu.

Baixe o APP!