São Paulo, Brasil
O diagnóstico trouxe imediata preocupação.
Covid.
No mínimo, uma semana sem jogar.
Jandrei foi diagnosticado com a doença e afastado dos treinamentos.
Justo em um período em que o São Paulo terá dois clássicos pela frente.
O Corinthians, no sábado. E o Palmeiras, daqui a uma semana, na próxima quinta-feira, dia 10 de março.
Todos os olhos no CCT da Barra Funda se voltaram para Tiago Volpi.
Justo o goleiro que estava profundamente magoado, abatido por ter perdido a posição de titular.
Depois de 12 anos como titular nas equipes pelas quais passou – São José, Luverdense, Avaí, Querétaro (México) – e dois anos no próprio São Paulo, a decepção de virar mera opção no banco de reservas. Com direito até à comemoração de torcedores nas redes sociais.
Rogério Ceni já havia avisado aos goleiros do São Paulo que a hierarquia em 2022 estava decidida, depois de um curto período de revezamento. Jandrei passou a ser o goleiro titular absoluto. Volpi, seu reserva. E Thiago Couto, o terceiro arqueiro.
O fator que deu a titularidade a Jandrei foi a confiança.
Tiago Volpi se reapresentou neste ano muito obcecado em conseguir reverter suas atuações ruins em 2021. Principalmente contra o Palmeiras, pela quartas da Libertadores, e diante do Fortaleza, pelas quartas da Copa do Brasil.
Só que soube que a posição de goleiro titular do São Paulo não era mais sua. E que teria de disputá-la com Jandrei. Situação que o incomodou. Mas ele se manteve discreto.
Ceni escolheu o recém-chegado, que era reserva do Santos, como seu goleiro de confiança.
Volpi tem contrato até dezembro de 2023.
Foi comprado por R$ 21 milhões pelo clube, em 2020.
Já disputou 190 partidas.
O treinador, que foi goleiro titular do São Paulo por 25 anos, teve uma conversa reservada com Volpi. E mostrou ao jogador que esta é uma inesperada e grande chance.
Ganhar de novo a confiança dos torcedores e da própria diretoria do São Paulo.
Mas, se Volpi voltar a falhar contra Corinthians e Palmeiras, for o responsável direto por derrotas do São Paulo, sua situação poderá mudar de vez no Morumbi.
Tornando seu ambiente insuportável.
Conselheiros garantem que o questionado goleiro recebe cerca de R$ 700 mil, entre luvas e salários.
Algo completamente desproporcional para um reserva.
Ceni exige a reação do goleiro de 31 anos nos clássicos.
Não haverá meio-termo, nem desculpa.
Ou ele se impõe e volta a mostrar o futebol que convenceu os dirigentes do São Paulo a contratá-lo...
Ou poderá até ser emprestado no Brasileiro.
R$ 700 mil é um salário alto demais para um reserva no São Paulo.
Clube que deve mais de R$ 600 milhões...
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