Conselheiros do Santos já se posicionam contra a contratação de Cuca. A oposição é fortíssima. Sampaoli e Ceni sãos favoritos
Já é certo que Carille não seguirá em 2025, mesmo com o clube voltando da Segunda Divisão. O presidente Marcelo Teixeira analisa os nomes. Além de Jorge Sampaoli e Rogério Ceni, surgiu o de Cuca. Só que conselheiros influentes não aceitam a volta do técnico
Cosme Rímoli|Do R7
Marcelo Teixeira promete uma profunda reformulação em 2025.
Com o clube esquecendo o rebaixamento, o time de potencial inconstante, montado em 2024.
O próprio Carille sabe que não seguirá como técnico, mesmo comandando a volta da equipe à Série A.
O presidente santista já busca, de maneira mais que discreta, jogadores para a nova temporada.
E quer definir, o mais rápido possível, o novo técnico, que assumirá assim que acabar o Brasileiro da Segunda Divisão.
O primeiro nome que surgiu para o dirigente é o de Jorge Sampaoli, que está desempregado.
O argentino já trabalhou na Vila Belmiro.
É conhecido por seu temperamento difícil, mas sabe como montar uma equipe ofensiva.
Exigência absoluta do dirigente, algo que, nem de longe, tem com Carille.
O segundo técnico que surgiu para ser discutido é Rogério Ceni.
O fato de ser o maior ídolo da história do São Paulo não pesa.
A rivalidade não é tão grande como já foi no passado.
Afinal, Carille foi campeão brasileiro com o Corinthians.
A direção santista acompanha os difíceis momentos de Ceni no Bahia.
Caso ele seja demitido, a possibilidade de investida é grande.
Tudo se complicou, no entanto, quando o nome de Cuca surgiu.
Ele já foi jogador do Santos.
E treinador do clube por três vezes.
Seu último trabalho na Vila Belmiro foi ótimo.
Levou uma equipe razoável ao vice-campeonato da Libertadores.
Só que as acusações legais que sofreu, quando ainda era jogador, na Suíça, e tão divulgadas pela imprensa em geral, ainda pesam.
Por mais que o processo tenha sido extinto.
E legalmente é como se o caso não houvesse existido.
Mas todos sabem das pesadíssimas acusações.
Mesmo campeão da Libertadores, não conseguiu ficar mais do que duas partidas no Corinthians, em 2023, diante da pressão da mídia, de membros importantíssimos da direção e dos torcedores nas redes sociais, com ameaça de boicote aos patrocinadores do clube da capital paulista.
Cuca renunciou.
Assumiu o Atlético Paranaense depois do processo encerrado, anulado, na Suíça.
Em março deste ano.
As organizadas do Athletico avisaram que não tolerariam protestos de torcedores ou torcedoras comuns contra o técnico.
A direção do clube do Paraná o bancou, deu todo respaldo.
E foi assim que ele ganhou o título paranaense.
Mas em junho, três meses depois, pediu demissão, de modo surpreendente.
Por conta dos fracos resultados do time.
Não tolerou as vaias da própria torcida.
O homem que comanda o Athletico Paranaense, e que serviu de escudo para a contratação de Cuca, Mario Celso Petraglia, desabafou, com a saída repentina.
“Botamos a cara a tapa para amenizar seu desgaste havido com a torcida do Corinthians, que lavou a ropa suja do seu passado não resolvido! Prometo que não seremos doravante mais usados e abusados pelo mau-caráter de pessoas que pela nossa resiliência aceitamos ajudá-las! Foi o que ocorreu com o Cuca, o qual nos usou e depois nos traiu!”
A dura declaração de Petraglia foi respondida pelo técnico.
“Vestiário é sagrado! Em décadas de futebol, aprendi que uma das funções de um comandante é proteger seu grupo de jogadores. Quando a temperatura está quente, meu papel é baixá-la. Ontem precisei interferir nesse sentido. Jogadores arrasados que precisavam de acolhimento e não de mais cobranças e julgamentos. Quando entramos na roda de oração pós-jogo, com todos desolados, não era hora de se buscar culpados.
“Tentaram!
“Me senti obrigado a assumir toda a responsabilidade e colocar meu cargo à disposição, como forma de resguardar o grupo.”
2024 é ano de centenário no Athletico.
Depois da súbita saída de Cuca, o clube entrou em parafuso.
Está até ameaçado de rebaixamento no Brasileiro.
Marcelo Teixeira foi avisado por conselheiros que o apoiam da situação de Cuca.
Mesmo com o processo legal extinto, segue a rejeição ao técnico.
E o presidente acabou lembrado das demissões intempestivas do treinador.
Tudo que o dirigente quer é um projeto com base sólida.
Até pelo menos o final de 2025, ano de reestruturação.
Por isso se torna quase impossível a contratação de Cuca.
Sampaoli e Rogério Ceni são, hoje, dia 10 de outubro, os favoritos a assumirem o Santos.
Carille já sabe que não ficará...
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O Peixe entrará em campo novamente no sábado (12) pela 31ª rodada da Série B.
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