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Cosme Rímoli - Blogs

Cirurgias no crânio e ombro fraturado. UTI. São Paulo tenta evitar que torcedores processem o clube por queda de placa metálica no Morumbis

São sérias as consequências para a queda de placa de metal na cabeça e ombro de três torcedores, na quarta-feira. Eles estavam no Morumbis, pagaram por seus ingressos para assistir a São Paulo e Libertad. Terminaram no hospital. Clube quer evitar processos

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Local onde estava a placa de metal que caiu nos torcedores. Homem está entubado, internado na UTI Reprodução/ESPN Brasil

O relato de Alexandre Edward é impressionante.

E revoltante.

Ele estava assistindo à partida entre São Paulo e Libertad.

Quando Lucca Marques empatou a partida, houve previsível festa no estádio.


O que ninguém poderia esperar no setor Térreo é que cairia uma placa de metal, do setor intermediário do Morumbis.

Torcedores comemoraram o empate chutando e socando a placa, que provou não estar fixada como deveria.


Ela caiu e atingiu em cheio o pai e o irmão de Alexandre.

Acertou as cabeças dos dois.


“Eu, meu pai e meu irmão, estávamos assistindo ao jogo. Quando o São Paulo fez o gol, uma placa de ferro da arquibancada caiu na gente. Eles foram atingidos na cabeça, desmaiaram na hora, chamamos socorro, mas ninguém ajudou. Precisei invadir o campo para conseguir atenção. Só depois que o jogo acabou que foram socorrer.

“Eu avisei aos policiais. Mas, primeiro, eles quiseram me prender.

“Os médicos só foram autorizados a ajudar depois que o delegado (do jogo) autorizou, no final da partida.

“Antes disso eu já havia pedido socorro e ninguém fez nada.”

Quando os médicos examinaram os dois determinaram a internação em um hospital.

A situação que deveria ser a solução deixou Alexandre mais revoltado.

“Para vocês entenderem, após todo o caos para meu pai ser socorrido, ele foi levado ao hospital Campo Limpo, quase sete quilômetros de distância, mesmo tendo o Albert Einstein a 600 metros.”

Irmão de Alexandre. Fratura no crânio, por conta da placa de metal que caiu na sua cabeça, no jogo contra o Libertad Reprodução/Instagram Alexandre Edward

Diante do quadro grave, ele teve de ser transferido do Campo Limpo para o Einstein.

O pai de Alexandre teve de ser sofrer uma operação no crânio, está internado na UTI e entubado.

Seu irmão também sofreu fratura no crânio, mas foi leve.

Alexandre pede, nas suas redes sociais, auxílio, que pode ser jurídico.

“Quem puder me ajudar para que isso chegue ao São Paulo Futebol Clube.

“Eles precisam se responsabilizar pela falta de manutenção (no estádio).

“E pela demora (no atendimento ao pai e irmão).

A situação está complicada.

A direção do São Paulo já está em contato com Alexandre.

Assim como também com Gabriel Victor Bardella.

O torcedor de Ribeirão Preto ia pela primeira vez ao estádio.

A placa também o atingiu.

E quebrou o seu ombro direito.

“Quando o São Paulo empatou, a torcida fez uma festa. Aí, todo mundo pulava. De repente, só senti um impacto no meu ombro e o rapaz já estava caído na minha frente também. Comecei a sentir dor, né? Aí, todo mundo começou a chamar ambulância, pedir socorro, e demoraram muito.”

Ele revela que primeiro passou pelo ambulatório no estádio. E o diagnóstico foi que ele ‘estava bem’. Ninguém tirou radiografia. As dores pioraram e ele foi em um hospital particular. Ficou constatada a fratura. Ele ficará, pelo menos, 50 dias sem poder trabalhar.

A placa de metal atingiu em cheio as cabeças do pai e do irmão de Alexandre Edward. Ele tirou fotos e as colocou nas redes sociais Reprodução/Instagram Charles Edward

A direção do São Paulo procurou os torcedores feridos.

Quer evitar processos.

E para a imprensa afirma que está dando toda a assistência aos torcedores.

Mas não explica como a placa de metal pôde se soltar e atingir a cabeça dos são paulinos.

O Morumbis é o único estádio entre os clubes paulistanos da Série A que não se modernizou.

Não virou arena.

Os dirigentes prometem uma reforma profunda há anos.

A responsabilidade pela segurança dos torcedores no Morumbis é do São Paulo.

As dívidas já alcançam R$ 1 bilhão.

Os torcedores feridos estão sendo procurados por advogados.

Avisam que cabem processos contra o clube que torcem.

E que acabaram feridos, hospitalizados, por apenas irem assistir a um jogo de futebol...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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