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Cosme Rímoli - Blogs

Chineses, que compraram o UFC por R$ 16 bilhões, têm sua campeã

Foram três anos de espera. E a brasileira Jéssica Bate-Estaca foi a adversária perfeita. Lutou pior sparing. Weili Zhang tomou o cinturão. A China chegou para ficar...

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Zang. Vitória demolidora sobre a ingênua Jéssica Bate-Estaca. 42 segundos...
Zang. Vitória demolidora sobre a ingênua Jéssica Bate-Estaca. 42 segundos...

São Paulo, Brasil

Foram apenas 42 segundos.

Foi tempo suficiente para importantes avaliaçõees.

Mostrar a falta de preparo psicológico de Jessica Bate-Estaca. Seu erro tolo e estratégico de tentar impressionar o mundo do UFC, se mostrando como uma nocauteadora impressionte. 


Cair na previsível tentação de tentar repetir o bate-estaca impressionante que aplicou em Rose Namajunas.

Mas o pior de todas elas: menosprezar a excepcional lutadora Weili Zhang. Ela foi preparada para ser a primeira campeã asiática da história do UFC.


Ela não surgiu do acaso. 

Atlética, forte, ágil, estudiosa de jiu jitsu e nascida para lutar kickboxing. Foi campeão no importante evento Kunlun Fight, disputado em Pequim, e que é desprezado pelo resto do mundo.


Zang era campeã, como nocautes violentíssimos.

O estudo da adversário perdeu para a empolgação.

Foi a desgraça de Jéssica. 

Porque a chinesa decorou, sabia cada gesto da brasileira. 

Jéssica se tornou uma 'passageira da agonia' por absoluta falta de visão da realidade.

Apostou na fantasia.

Que a espetacular rival fosse ficar parada, espendo ser agarrada e, jogada para o alto e cair de cabeça no octógono. 

E foi o que tentou fazer.

Se dobrou para tentar agarrar a adversária. Foi absolutamente previsível. Nem mesmo os sparrings de Zang seriam tão fáceis.

A brasileira se colocou à disposição de joelhadas e socos violentíssimos. Desesperada, Jéssica tentou o clinche, para não ser mais socada. Só que a chinesa a empurrou, colocou na distância ideal. E a massacrou com mais socos.

Nocaute clássico, impressionante.

Tudo aos 42 segundos do primeiro round.

O cinturão do peso-palha feminino tem uma nova dona. 

A China faz dos seus campeões mundiais propaganda do país. Chegou a vez do UFC
A China faz dos seus campeões mundiais propaganda do país. Chegou a vez do UFC

Logo na primeira defesa do título, a dura derrota.

A luta foi tão fraca, a inferioridade de Jéssica tão destacada, que tudo leva a crer que ela não terá uma revanche imediata como deseja.

Seria um veneno para o pay-per-view.

E como a cúpula do UFC, desejava.

Uma chinesa.

É fundamental lembrar que, desde 2016, o grupo WME-IMG comprou o evento, o UFC dos Irmãos Fertitta.

Foram 4 bilhões de dólares, cerca de R$ 16,6 bilhões.

Mas além de serem donos, era necessário um cinturão.

Depois de três anos, o sonho foi realizado.

A China, dona do UFC, tem sua campeã.

E uma campeão arrebatadora, especial.

O lado ocidental do mundo se choca.

Começa a conhecer a China no octógono.

Pena que Jéssica Bate-Estaca foi a anfitriã.

Deu as boas-vindas a Weili Zhang.

Uma lutadora espetacular.

E que orgulha os donos do UFC...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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