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Com toda liberdade, Cano marca três gols e implode o São Paulo. Luta pela Libertadores se complica de vez para o time de Ceni

Fluminense, de Fernando DIniz, fez o que quis com assustado São Paulo, no Maracanã. Cano, em 13 minutos, conseguiu marcar três gols. Vitória fácil por virada: 3 a 1. O argentino chega a 42 gols em 2022

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O argentino marcou três gols contra o São Paulo. Time de Ceni de joelhos diante do artilheiro do Brasil
O argentino marcou três gols contra o São Paulo. Time de Ceni de joelhos diante do artilheiro do Brasil O argentino marcou três gols contra o São Paulo. Time de Ceni de joelhos diante do artilheiro do Brasil

São Paulo, Brasil

Três zagueiros.

Mais jogadores nas intermediárias para proteger a defesa

Movimentação do argentino decorada.

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Mas nada disso adiantou.

Bastaram 13 minutos e Cano implodiu o São Paulo no Maracanã.

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Era a virada, já que o Luciano havia marcado 1 a 0 para os paulistas, no primeiro tempo.

Na melhor temporada de sua vida, o atacante de 34 anos chegou a 42 gols na temporada de 2022.

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24 só no Campeonato Brasileiro.

Seus gols de hoje complicaram demais o clube paulista.

Com a derrota, de virada, por 3 a 1, o São Paulo tem seriaemente arriscada sua classificação para a Libertadores de 2022, travado na oitava colocação.

Já o Fluminense, surpreendente, chegou ao segundo lugar do Brasileiro.

O time de Fernando Diniz deu um show de futebol ofensivo, com movimentação constante, intensa, vibrante, que fez o que quis do São Paulo. 

Foi indecente o domínio da equipe carioca.

3 a 1 foi muito pouco.

O São Paulo escapou de uma goleada histórica.

E, agora, precisa desesperadamente vencer Internacional e Goiás.

Cano se tornou o segundo maior artilheiro do ano no mundo. Só atrás de Mbappé
Cano se tornou o segundo maior artilheiro do ano no mundo. Só atrás de Mbappé Cano se tornou o segundo maior artilheiro do ano no mundo. Só atrás de Mbappé

Além de torcer contra o Fortaleza e Goiás, na briga pela oita colocação.

Vexame para o clube que é tricampeão mundial.

De nada adiantou a diretoria, mesmo com dívidas de mais de R$ 700 milhões, conseguir dinheiro para pagar parte de dois meses de salários e até três, em alguns casos, de direito de imagem. A quantia foi paga ontem, como incentivo para o jogo de hoje.

"No primeiro tempo o goleiro foi muito bem, pegou várias bolas boas. Tivemos experiência e paciência, nunca é demais. Sempre acreditamos até o final. Consegui fazer três gols, o primeiro hat-trick aqui. Estou muito feliz, quero parabenizar a todos os companheiros pela ajuda", disse o argentino.

Ele tem razão, porque, no primeiro tempo, obrigou Felipe Alves a três grandes defesas, uma delas belíssima, em cabeçada no chão. E na mais aguda delas, obrigou o desvio providencial, antes de a bola balançar o travessão.

Por que o São Paulo sofreu tanto?

Porque Rogério Ceni decidiu fazer com que seu time gastasse toda a energia no primeiro tempo. Marcando sob pressão o time de Fernando Diniz, em pleno Maracanã.

Se a equipe paulista não conseguisse uma boa vantagem nos primeiros 45 minutos, a estratégia seria suicida.

E foi.

Com jogadores muito menos técnicos, o São Paulo se atreveu, impressou em vários momentos o Fluminense, no seu campo de defesa no primeiro tempo.

Ainda mais com dois improvisos muito perigosos. Reinaldo, canhoto, na lateral direita. E Rafinha, sem estrutura física, atuou como terceiro zagueiro.

Ceni se importava com o risco de tomar contragolpes em velocidade, com suas mudanças radicais na defesa.

Queria sair na frente no placar, na esperança, de segurar a vitória no segundo tempo.

Vã esperança.

Até saiu na frente, em um dos melhores primeiros tempo de todo o Brasileiro de 2022, com jogadas ofensivas dos dois lados.

O gol do São Paulo foi belíssimo.

Aos 29 minutos do primeiro tempo, Wellington cobrou lateral, a zaga do Fluminense alivou duas vezes de cabeça. Mas ninguém marcou a entrada da grande área. Luciano acertou um chute forte cruzado, alto. Indefensável para o ainda ótimo Fábio.

Apesar da vantagem, o jogo estava nitidamente aberto.

Mesmo com três zagueiros, com cinco jogadores nas intermediárias, o São Paulo já começava a sofrer nos últimos 15 minutos do primeiro tempo. O time já começava a demonstrar dificuldade física para acompanhar o Fluminense.

Na segunda etapa veio o caos.

Rogério Ceni mandou o São Paulo recuar e Fernando Diniz adiantou ainda mais o Fluminense.

Rogério Ceni tentou improvisos que deram muito errado. E buscou tática suicida
Rogério Ceni tentou improvisos que deram muito errado. E buscou tática suicida Rogério Ceni tentou improvisos que deram muito errado. E buscou tática suicida

Foi ousado, com três trocas no intervalo. Tirou o zagueiro Nino e colocou o volante Nathan. Trocou o volante Yago Felipe pelo atacante Matheus Martins. E Cristiano, que fazia péssima partida, pelo meio-campista Alessander.

O técnico do São Paulo tirou Patrick, que marcava, mas surgia na frente nos contragolpes, por Galoppo, mais defensivo.

E aconteceu o previsível.

Mais talentoso e jogando no campo adversário, o Fluminense só precisou de 13 minutos para uma virada espantosa.

No primeiro minuto, veio o empate.

Alesander, com liberdade, chutou muito forte, Felipe Alves foi mal para a bola, a rebateu. E Cano não perdoou. 1 a 1.

O Maracanã vivia a expectativa que o time carioca venceria.

A impressão não foi errada.

O São Paulo tinha muitos jogadores recuados, mas marcava mal. Dava espaço para a laterais. Os atletas corriam atrás do time do Fluminense. Foi constrangedor.

Aos dez minutos, Nathan mostrou o quanto estava aberto o sistema defensivo de Ceni era falho. Descobriu Matheus que cruzou paro o onipresente Cano.

2 a 1, Fluminense.

Todos sabiam que a partida estava perdida para o clube paulista.

Só que o argentino tinha de aproveitar estar tão solto, apesar dos três zagueiros adversários.

E, aos 13 minutos, Nathan serviu o mais cerebral dos meio-campistas no Brasil. Paulo Henrique Ganso foi milimétrico na assistência ao cruel Cano. 3 a 1, Fluminense. Terceiro gol do argentino.

Não houve acomodação.

O Fluminense seguiu pressionando, lutando, tirando a possibilidade de o São Paulo sair jogando. 

Tivessem seus atacantes mais capricho, viria uma goleada impiedosa, diante de uma equipe abalada psicologicamente e sem fôlego. Havia gasto todo o oxigênio na primeira etapa.

Não tiveram foco na hora de empurrar a bola mais vezes para as redes paulistas.

Mas se impuseram de forma que mereceram os aplausos de seus mais de 40 mil torcedores.

O Fluminense faz uma campanha inesperada até mesmo para seus dirigentes.

O São Paulo, humilhado, ainda perdeu Rafinha, expulso.

Derrota para abalar a moral de um clube tricampeão mundial.

E que sonha para ser o oitavo no Campeonato Brasileiro...

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