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Cosme Rímoli - Blogs
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Chefes das organizadas de São Paulo e Palmeiras tentam anular vândalos para pôr fim à torcida única em São Paulo

Ideia apresentada na Federação Paulista pode prosperar se não ocorrerem brigas e depredações na final da Supercopa no Mineirão

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


A pior briga da história do futebol paulista. Entre são paulinos e palmeirenses no Pacaembu. Em 1995
A pior briga da história do futebol paulista. Entre são paulinos e palmeirenses no Pacaembu. Em 1995 Reprodução/FPF

São Paulo, Brasil

A ideia é ousada.

Deixar os próprios membros das organizadas travarem os vândalos.

Se os criminosos infiltrados nas torcidas, responsáveis por brigas, tocaias e depredações não tiverem mais poder e os clássicos passarem a ser disputados sem confusões, a Federação Paulista analisa pedir ao Ministério Público o fim de torcida única.

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São sete anos da mesma situação, desde a briga com uma morte antes do jogo entre Palmeiras e Corinthians, em São Miguel Paulista, os vândalos triunfaram.

E São Paulo é impedido de ter duas torcidas nos clássicos.

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Nem os 10% que estavam sendo liberados, para o clube que atuava fora de casa.

Os líderes das organizadas de São Paulo e de Palmeiras saíram de uma reunião ontem pela manhã, na sede da Federação Paulista, avisados que o que acontecer na decisão da Supercopa do Brasil, no Mineirão, dia 3 de fevereiro, terá um peso grande para o futuro,

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E será isso que vai acontecer.

As lideranças dos dois lados já avisaram às sub-sedes.

Brigas, tocaias, agressões não serão toleradas.

E os membros das torcidas que participarem serão banidos.

A verdade é que a proibição, além de afetar os torcedores, atinge também a Federação Paulista e as autoridades de São Paulo.

Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul, as três outras grandes praças de futebol no Brasil, conseguem ter duas torcidas rivas nos seus estádios.

As brigas entre torcidas organizadas em São Paulo, longe ou perto dos estádios, eram constantes. Até que, no início de 2023, uma série de ameaças por áudio, de uma facção criminosa, ordenando o final dos confrontos, ou as chefias das torcidas 'iriam pagar', conseguiu travar os confrontos.

O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, quer acabar com sete anos de torcida única
O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, quer acabar com sete anos de torcida única FPF

A facção criminosa quis o final das brigas porque elas estavam atraindo as autoridades policiais. E não há segredo que há vândalos nas torcidas, com vários interesses.

Com a diminuição de brigas, queira por bom senso ou por ordem desta facção, a cúpula da segurança de São Paulo já aceita a ideia da volta de duas torcidas em clássicos.

Até porque é desmoralizante que Palmeiras e São Paulo decidam a Copa do Brasil no Mineirão. Estejam impedidos de atuar, com suas torcidas, na capital paulista.

O teste é para valer.

Se as organizadas são-paulinas e palmeirenses não criarem tumulto nas estradas, antes, durante e depois do jogo, no Mineirão e, principalmente, na volta a São Paulo, será um passo decisivo para o fim das torcidas únicas.

Ou seja, a responsabilidade de travarem seus vândalos dependerá das próprias chefias das organizadas.

Se quiserem o direito básico de duas torcidas assistirem, no mesmo estádio, aos clássicos, jogos mais importantes de São Paulo.

Corinthians e Santos, Palmeiras e Corinthians, Santos e São Paulo, Palmeiras e Santos, São Paulo e Corinthians, São Paulo e Palmeiras.

Partidas que hoje são proibidas.

Simples assim...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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