Corinthians faz de tudo para blindar Cássio. António Oliveira se expõe para proteger o goleiro, que é seu líder
O melhor goleiro da história do clube falhou feio ontem, em Caxias. Foi o responsável direto pela derrota diante do Juventude. Mas o treinador corintiano está encurralado. Cássio é o seu grande líder, o jogador que lhe deu apoio total ao chegar no Parque São Jorge. António se mostra dividido
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O normal em uma equipe de futebol é colocar na reserva o jogador que está falhando.
Justo com o time, com o seu suplente.
Mas há atletas com muito crédito, currículo, e cujas fases são mais perdoadas do que as de outros.
É o que está acontecendo com Cássio.
Ele é o melhor goleiro da história do clube.
Acumula mais de 700 partidas como a segurança da equipe.
De longe é o atleta que mais treina, que mais se dedica.
Ao longo dos anos, os treinadores o usaram como exemplo.
Como faz António Oliveira, que o fez capitão, não por acaso.
O escolheu por seu talento, personalidade agregadora, e principalmente, por sua coragem.
Nas vitórias ou nas derrotas, ele não foge da imprensa.
Explica aos jornalistas os erros do time e também não esconde os seus.
Em 2024, ele acumula ótimas partidas.
Mas também erros, que seriam aceitos ou passariam despercebidos, desde que o Corinthians tivesse um elenco muito mais forte.
Porque, com o time em eterna formação, com jogadores que chegaram em diferentes situações físicas, e em momentos diferentes, uma falha de Cássio pode custar muito caro para o clube.
Foi o que aconteceu ontem em Caxias do Sul.
O goleiro de 36 anos falhou nos dois gols do Juventude.
E o Corinthians não teve como fugir da derrota.
Ele não fugiu das entrevistas, após a partida.
“O primeiro tempo foi equilibrado, e o segundo tivemos oportunidade e não fizemos. No segundo gol, acabei errando e dando passe muito ruim para o Félix Torres, e ocasionou de eles roubarem a bola e fazerem o gol. Tivemos erros capitais que originaram nossa derrota.”
Na verdade, Cássio já havia falhado feio no primeiro gol, no chute cruzado, mas defensável, de Jean Carlos. O de Lucas Barbosa só selou o fracasso.
Carlos Miguel, goleiro reserva, tem treinado muito bem.
Só que António Oliveira acredita que iria criar um clima de instabilidade se tirasse o seu capitão.
Se transformasse em reserva, o homem que escolheu como líder, se arriscaria a perder a confiança dos outros jogadores.
Por isso, mais uma demonstração de apoio para Cássio.
Ele será o titular em Bragança, contra o Red Bull Bragantino, no sábado.
Partida de alto risco para o já pressionado time de Oliveira.
E que o Corinthians precisará pontuar.
Já tem uma derrota e um empate no Brasileiro.
Cássio precisa retribuir o voto de confiança.
Não só do português, mas de todo o elenco.
O melhor goleiro da história do Corinthians terá de dar sua resposta.
Se merece seguir como titular.
A fragilidade e o improviso na montagem do elenco estão caindo sobre ele...
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