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Cosme Rímoli - Blogs
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Corinthians e PM com medo do Palmeiras. Jogadores e o presidente terão segurança reforçada, antes, durante e depois do clássico

Depois de desmoralizantes, e perigosas, invasões de torcedores ao Centro de Treinamento, ‘caçando jogadores’ e do Parque São Jorge, com membros da Gaviões da Fiel cobrando Augusto Melo, na sua mesa, a Polícia Militar recomendou ‘esquema de guerra’ contra o Palmeiras, segunda-feira, no Allianz Parque. Time e dirigentes terão dobrada a segurança. Assim como será na sede corintiana

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Presidente do Corinthians garante a torcedores, que invadiram sua sala. 'Não vou renunciar' Reprodução/Redes Sociais

A cena não poderia ser mais deprimente.

Torcedores da Gaviões invadiram ontem o Parque São Jorge.

Foram diretamente para o quinto andar do prédio administrativo.

Sabiam que era a sala da presidência.

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E garantiram que não sairiam de lá sem falar com Augusto Melo.

O presidente foi alertado por funcionários do Corinthians.

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Melo, temendo ser agredido, mandou que a Polícia Militar fosse chamada.

Só quando os soldados chegaram foi que ele resolveu encarar os corintianos.

E fez o que mais gosta de fazer.

Prometer.

Acompanhado também por membros de sua diretoria, Augusto Melo caminhou em direção a Alexandre Domênico Pereira, presidente da Gaviões da Fiel, com quem conversa constantemente.

E na frente dos cerca de 30 torcedores que estavam na sala, ele fez questão de mostrar a proposta de patrocínio máster que recebeu de uma empresa. De acordo com conselheiros, de nova casa de apostas, depois da desistência da VaideBet, alegando a possibilidade de corrupção no contrato.

“Parceria está aqui. Acabei de receber a proposta. Vou te mostrar aqui a proposta de máster.

“Tá aqui, Alê (presidente da Gaviões). P****, a gente está trabalhando em cima disso.

Meu, são milhões.

“Não é questão de mil reais, cem mil reais. É milhões, Alê.

“Está aqui, cara. Olha aí, bicho. É tempo, cara. A gente está fechando, a gente está sangrando para buscar patrocínio, cara.

“São cinco meses de gestão. O que vocês querem que a gente faça?

“Os caras (antigas diretorias) deixaram um rombo do cara...aqui,

“Os caras estão manipulando tudo para a gente não contratar jogador.”

Depois desta declaração, gravada por um torcedor que estava na cabeceira da mesa, Augusto Melo ainda se dispôs a ouvir cobranças.

Recheadas de palavrões, os torcedores cobraram o time seguir na zona do rebaixamento, ameaçado pela Segunda Divisão.

Insistiram na prometida chegada de reforços.

O dirigente respondeu que havia pedido o prazo aos torcedores, até o fim da janela do meio de ano, que começará em 10 de julho e vai até 2 de setembro.

Mas Melo voltou a ser cobrado que o time precisa reagir e já.

Depois de 12 jogos, 36 pontos possíveis, o Corinthians tem apenas 9, na antepenúltima colocação.

Para piorar, ele foi ainda mais cobrado.

Os torcedores disseram que ‘não vão admitir’ derrota contra o Palmeiras, na segunda-feira.

Se não, a situação vai piorar ainda mais.

Melo garantiu que a reação começará contra o grande rival.

Pediu que confiassem no time, que dessem força aos atletas.

E pressionar, ameaçar, só atrapalhará a concentração dos jogadores.

Não recebeu respostas convincentes.

Mas repetiu que o ‘dinheiro vai entrar’ a começar do patrocínio máster.

Do acordo de transmissão com a televisão, com o clube encaminhando o acordo de R$ 1,1 bilhão com a Liga Forte União por cinco anos.

Os integrantes da Liga Forte União são Athletico, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude.

E Melo ainda fez outra promessa.

Mesmo acuado politicamente.

“Não vou renunciar, como eles querem.”

A postura dos torcedores não foi de apoio foi de cobrança.

Deixaram sérias dúvidas se não irão fazer novas manifestações.

Ameaçando jogadores, Comissão Técnica.

Assim que eles foram embora, houve uma conversa entre Melo e o comando da PM.

E haverá policiamento reforçado acompanhando a delegação corintiana antes, durante e depois do jogo de segunda-feira.

Melo também já está andando com seguranças.

A Gaviões havia combinado um ‘plano de ação’, ontem.

Enquanto 30 torcedores invadiram o Parque São Jorge, outros 30 invadiram o Centro de Treinamento.

Mas era folga para os atletas.

Eles não encontraram jogadores, que eram alvos dos torcedores.

Há um grupo que pressiona o presidente Alê a parar de apoiar Augusto Melo.

E partir para a pressão, querendo sua renúncia, de qualquer maneira.

Há a formação de uma frente única de oposição se articulando pelo impeachment.

Como a PM alertou, o clássico contra o Palmeiras terá um peso enorme para o futuro do Corinthians.

Principalmente de Augusto Melo.

Esta foi a nota oficial sobre as invasões.

“Na tarde desta quinta-feira (27), torcedores invadiram o CT Dr. Joaquim Grava e a Sede Social do Clube, no Parque São Jorge para protestar contra os últimos resultados da equipe principal masculina de futebol do Corinthians.

No CT, a invasão foi feita com um corte em uma das grades e houve disparos de fogos e rojões. Os atletas e comissão técnica estavam de folga, portanto, não viram o protesto. Os membros da torcida foram contidos pela equipe de segurança.

Em seguida, estes mesmos se dirigiram ao Parque São Jorge, invadiram pela portaria principal e pelo estacionamento, após isso quebraram os trincos das portas do andar onde fica a sala da presidência.

O ato não foi pacífico, como em outras vezes, apesar de ninguém ter se machucado.

A Polícia Militar foi acionada quando os indivíduos estavam na Sede Social e, além de controlar a situação, deram todo o suporte ao Corinthians.

Também estiveram presentes as Autoridades Policiais do Distrito da área e da DRADE, que registraram boletim de ocorrência a respeito dos fatos.

O Clube agradece aos policiais militares da 5ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar, à Força Tática também do 8º Batalhão, à equipe de Patrulhamento do Choque, além dos delegados, investigadores e escrivães da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e do 52 DP.

Por sempre ter estabelecido um diálogo aberto e idôneo com todas as torcidas organizadas do clube, a diretoria repudia veementemente os atos de hoje. A cobrança pacífica sempre terá a compreensão de todos, mas invasões e ameaças são lamentáveis, independentemente de qualquer coisa.”

Só que foram quebradas portas de vidro no Parque São Jorge.

E a grade Centro de Treinamento foi cortada.

Além de um singelo recado nos muros da sede social corintiana.

“Acabou a paz”, decretaram os torcedores...



Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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