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Cosme Rímoli - Blogs

Chamado de burro, Abel avisa.“O Botafogo foi mais matreiro, mais cascudo. Mereceu ganhar. Mas o Brasileiro ainda não acabou”,

O treinador admite que a vitória do Botafogo, por 3 a 1, em pleno Allianz foi merecida. Mas deixa claro que ainda acredita em uma última virada do Palmeiras. Apostando no desgaste dos cariocas na final da Libertadores e depois enfrentando o Internacional e o São Paulo

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Botafogo se impôs em pleno Allianz lotado. Venceu com personalidade e nunca esteve tão perto de ser campeão brasileiro de 2024 Site Botafogo

Abel Ferreira estava resignado depois da derrota de ontem.

O Botafogo venceu o Palmeiras por 3 a 1, em pleno Allianz, lotado.

Reconquistou a liderança do Brasileiro, com 73 pontos, contra 70 do rival paulista.

E faltando apenas duas rodadas para o campeonato terminar.


Depois de elogiar o time do seu compatriota Artur Jorge, o técnico palmeirense fez questão de avisar.

“O Brasileiro ainda não acabou.


“O Internacional e o Fortaleza, além do Palmeiras, ainda podem ganhar o título.

“O Botafogo tem tudo nas mãos, mas o Brasileiro não acabou.”


Abel não quis falar abertamente.

Mas ficou claro que ele aposta no desgaste do Botafogo.

O time viajará para a Argentina para disputar, no sábado a final da Libertadores, diante do Atlético.

Os cariocas entrarão com o time titular, que esteve em campo ontem.

E logo na próxima quarta-feira enfrentarão o Internacional, em Porto Alegre.

Se o time de Roger Machado vencer o Flamengo, domingo, que não tem mais chance de ganhar o Brasileiro, ficará mais do que empolgado.

O sonho de Abel é uma vitória gaúchos, que entrariam ensandecidos na próxima quarta, se apegando na mínima chance de serem campeões.

Aí bastaria o Palmeiras vencer o Cruzeiro, em Belo Horizonte, para voltar à liderança.

Igualando o número de pontos com os botafoguenses, mas tendo uma vitória a mais.

Na última rodada, bastaria vencer o Fluminense no Allianz e o tricampeonato brasileiro estaria garantido.

“Estamos na luta ainda”, resumiu, esperançoso.

Tenso, Abel não conseguiu fazer o Palmeiras se impor, como sonhava. Depois do primeiro gol do Botafogo, o time perdeu consistência. Os cariocas ganharam confiança Cesar Greco/Palmeiras

Quanto à partida de ontem, ele ressaltou que o Palmeiras dominou o Botafogo nos primeiros 15 minutos.

Mas não conseguiu marcar.

Gustavo Gómez perdeu um gol incrível. de cabeça.

O primeiro gol botafoguense, nascido em um escanteio inexistente marcado por Wilton Pereira Sampaio.

Gregore marcou em uma jogada que parecia ensaiada.

Mas o próprio volante confessou que não deveria estar na grande área, livre, como apareceu, depois que Alex Telles tocou para Almada, que tocou para Gregore marcar.

O gol, aos 18 minutos, mudou todo o cenário da partida.

Deu confiança para o Botafogo, que passou a dominar as intermediárias.

E desesperar, aos poucos, o Palmeiras que eliminado da Libertadores exatamente por não conseguir vencer o mesmo clube carioca no Allianz.

Está mais do que escancarado que o time paulista precisa de um homem-gol em 2025.

Rony e Flaco López se revezam, mas não têm o potencial avassalador que a equipe de Abel precisa.

Estêvão fez o que pôde, mas estava sozinho.

Raphael Veiga fez uma fraquíssima partida, aceitando a marcação.

No segundo tempo, o Palmeiras foi para a pressão.

Só que foi sabotado por Marcos Rocha.

O veterano lateral deu um chute e um tapa, que pegou de raspão, em Igor Jesus.

‘De raspão’ ou não foi agressão.

E acabou expulso, aos 23 minutos, deixando o Palmeiras com um a menos.

John foi muito esperto ao lançar a bola pela esquerda do ataque botafoguense, antes que Abel pudesse remontar sua defesa.

Lançou Igor Jesus, na esquerda do ataque carioca, onde deveria ter um lateral.

O atacante só deu uma leve cabeçada para Savarino, que tocou na saída de Weverton.

2 a 0, aos 27 minutos.

O jogo estava decidido.

Estêvão lutou muito. Veiga esteve mal. Quando o garoto saiu, com câimbras, a Mancha Verde chamou, em coro, Abel de 'burro' Cesar Greco/Palmeiras

Aos 37 minutos, Abel Ferreira trocou Estevão por Gabriel Menino, a pedido do jovem atacante, que estava com câimbras.

E a torcida Mancha Verde, principal organizada do Palmeiras, começou a ofender o técnico.

“Burro, burro, burro”, eram os gritos.

Só que os palmeirenses ‘comuns’ passaram a bater palmas, incentivar o time, para abafar o coro, que logo cessou.

O Botafogo marcou 3 a 0, aos 43 minutos, completando escanteio cobrado por Savarino.

O Palmeiras ainda descontou, aos 47 minutos, com chute violento de Richard Rios.

3 a 1.

“O Botafogo é uma equipe experiente, olha para aquela linha de quatro, quantos jogadores tem de 20 anos? É uma equipe cascuda, madura, viram a pressão que fizeram para que o Marcos Rocha fosse expulso, por que meteu a mão na cara.

“Vocês viram o cotovelo no Rony (de Luiz Henrique)? Por que não foi igual? Por que o VAR, já que expulsou o Rocha, e está tudo certo, por que não fez igual quando o Rony levou o cotovelo na cara? Por que não chamou? Estamos falando de maturidade, de ser cascudo. Nós tivemos nossas oportunidades para fazer gol. E futebol é isso.”

O desabafo de Abel não se justifica porque ele é favorável à filosofia imposta por Leila Pereira, que é a de apostar nos jovens da base. Ou em atletas com chance de serem revendidos.

Quanto ao coro de burro, ele fez questão de reverenciar os torcedores comuns.

Assim como a presidente do clube, o treinador não se importa com a principal organizada.

“Uma pequena parte da torcida falaste o nome, mas viu o que toda a torcida fez? Isso mostra o carinho que tem por nós. Eu entendo. São muitos títulos juntos. Parece que o Palmeiras ganha sempre e vocês sabem que não é isso.”

Em compensação, Artur Jorge comemorava, e muito, a vitória do Botafogo, que deixa o título brasileiro muito próximo do time carioca.

Ele discursou com muita alegria, com sorriso no rosto.

“Nós não mudamos a nossa forma de abordar o jogo. Fomos uma equipe muito competente durante os 90 minutos. Uma equipe que procurou aquilo que era para nós um objetivo, que era ganhar o jogo. Uma vitória muito importante para nós, porque nos permite voltar ao primeiro lugar. Temos ainda mais seis pontos em disputa e temos que continuar a trabalhar de uma forma tal e qual como hoje porque vamos ter também rivais muito fortes. Hoje, nós tivemos um adversário muito difícil, que tem dado uma luta tremenda.

“Hoje, só poderia ser assim. Só tendo um Botafogo deste nível seria possível vencer como nós vencemos. Quero dedicar a vitória para a nossa torcida, pois merecia isso, desfrutar deste momento. Depois de algumas dúvidas, provavelmente, hoje, mostramos que estamos vivos, que estamos na luta, que vamos continuar a lutar.

“Foi uma resposta tremenda de uma equipe que se comportou em um nível muito alto.”

Artur Jorge comemorou aliviado. Foi a resposta que sonhava que o Botafogo daria Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo vai com os mesmos titulares para a ‘guerra’ de sábado, pela final da Libertadores.

Está no desgaste dessa decisão a última esperança de Abel.

E que o Internacional vença o Botafogo.

O Palmeiras não depende mais dele.

Não adianta vencer o Cruzeiro e o Fluminense e o time carioca conseguir quatro pontos.

Basta uma vitória e um empate diante do Inter e do São Paulo.

Não há como negar.

O Botafogo está fazendo por merecer o título deste país...











Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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