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Corinthians deve ser punido. Presidente pressiona juiz no vestiário

Cena de várzea. Presidente corintiano cobra juiz de jogo no vestiário, por pênalti. Invasão pode custar a perda de mando de jogos

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, cobra árbitro no vestiário. Situação varzeana
Presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, cobra árbitro no vestiário. Situação varzeana

São Paulo, Brasil

35 minutos do primeiro tempo, em Itaquera.

Falta para o Internacional. A bola vai em direção a Victor Cuesta, impedido. Mas Jô se precipita sobre o zagueiro, o derrubando. 

Marcelo de Lima Henrique marca a penalidade. 


O VAR levou quatro minutos para confirmar o pênalti.

Carlos Eduardo Nunes Braga era o responsável pela arbitragem em vídeo.


Apesar de estar na posição de impedimento, a bola não havia chegado ainda no jogador, por esse motivo a penalidade foi confirmada.

Edenílson marcou. Depois, Jô empataria, no segundo tempo.


Foi a 11ª partida de Sylvinho, com apenas duas vitórias. O Corinthians é o décimo no Brasileiro.

Mas o que saiu totalmente do roteiro e que deve ter consequências para o clube foi a atitude da diretoria, no intervalo do jogo.

O presidente Duilio Monteiro Alves, e o gerente Alessandro, cobraram, pressionaram o árbitro no vestiário. Reclamaram com Marcelo de Lima Henrique que, não teve saída, a não ser explicar o lance aos dois. Que não saíram convencidos.

A cena é bizarra. Digna de várzea. Não é possível que na elite do futebol brasileiro, dirigentes fiquem de tocaia nos árbitros, questionando suas decisões.

A postura dos dirigentes pode resultar em perda de mando de jogos do Corinthians.

Victor Cuesta estava em impedimento. Jô fez a falta antes do zagueiro tocar na bola
Victor Cuesta estava em impedimento. Jô fez a falta antes do zagueiro tocar na bola

O presidente Duílio Monteiro Alves foi direto nas suas redes sociais.

"Hoje, na Neo Química Arena, tentam explicar que um jogador do Inter estava em posição irregular para fazer gol, mas estava legal para sofrer pênalti. Como esse tipo de injustiça pode ocorrer na era do VAR?"

"Vamos pedir imagens e áudio do VAR, que foi operado pelo mesmo Carlos Eduardo Nunes Braga daquele pênalti inaceitável do Piton contra o America-MG, na Copa do Brasil", escreveu o presidente do Corinthians.

O ex-presidente e hoje diretor de futebol, Roberto de Andrade, avisou que o Corinthians pediu oficialmente para a CBF o áudio do VAR, nos quatro minutos que antecederam a marcação do pênalti. E ainda criticou a transmissão do Premiere, canal pay-per-view da Globo.

"Já solicitamos à CBF o áudio do VAR, porque queremos entender o que aconteceu em cinco minutos, se o árbitro disse que estava impedido, porque não disse que o jogador participou da jogada? Todo mundo viu!"

"A TV também não repetiu o lance do pênalti, passou uma vez, o comentarista tinha dito que estava impedido, aí cinco, 10 minutos depois, disse que não, que estava certo. Isso é um conluio, todos juntos, são corporativistas, árbitros, VAR... Não sei pra que tem. É uma despesa desnecessária. O VAR está lá para corrigir erros, e hoje foi um erro. Só isso que eu queria entender."

O Corinthians não aceitará Carlos Eduardo Nunes Braga comandando o VAR nas suas partidas.

Será a primeira tentativa de veto de árbitro de vídeo no Brasil.

Mas a invasão de dirigentes no vestiário, cobrando Marcelo de Lima Henrique, deverá ter consequências...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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