Corinthians não tem paz nem vencendo. Jogadores insistem por Lázaro. Diretoria enfrenta time e quer português
Diretoria não que levar em consideração a confiança do grupo, depois de três vitórias seguidas, com o 'time dos sonhos' em campo. Vira as costas para Lázaro e implora por um português
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Três vitórias.
Renato Augusto, Giuliano, Willian, Paulinho e Róger Guedes.
Juntos, felizes, alegres, unidos.
E o Corinthians aplaudido, torcida gritando olé, em pleno estádio de Itaquera.
Fernando Lázaro abraçado por jogadores, comissão técnica, após a vitória por 3 a 0 contra o São Bernardo. Nove pontos conquistados em nove disputados.
Confiança recuperada do elenco.
Róger Guedes, o jogador mais reclamão do elenco, estava especialmente grato a Lázaro. Depois do fraquíssimo primeiro tempo de ontem, improvisado como atacante, a tendência era que fosse substituído por Jô.
Mas Lázaro deu uma demonstração de apoio incondicional. Deixou-o na equipe, com mais liberdade para se movimentar pelas laterais do campo, desde a linha do meio-campo, acreditando no seu arranque. Deu mais do que certo.
Róger Guedes virou mais um defensor do trabalho de Fernando Lázaro. Ele e os líderes do elenco, Gil, Cássio, Renato Augusto e Fagner querem a confirmação do interino como técnico. Depois de toda a insegurança de Sylvinho, que mudava constantemente de esquema. Não sabia como lidar com o potencial do time. O Corinthians tem sua forma muito bem desenhada de atuar, no 4-1-4-1, com a palavra sonhada pelos jogadores do meio para a frente: liberdade.
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Só que a diretoria se mostra cada vez menos disposta a apostar no interino.
Ainda mais depois que o presidente Duilio Monteiro Alves se comprometeu publicamente. Disse que quer treinadores estrangeiros.
"Minha cabeça mudou", vem repetindo, depois de conversar com vários treinadores portugueses que o interessaram. Técnicos acessíveis ao clube e que não estão entre os melhores do mundo. Treinadores de equipes médias, até com passagens rápidas por clubes grandes.
Mas a maioria desempregada.
Vários nomes se sucederam como favorito a assumir o clube ao longo dessas duas semanas.
Em Itaquera, ontem, após a vitória diante do São Bernardo, conselheiros ligados ao diretor Roberto de Andrade confirmavam que a vontade dele e de Duilio é contratar um técnico por dois anos, que trabalhe com a categoria de base. E que desse seu sim até amanhã, sexta-feira.
E assumisse a equipe na próxima semana, com Fernando Lázaro se despedindo diante do Botafogo, no sábado.
Esses conselheiros garantem que a última tentativa seria feita em relação a um sonho: Jorge Jesus. Se a resposta for o esperado não, Luis Castro, português que comanda o Al-Duhail, do Catar, teria a chance de assumir o cargo. Apesar de multa rescisória e da concorrência do Botafogo, agora do multimilionário John Textor.

O conflito é evidente nos bastidores do clube.
O medo de Duilio e Roberto de Andrade em fixar Lázaro é em torneios fundamentais para a vida financeira do Corinthians neste ano: a Libertadores, a Copa do Brasil e o Brasileiro.
No planejamento do clube, a busca é de, pelo menos, semifinais de Libertadores e Copa do Brasil. E classificação para a Libertadores de 2023. Evidente que títulos são mais do que desejados.
Quem está no foco desse conflito garante que não quer assumir o comando do futebol do Corinthians.
Fernando Lázaro.
Ele vem repetindo aos dirigentes que precisa adquirir mais experiência, antes de assumir o Corinthians. Lázaro tem 40 anos e dirigiu a equipe cinco vezes. Duas no ano passado, quando Mancini foi demitido. E três neste ano. Com cinco vitórias.
A diretoria o quer com auxiliar fixo do Corinthians.
Venha o treinador que vier, com a comissão técnica grande o quanto for. Lázaro não deixará o clube.
Os jogadores seguem firmes.
Não querem a mudança de filosofia, da maneira de trabalhar, nem de treinar fisicamente, adotadas por Fernando Lázaro.
Mas a decisão está com Duilio.
E ele segue firme.
Quer um português no Corinthians.
O empresário Giuliano Bertolucci tenta o "impossível", Jorge Jesus.
Enquanto Duilio e Roberto Andrade se fixam nos possíveis.
E não querem olhar para Fernando Lázaro...
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